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Xico Sá

Modos de macho, modinhas de fêmea & outros chabadabadás

Perfil Xico Sá é escritor, jornalista e colunista da Folha

Perfil completo

Crônica da vida loka (I)

Por xicosa
18/01/14 02:31

barry

(Dedicada a  Cascão)

O usufruto amoroso, me desculpe juventude por tal palavrório, depende da devoção.

A juventude  que fica por ai, na multiplicação babaca de beijos em xopings centers idem, me desculpe, nem sei do que gosta. De homem, de mulher?

Ah, moleque, pega a nega longe dos holofotes, seu besta… Entendi, você não gosta tanto de mulher, você gosta mesmo é de mostrar que pega as minas e vai pra cima em público  feito um Neymar fake de araque.

Tudo bem, tá valendo, seu besta.

Tudo certo, não há beijo direito, nem no rolê do xoping da ZL muito menos no luxo babaca da ostentação, se num houver mínima entrega do amortecimento para além do confere da mensagem idiota do celula.

Larga dessa besteira, minino.

As minas sabem que tu num passa dum idiota.

Amar é lábio, repertório, existência. Amar é uma demora maior que o confere. Amar é um certo escurecimento de vista, porra, se liga, amar é T.S. Eliot.

Amar é até ficar triste, ne, existir, amar é esperar o sol, a lua, a poesia, nada disso é babaquice. Pergunta aos grandes poetas, porra.

Amar é como eu conheci no Bongi, Recife, , na cidade Ademar, São Paulo, amar é como eu comi o fel, no Parque São Rafael, apenas pra citar a geografia da ZL paulistana que eu me arrombei deveras, aquele fogo da Petrobras ao longe da janela da Sapopemba da casa do tio Alberto, rua Martins Lumbria, 28, tudo certo, tudo certo.

Amar é amar a prima, amar, amor, amar mais ainda, amar a minha família nordestinada, nada, nada, ali no final da Sapopemba, Deus me dê de novo, Deus me defenda.

Amar pode nem ser borboleta no estõmago, mas amar é sentir a chegada. Bem antes do baculejo da polícia na estação Belenzinho. Amar é uma revoada na qual você deseja que todo mundo vá simbora, fique só ele, só ela.

Caguei pro coletivo, você diz, se quero manifestar amor em público, facebook e outras palhaçadas, até o dia que tu descobres que o amor de vera é só o guardado pra vocês dois, longe da inveja das raparigas, esquece o explicito, fudeu de vez, avi, vilge, nossa madre idiota…

Um idiota russo chamado Dostoievsky*, mano, um dia falou na Sibéria: a merda não é a condição de muita gente na prisão, porra, isso é do jogo, a merda é a falta de solidão, caralho, a falta de solidão humilha um homem –cagar sozinho nem pensar, caceta, q merda. (*Recordações da Casa dos Mortos.)

Estar preso, tudo bem, a merda, repito, é a falta do direito à solidão.

Até o dia em que você bota uma do Roberto, sei lá, depois a porra do “Homem na estrada” do Mano Brown, uns vinis guardados na caixa de mudança de SP para o Rio, foda-me, não mereço atenção da sintaxe da mais paciente professora interiorana, não mereço, o Brasil precisa gastar mais com Educação, minha gente!!!

Sim…

Ventinho na janela.

Sim.

Sim, minha mulher se bole em Copacabana, pense numa gostosa, honesta, pense.

A mulher mais linda do universo. Saca aquela galega do Paris/Texas? Morra de inveja.

Eu sigo em frente.

Poderia ser um traveco, seria o mesmo gosto, amo a vida, porra.

Só não gozo por um tênis Mizuno, que bosta, mesmo que custe os olhos da cara, pobres meninos de subúrbio, que tal uma buceta em vez dessas merdas?

Tento entendê-los, Cascão, o vidaloka original, o nome, o batismo, o termo, me deu aulas, quem sabe sabe do que estou falando, vida que não precisa deste cronista idiota que assina a sina, falou, Deus vos proteja, segue o jogo.

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Rolezinho na feira e autoestima feminina

Por xicosa
16/01/14 14:25

feirante

A feira livre, uma das maravilhas da cidade de SP, completa cem anos neste 2014. E este blogueiro banana marcando touca. Aí sim está o verdadeiro physique du rôle ou do rolezinho, de sandália de dedo e sem Mizuno de mil reais, sem ostentação, só no sapatinho da humildade.

Neste belo centenário, uma crônica das antigas sobre os feirantes, esses galos que tecem as manhãs da Babilônia, de grito a grito, de baciada a baciada, de xepa a xepa, afinal de contas mulher bonita não paga, mas também não leva.

Nada melhor que uma mulher que acabou de chegar da feira.

Sacola na mão, fome de viver, sorriso de princesa.

Os vendedores de frutas, peixes e verduras são mestres na arte de reconhecer talentos e animar as moças com os seus adjetivos. Adjetivos às pencas, elogios às dúzias, mimos, dizeres, samba exaltação, graças.

Meia hora de uma mulher na feira vale mais do que uma caixa de Rivotril, um mês de análise, uma prateleira de autoajuda, vale mais do que a onda de orientalismos do mercado, do que uma banheira de sais, do que mil dias no xóping.

Nem mesmo quando as mulheres estão acompanhadas, os feirantes dão sossego. Esperam você, jovem mancebo, se distanciar um pouco, dois, três passos, e tome gracejos e flertes à baciada.

”Olha a manga, gostosa!”, bradam, administrando com malícia a vírgula e o duplo sentido na ponta da língua.

“Ovo e uva boa!”, arriscam para as elegantes damas de preto.

“Essa é modelo!”, capricham para as gazelas saltitantes. “Gisele!”

”Se eu fosse um peixe, eu seria um namorado!”.

É a boa guerra dos mascates. Eles vão no ponto, exatos como neurocirurgiões do desejo. Sabem de longe, por exemplo, quando uma mulher tem alguma encrenca com a idade. Em um segundo, sapecam um tratamento carinhoso:  ”Pra mulher nova, bonita e carinhosa, eu não vendo… eu me dou todinho!” E mais: “Só vendo pra menores de 18 acompanhada pelos pais”.

Em dias de chuva, mandam ver de acordo com o meteorologista: ”Essa é enxuta até debaixo d’água”, alardeiam.

Um bom feirante reduz até os efeitos de uma TPM, de uma dívida nunca paga, de uma culpa que corrói o juízo, de um regime ainda sem resultados _elas ainda não sabem que uma polegada a mais, uma a menos, pouco importa para quem tem gosto de fato por mulher.

Nada como incentivar o caminho da feira mais próxima da sua casa para as mulheres.

No Ceasa, então, os adjetivos saem a grosso e a varejo, na bacia ou nos caixotes.

Os feirantes não mentem jamais. Eles sabem, mais do que ninguém, que em toda mulher, seja quem for, existe um traço ou um aspecto de beleza.

Afinal de contas, mulher é metonímia, parte pelo todo, você passa a apreciá-la por uma boca, um pé, uma orelha, uma mão, uma omoplata, um belo ilíaco ressaltado, uma saboneteira, uma marca sulcada de vacina, um corte no joelhinho esquerdo, uma cicatriz de artes de infância, uma bela bunda faceira, uma falsa magra, um umbiguinho do mundo, aquele tom cinza dos cotovelos da espera…

Na passarela dos feirantes, a insegurança feminina, mesmo naqueles dias em que o cabelo acorda brigando com as leis do cosmo, dissolve-se em segundos, num suspiro, na velocidade de um pastel, na ligeireza de um caldo-de-cana.

Parabéns, feirantes!

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A pornografia é o erotismo dos outros

Por xicosa
13/01/14 02:14

lucia

Ou 13 filmes para derreter a camada de ozônio:

Diante de algumas cenas, você vai dizer que são pornográficas, afinal de contas, como queria Bataille, a pornografia é o erotismo dos outros. Se é nosso, é erótico, sagrado, bonito. Se é alheio é putaria etc. Viva tudo isso, não importa como se defina.

Em tempos de “Ninfomaníaca”, “Tatuagem” e “Azul é a cor mais quente” -filmes que, como diria o diretor Hilton Lacerda, de certa maneira resgatam o corpo no cinema-, relaciono ai, para esquentar a semana, uma lista de películas calientes para elevar os termômetros nos trópicos.

Quentes como a festa que fui no sábado aqui no Rio Babilônia. Que festa essa tal de “Viemos do Egyto”. Da arte de celebrar o verão do amor falamos depois. Não tergiversa, velho cronista.

Como diria o Peréio diante da Sônia Braga linda e doidona da fita “Eu te amo”:

-Cala a boca e transa, porra!

Aos cabalísticos 13 filmes para esta segunda-feira, 13.  Rebobina, meu amor, rebobina:

– “O Último Tango em Paris” (1972). Passa a manteiga e não se fala mais nada. Já falaram tudo dessa mitológica fita. Continua valendo.

– O Olho mágico do amor. Direção Ícaro Martins & Zé Antônio Garcia, 1982.

Genial. Tudo bem, está mais para o drama erótico, mas não poderia ficar de fora de uma lista tão séria como esta. Nessa fita, me apaixonei pela Carla Camurati e pela Tânia Alves ao mesmo tempo.

– “Emmanuelle 2”(1975)- Depois de vários casos calientes, Sylvia Kristel tem a “maior trepada do século”-assim foi definida pela crítica especializada- com o próprio marido.

-“Eu”(1987) – O mais freudiano dos filmes do gênio Walter Hugo Khouri. Saca as minas: Nicole Puzzi, as Moniques Evans e Lafond, La Torloni, Bia Seidl…

– “O Destino bate à porta” (1981) –O adultério no seu máximo erotismo. Vá por mim. Jack Nicholson e Jessica Lange fazem amor em cima de uma mesa. Uma das maiores cenas de todas as eras.

– “Decameron” (1971) – E Caterine acorda com o rouxinol na mão. Incrível. O diretor Pier Paolo Pasolini botando pra quebrar. “As mil e uma noites”, do mesmo gênio, não fica atrás.

– “E Deus criou a mulher”  (1956)- Roger Vadin é o o rei. A galeguinha Bardot enlouquecendo geral os marmanjos. Atente para a cena do mambo.

– “Lucia e o Sexo”  (2001) – Paz Vega, nuestra madrecita de todas las tesudas chicas! Drama & tesão, Eros & Tanatos, ou seja, a vida todinha na nossa frente.

– “Orpheu Negro”ou “Orphéeu Noir” (1959), só para a moça fazer um biquinho francês erotic. Marcel Camus nas mãos de Vinícius de Moraes. Com música de Antônio Maria, meu cronista do amor preferido.

– “Y Tu Mama También” (2001)– E a tua mãe também! Bom todo, mas a transa no banco de trás do carro se supera. Avimaria.

-A Super Fêmea. Direção Anibal Massaini Neto, 1973. A heroína do título é simplesmente a deusa Vera Fischer, a quem homenageamos ad eternum. Acredite: é um filme feminista e satiriza as bobagens da publicidade & propaganda. O cartaz, desenhado pelo Benício, é outra obra-prima.

– Histórias que Nossas Babás não Contavam. Direção Oswaldo de Oliveira, 1979.

Adele Fátima, uma das mulheres mais gostosas do cine brasuca, é Clara das Neves. Pobre dos sete anões adoradores de Onan, o bárbaro deus da mão peluda.

-Amor estranho amor. Direção Walter Hugo Kouri, 1982. O famoso filme proibidão da Xuxa. Erotismo sofisticado e freudiano do mestre WHK. Além muito além da pornochanchada. Liberado para baixar aqui e disponível em qualquer camelô de dvd do centrão de San Pablo.

E você, altaneiro leitor, sentiu falta de algum filme? Faça justiça com as próprias mãos ai nos comentários. As citações serão contempladas em futuras listas do gênero. Boa semana a todos.

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D.R. no avião e outras turbulências do amor

Por xicosa
10/01/14 01:29

sylvia-kristel

Por terra, mar ou ar, uma discussão de relação, a mitológica D.R., é capaz de catástrofes nada naturais.

Por temer o pior, um piloto da Azul resolveu fazer um pouso não programado hoje em Salvador. Leia aqui. Melhor não arriscar. O barraco aéreo chacoalhou geral o ambiente.

Apertem os cintos, pombinhos, que a sensatez sumiu de vez.

“Love is in the air” um cacete, caríssimo Paul Young.

Amor que é amor costuma não acabar de forma civilizada. Viver não é céu de brigadeiro. Não custa, porém, esperar a aterrissagem, não acha?.

Esse casal deve ter mais hora de discussão do que urubu de voo. A parelha acaba de criar a “D.R. caixa preta”. Felizmente a tragédia aérea foi evitada, os segredos desse barraco, porém, jamais saberemos ao certo.

No que relembro, velho cronista de costumes, outros tipos de D.Rs. já catalogados por este blog. Sim, são D.Rs. metidas a besta, D.Rs pequeno-burguesas, D.Rs. “intelectuais”:

D.R. constitucionalista – aquela em que o canalha, como a corja de corruptos nos tribunais, se apega ao direito constitucional de ficar calado para não se complicar ainda mais.

D.R. Sartreana – Tem culpa eu? Neca. Aqui o inferno são sempre os outros.

D.R.Kerouac – A mulher começa a falar e o cara já pega a estrada como um bom beatnick.

D.R. Marcel Proust – Uma simples conversa sobre um bolinho vira seis grossos volumes.

D.R. Kurosawa – Uma discussão lenta, imagens lindas, arrozais sob montanhas, silêncios que falam coisas, uma peleja quase em ideogramas. Pense!

D.R. MPB –  Indecifrável e incompreensível como o “zum de besouro ímã” do verso do Djavan. Muita onomatopéia e nem uma idéia os males da D.R. são. É uma D.R. assim “nem menina nem mulher, lilás”, como no enigma de uma canción de Zé Ramalho.

D.R. Erística _ Como na corrente homônima herdada dos gregos, a arte de triunfar no barraco oral mesmo sem ter razão.

D.R. punk-rock _ Três acordes e vai cada um pro seu lado, dormir na casa da mãe, de um(a) amigo (a), hotel, flat, amante, homeless…

D.R. Paulo Coelho _ Depois de “Onze minutos” de sexo, o barraco sempre começa com uma parábola bíblica ou uma lenda árabe.

D.R. Bartleby _   “Prefiro não discutir”, diz uma das partes, repetindo o mantra do escriturário do livro homônimo de Melville.

 D.R. free-style _ É a discussão rimada, estilo rap, passionais MC´s:  “Assim você me afunda/ com esse pé-na-bunda/ com essa insensatez…/ meu barquinho já naufraga/bossa nova é uma praga/veja só que a vida fez!”

D.R. brechtiana _ A arte de enfrentar o público, seja num botequim seja numa festa, com o distanciamento do personagem, como se dissessem do palco, a cada golpe, “não é nada disso que vocês estão pensando, controlem-se”.

D.R. Abaporu ou D.R. arte moderna _ Típica discussão sem pé nem cabeça, que para nenhum dos dois interessa.

D.R. metalingüística _ A D.R. da D.R., tipo roteiro de Kauffman (“Adaptação”, o filme), exercício das cabeças requentadas ou das mentes ressentidas.

D.R. grega –Segue um mantra do poeta Eduardo Cac: “Para curar um amor platônico, só uma trepada homérica”.

Na terra, no mar ou nos ares, faça como a gostosa da Emanuelle (Sylvia Kristel, na foto), faça amor, não faça D.R.

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Marimbondos em transe: fogo no Maranhão

Por xicosa
08/01/14 20:06

maranhão66

Poesia e política são demais para um homem só, como diz aquele cara do “Terra em Transe”, talvez o maior filme político brasileiro depois de “Tatuagem”, ainda em cartaz, graças a Deus.

Poesia e política são o “bom dia” de um homem que é homem e de uma mulher idem.

Poesia e política serão meus assuntos preferidos neste 2014 de Copa, eleições e os marimbondos de fogo de sempre.

Por isso vos digo:

Para entender o Maranhão 2014 é preciso rever o filme “Maranhão 66”, um curta-metragem de encomenda feita pelo gênio Glauber Rocha para documentar a posse de José Sarney ao governo dois anos depois do golpe dos milicos.

Você pode ver a fita aqui sobre o homem que ainda está lá –antes ou depois de ler estas linhas tortas sobre o assunto.

Não careço dizer muito. Vinte ou trinta palavras em torno do sol dos tristes trópicos são o suficiente.

Talvez seja preciso apenas a palavra oligarquia para explicar tudo que acontece agora naquelas incríveis terras meio amazônicas meio nordestinas.

O filmaço do profeta Glauber já revela tudo. Da maneira mais simples: o discurso empolado de Sarney, o cabeça indegolável do clã, sobre imagens tão fortes quanto os presos decapitados do Maranhão de hoje.

O “Maranhão 66” é aqui e agora.

O “Maranhão 66” agora teria uma versão “Maranhão 666”, o Maranhão da besta oligárquica.

Com uma ilha de modernidade e riqueza que arrota lagosta; com uma massa que só Jesus, o homem de Nazaré e o guaraná, salva.

Saltará o amigo, com o dedo da esperteza em riste no boteco: ah, até ai é apenas um pouquinho do Brasil aiá!

Não careço do numerol estatístico para dizer que o amigo se engana. O Maranhão anda pior. Vê-se a olho nu. Aquela miserona antiga, sob choupanas e barbeiros da doença de Chagas, ali ainda marca presença como a indigesta das gentes.

O Maranhão da luta renhida de Gonçalves Dias, Sousândrade, Ferreira Gullar, Adelino Nascimento, Joãosinho Trinta, o carcará-mor João do Vale, WAS (poeta maranhense radicado no Hellcife), Alcione, Celso Borges, Zeca Baleiro, Zema Ribeiro, Bruno Azevêdo e pitombísticos militantos.

A palavra é oligarquia. Oligar quem? Do grego: governo de poucos.

A mesma palavra, caríssimo Aristóteles,  vivíssima em quase todos os outros 26 estados brasileiros. Com a diferença de estar mais diluída nos dicionários locais. Em nenhum outro a presença de uma só família é tão marcante. Posso estar errado. Fala Brasil que eu te escuto.

Oligarquia está na São Paulo dos tucanos, está na Minas de Aécio, está no peemedebismo (a doença infantil da putaria generalizada), está no Pernambuco de Campos e espaçosos, Cavalcantis e Cavalgados, está na hemodiálise diária da política lulo-dilmista, está no DNA de quase todos, dos sanguinários, dos guesas, dos sangrentos e dos sanguessugas.

Poesia e política são demais para um homem só. Como um greco-cratense amo juntar as duas coisas. Conto com vocês para esta verdadeira experiência químico-anarquista.

Nada como um post atrás do outro e um blogueiro desmiolado no meio. Até o próximo. A luta me descontinua.

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Dez dicas para melhorar os homens

Por xicosa
04/01/14 22:12

crumb3001

Uma coisa é plano (vide post anterior), outra é desejo, vontade, potência de querer mudar as coisas. Como se fora uma carta de intenções atirada dentro de uma garrafa a Iemanjá, aqui entre o Pina e Brasília Teimosa, dez pedidos para mudar os modos de macho neste 2014 que ainda se arrasta lento e sartriano qual uma ressaca de bebida falsa:

1) Que mesmo em um ano de Copa do Mundo no Brasil –imagina na Copa!- os homens consigam dedicar tanto tempo de devoção às suas mulheres quanto aos seus times do peito. Pedido modesto: basta um empate técnico. Nem estou pedindo que sejam mais das fêmeas do que dos 11 marmanjos que os representam em campo.

2) Que sejamos menos frouxos diante da possibilidade amorosa mais consistente. O primeiro a fugir à luta é mulher do padre.

3) Que os galinhas entendam que só na intimidade mora a grande sacanagem, a grande putaria, o grande erotismo, o mais pornográfico dos encontros.

4) Que a vida, muitas vezes, pode estar mais para Wando do que para Shakespeare. Que nunca devemos cair no conto das discussões complicadas e labirínticas. Como cantava o maior colecionador de calcinhas do mundo:“Uma mulher tem os seus desejos loucos, mas no fundo/ Seu coração só quer as coisas mais simples do mundo”.

5) Que numa mulher não se bate nem com uma flor, como já poetizava a Florbela Espanca. A não ser em uma fêmea declaradamente rodriguiana que te implore, de joelhos, na cama.

6) Que amar é… tentar adivinhar os desejos dela antes que sejam verbalizados em tom de enfado ou queixa. A mulher deixa rastros desses desejos nas entrelinhas da fala, nas pequenas indiretas e ao narrar histórias de outros casais. Se liga, lesado!

7) Que sem imperfeição não há tesão. A idealizada, padronizada e paranoica busca do corpo perfeito, como querem as revistas femininas, brocha ou broxa –os dicionários admitem as duas formas de murchar o orgulho macho. Obrigatório repetir um velho mantra a essa altura: homem que é homem não sabe a diferença entre estria e celulite.

8) Que o sujeito que tem medo do amor não merece sequer o adeus de uma daquelas mãozinhas de plástico que enfeitavam os carros antigamente.

9) Que saibamos que a rotina exagerada irrita as mulheres. Nós amamos quando o garçom do repetidíssimo boteco diz: “O de sempre, doutor?”Ou quando o mesmo garçom já traz a nossa bebida e tira-gosto sem sequer fazer a pergunta. Sem essa de frescuragem gastronômica exagerada, você sabe a roubalheira, o truque, o caô dessa armação brasileira. Tente, porém, camarada, surpreendê-la com programas diferentes, amar é investigar a vida para torná-la menos dolorosa de forma solitária ou a dois.

10) Que entre um homem e uma mulher não existe regra, dica, manual, código do bom-tom ou cartilha, mas há uma coisa imperdoável: o fastio, a falta da fome de viver, velho Bowie, a indiferença silenciosa sem nada nunca ser dito nem perguntado. Tudo, menos corações tomados pelo mofo da covardia de não mudar o estadão das coisas.

P.S. Reinicie tudo lendo ou relendo esse livro ai de cima que ilustra o post. É genial para uma vida, não só para o lindo desentendimento entre homens & mulheres.

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Nossos planos são muito bons -parte MMXIV

Por xicosa
02/01/14 17:28

paradise

Os que respeitam datas que me perdoem, mas meu 1º de abril cai sempre no primeiro dia do ano. É o dia das promessas de araque, feitas tão-somente para não serem cumpridas.

Aqui ainda no bode pós-euforia total e coletiva na praia dos Carneiros, reflito, digo, matuto, reciclo uma crônica com a qual abro todas as safras anuais. Nunca o mesmíssimo texto, mas sempre quase o mesmo mote:

Plano bom é plano não-realizado.

Nossos planos são muito bons, como na canção dos Doces Bárbaros, nossos planos são recicláveis, como os de mil novecentos e antigamente…

Nossos planos são muito fofos…

Nossos planos são os mesmos que se arrastam desde século seculorum, nossos planos são tão conhecidos, tão íntimos, eles nos acompanham há tanto tempo que viraram nossos amantes, nossos melhores amigos.

Nossos planos renascem a cada fim de ano como os nossos melhores cúmplices.

Nossos planos sabem que se os realizássemos à risca a vida perderia a graça, seríamos perfeitos demais, estávamos todos magérrimos, malhados, gozando a saúde dos deuses ou dos imortais da ABL, seríamos todos um bando de Davids Beckhans e Giseles.

Nossos planos são muito bons, mas sinto muito por eles, coitados, mais uma vez não serão cumpridos na íntegra no ano da graça de 2014.

Cumpriremos, no máximo, os 10% da humaníssima cota do possível, os 10% do garçom, justa medida.

Nossos planos são muito bons e nunca foram atrapalhados por crise alguma. O que nossos planos enfrentam para valer é uma invencível guerra interna nos fracos juízos repletos de defeitos de fábrica.

Nossos planos são muito bons, mas, como sempre, ainda temos o benefício da dúvida, ainda temos a complacência e, se, por acaso, faltar alguma conversa fiada no estoque, botamos a culpa nos outros –nosso inferno mais próximo.

Nossos planos mal devoraram a ceia do Natal — nossos planos famintos, nossos planos eivados pela fome histórica de todos os semi-áridos e Jequitinhonhas– e lá estão nossos planos a dormir a mais preguiçosa das siestas espanholas.

Nossos planos estão dengosos, como nunca, para o ano novo, nossos planos querem colo, nossos planos odeiam uma academia de ginástica, um cooper às cinco da matina, uma dieta saudável…

Nossos planos não têm medo do colesterol e muito menos da gordura, nossos planos adoram uma costelinha de porco, como aquela que Maria fez ainda no Paraíso, costelinha com cerveja preta.

Ah, nossos planos lamberam os beiços, mesmo não sabendo o que seríamos de nós dali a duas voltas do sol no eixo da existência.

Nossos planos não se desgastam à toa, não vivem de estresse, não andam de automóvel na cidade de SP, nossos planos são eternos pedestres e adoram uma rede depois do almoço.

Nossos planos são do interior do mato e ruminam um capinzinho entre os dentes manchados pelo cigarro brabo do tempo.

Nossos planos se espreguiçam, estralando todas as juntas e costelas, quando ouvem falar outra vez de novos planos.

Nossos planos são muito bons, deixemos nossos planos quietos, afinal de contas nossos planos já foram traçados.

Amar-te firme, fiel e sinceramente, por exemplo, como pregava Maiakovski, não é um plano, Zazie, é simplesmente aquilo que eu quero agora, é potência de vida. É bem diferente.

Nossos planos são muito fofos, mas sinto muito, prefiro deitar nessa rede aqui da rua da Aurora e ler um romance.

Por um 2014 sem planos e repleto de realizações. A vida é cronicamente randômica até na hora em que chega a respeitável e temida Velha da Foice.

Quem planeja o destino apedreja.

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Rossi, romântico, odiava o rótulo brega

Por xicosa
20/12/13 17:08

reginaldo-rossi-1

Reginaldo Rossi, recifense do bairro dos Coelhos, não tinha pressa amorosa , amava, pronto, demoradamente, as mulheres.

Amava lentamente a vida, como quem enxerga um ovo colorido na vitrine –madaleine uma ova velho Proust.

Reginaldo está sendo celebrado pelo que mais odiava: ser chamado de brega.

Um dia perguntei como ele queria a lápide.

Ele disse:

“Amo o amor e canto essas coisas, sou uma espécie de Frank Sinatra, mais ou menos um Roberto e infinitamente Serge Gainsbourg. Tá bom pra você, xará?”

E continuou: “É ridículo que pensem a gente de forma reduzida ao chifre mínimo. Como se o chifre não fosse o principal assunto de Shakespeare e Kurt Cobain”. Yes , Reginaldo amava o Nirvana, que onda.

Ele sabia que eu gostava de tudo isso. E ainda mais ele sabia que me chamo Francisco Reginaldo por causa dele. Fiz questão de procurá-lo desde que cheguei ao Hellcife from Cariri, pense rua do Progresso com rua das Ninfas.

Minha mãe amava a Jovem Guarda e ele fazia parte dessa coisa toda. Era o quente, como me explicava ontem José Teles , pense num cabra que sabe de música!

Brega? Esse rótulo que a classe média pregou nos cantores românticos brasileiros como forma de diferenciá-los e separar os talheres da CasaGrande & Senzala. O necessário, importantíssimo e genial historiador baiano Paulo César de Araújo, autor de “Eu não sou cachorro não” (ed. Record), deixou isso patente. Eis o volume-mor da formação, tô falando.

Reginaldo amava esse livro. “Bicho, escreve sobre essa tese”, me cutucava. “Paulo matou a pau, xará”. Passei 24 horas com Reginaldo, gravando o maior depoimento do meu Flaubert, minha educação sentimental, com Paulo Caldas  , diretor do cinema pernambucano. Ele mostrou a importância de ser Reginaldo.

A importância da canção romântica brasileira. A narrativa da dor. A dor amorosa do chifre e da traição que, por medo ou preconceito, a classe média nacional trata como folclore.

Carnavaliza.

Nessa hora esquece que é a vida, é o mesmo tema de Dostoievski.

Esquece.

Chega de tese.

Reginaldo sabia, teve um sonho com Beethoven, numa das suas melhore s e desconhecidas canções: “Cante, e Junto com Haendel e o amigo Bach/Cante deixe quem quiser falar/Cante, que quem for jovem vai gostar”.

Regi é maior do que o folclore em torno da dor de corno. Reginaldo Rossi é uma forma de contar a vida que todos nós escondemos: é o que escondemos enquanto manifestação amorosa acovardada.

É o meu Walter Benjamim, minha escola do Crato .

Vejo aqui da minha janela da rua da Aurora: o Capibaribe e o Beberibe se juntam para -sem desmentir a secura cabralina- formar um oceano de lágrimas pelo meu ReiGinaldo.

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As 10 + para fazer amor ainda em 2013

Por xicosa
18/12/13 22:06

algreen

Vai chegando o fim, do ano, vai pra lá, velha da Foice, e sempre me lembro daquelas canções para fazer amor gostoso.

Viver é trilha. Sempre posto a mesma lista, com algumas modificações, viver é sair do mesmo canto; uns muitos; outros mais ou menos.

Boramô.

Mudam os parceiros, as parceiras, mudam os transgêneros -coisas mais lindas, afe!- e eu sigo repetindo minhas músicas.

Viver, às vezes, é randômico, play again.

Se bem que agora tenho a mulher capaz de mudar minha trilha sonora toda. Deixa quieto, prossegue.

barry

No que mando, bora lá, os clássicos das antigas.

Só no dois pra lá, dois pra cá. Não faça sexo, faça amor. Très romantic nos posts crepusculares deste 2013, o blog compatilha uma lista das melhores músicas para cama, mesa e banho.

Aqui divido a radiola com o amigo e  colaborador desta bodega Marcelo Mendez, vem conosco nessa onda.

Na praia, à modinha Cicarelli (lembra?), ou na alcova, à moda do marquês de Sade, acabe o ano com amor. E não o contrário. Escute:

Barry White – Love Making Music – Aí é covardia! Barry White e sua voz de trovão aveludado é infalível. O Homem é capaz de fazer qualquer pacata senhoura tirar a roupa, apenas com um “Bom Dia”!

Al Green – Love and Happiness – Do Green, escolher uma musica para a hora santa é pouco. Daria pra sacar umas 150 pelo menos! Elegemos esta por ser de um suingue, de um sacolejo malemolente, daqueles que tornam o ensejo da coisa toda algo que deveria durar pelo menos uns dois meses.

Serge Gainsbourg – Je T’aime Moi Non Plus – Se tocar esta canção em um cabaré de Petrolina ou em uma tenda no meio da Jordânia… os gemidinhos de Jane Birkin ao som do órgão meloso de Gainsbourg deixarão bem claro a intenção da cousa toda.

Isaac Hayes – By The Time I Get To Phoenix – Essa é do lendário HOT BUTTERED SOUL. A famosa faixa dos 19 minutos. Com 19 minutos, uma boa dama e um pouco de imaginação faz-se a festa da vida eterna.

Duke & Trane – I’m Sentimental Mood – Duke Ellington e John Coltrane se juntaram para fazer um disco em 1963. Histórico. A faixa marca um momento em que homem e mulher se encontram e o mundo pára! Só isso.

Sade – Smooth Operator – Ao som da musa nigeriana o caboclo já começa a pensar na dama dançando, tirando safadamente a alça da blusinha, mexendo mirabolicamente a anca, num sacolejo de fazer Aiatolá Khomeine corar a barba!

Aretha Franklin – Drinking Again – Chique! A Aretha pedindo por mais um drink, para que anoite não acabe, para que o amor não acabe…

Ibrahin Ferrer – Aquellos Ojos Verdes – E como a gente vai falar de classe sem lembrar de Ibrahin Ferrer? A Voz de Cuba cantou lindamente boleros lendários, com uma elegancia de fazer inveja a um Yves Saint Laurent.

Tim Maia – Nobody Can Live Forever – Big Boss! Aqui conosco ele não é “sindico”, só pode ser de Presidente pra cima. Fica aí uma canção de um momento peculiar. Em 1976, depois de tomar um cambau dos safados da seita Racional, Tim perdeu grana, trampo e a mulher. E em uma tentativa de reconquistar a nega, grava uma balada daquelas…

Willie Dixon – Back door man – Mestre. Agora ele chega com este sussurro que diz tudo: “Mulher, se prepara que sou o homem atrás da sua porta, vai ver estrelas!”

E você, amigo(a), o que gira na sua vitrola que faz revirar a sua cabeça na cama?

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Episódio de hoje: a recaída amorosa

Por xicosa
12/12/13 01:26

penabunda

A recaída amorosa é como “O Exorcista”, “Sexta-Feira 13” etc. É como um filmão de assombração de sucesso. Parte I, parte II, parte III, não acaba mais nunca, never more, velho corvo.

Atendendo a pedidos de leitores que passaram por esse aperreio d´alma, volto ao tema: a recaída. Atenção sonoplasta, sobe a música dramática, se possível La Lupe, aquela cubana dos boleros e trilhas do Almodóvar.

Do fundo do coração, imploro, aumenta o volume com Tom Waits (foto), digníssimo disc-jóquei.

Poxa, você acha que está inteiro(a) de novo, que já viveu o luto, que está pronto para outra(o).

Mas que nada. Sinto muito.

Você pega um táxi bebum alta madrugada. Você está desesperado(a), mas jura que o desespero já era, afinal de contas você acredita que exista mágica, terapia ou tarja preta para as dores crônicas.

Toca uma música qualquer.

Qualquer uma.

Um Roberto Carlos ou um Leonardo Cohen. Um Chico Buarque ou um amado Bartô Galeno, que é a mesmíssima coisa –“no toca-fita do meu carro, uma canção me fez lembrar você…”.

Qualquer música, pianista José, qualé a nota, diz aí, velho Pablo, canta para nosotros. Pode ser até um pagode do gênero mela-cueca.

E esta música, mesmo sendo a mais bela ou a mais vagabunda, trata-se, inevitavelmente da sua biografia completa naquela hora.

Toda canção, na hora de algum sofrimento verdadeiro, conta a sua história de vida.

Na bandeira 1 ou na bandeira 2.

No rádio do seu carro ou no radinho fanhoso do porteiro. Também ao cruzar o cais de Santa Rita na madrugada do Recife.

Na rodoviária de Salgueiro, depois de atravessar a Transmaconheira, ouvi ao fim de um amor, safra jurubeba 2003, o maior blues de todos os tempos, “Assum Preto”, de modo a nublar de vez as vistas e as oiças.

E fui seguindo, Afogados da Ingazeira, a leseira bonita da poeira amorosa sobre as pestanas.

São os perigos da recaída na estrada.

Você vai ligar pra ela.

Gastar a última ficha.

Você vai ligar pra ele, sussurrar impropérios.

A última narrativa possível.

Você vai mandar uma mensagem bêbada e derramada, você vai, inevitavelmente, fazer merda.

Puerra, você berra, borracho(a), em portunhol selvagem.  Puerra, estava tudo tão, aparentemente, bem resolvido.

Nem chega a ser surto. É algo assim mal-passado na chapa quente do juízo: “Ah, mas ele(a) vai ter que ouvir agora!”

Você tem algo mal-digerido nas oiças e no coração perdido. Comassim?

Ele/ela acha que é tão simples partir pro outro lado da força.

Né não.

É pesado.

Eu não te mereço um cacete.

Você é muito boa para mim uma ova. Dane-se.

Enfim, tudo, aparentemente, havia chegado ao fim, com uma certa civilidade falsa e babaca, e você, a caminho de casa, nessa madruga, pensa “que merda”, como pude, como pude aceitar tudo isso, não, ele(a) vai ouvir agora tudo que merece.

A lindeza de reconhecer que amor não come da ração cachorra da civilidade. Amor, se é amor, estrebucha sete vezes na alcova antes do luto final.

E você, nobilíssimo(a) leitor(a), banca o cool? Aplica a arte zen de consertar a pequena engrenagem do coração quebrado ou parte para ignorância, a febre da selva?

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