Como eleição mexe com amor e sexo
23/09/14 04:15Vivian que flertava com Marcelo, mas que desistiu quando soube que ele era Aécio; Fred que era tarado por Vivian, mas, em um ríspido bate-boca na madruga carioca do Galeto Sat´s (ai de ti, Copacabana), viu a possibilidade de sexo virar promessa de campanha.
Sujou. Fred correu para tentar uma chance no vizinho Cervantes, Marcelo aplicou a tática do futiba: perder de um, perder de dez. E seguiu tentando a sorte no mesmo estabelecimento.
Vivian é Dilma, diga-se; Fred foi às ruas em junho de 2013 e marinou de primeira hora. Ele é crente na “nova política”.
Jonas também foi às ruas em junho, não acredita no sistema eleitoral, vai anular o voto e assim perdeu as chances com Nanda, a filósofa gostosa da área, que vai de PSOL, de Luciana Genro ao estadual.
Sim, segundo lavrou na sua ata o garçom Ceará II, Romildo, um sósia do Hugo Carvana, ex-brizolista, agora é Eduardo Jorge e é o único que não tem enfrentado rejeição sexual até o momento.
Eis uma breve ciranda ao estilo “Oh! Rebuceteio” democrático (cartaz na foto) recolhida em um insuspeito ambiente noturno pelo cronista. Como no filme genial da era da pornochanchada.
Ainda no comecinho da campanha, tratei aqui do drama que poderia ser o debate eleitoral para as amizades, os amores, casos & rolos no geral. Leia aqui, mas não agora, vem comigo.
Não se trata de um “bem que avisei”, o negócio é que ganho a vida como profeta do óbvio mesmo, essa infindável herança rodriguiana, amém.
Voto desde o pleito municipal de 1988. No Recife, mais do que em qualquer outro lugar, a disputa era pesada entre esquerda e direita –foi a última cidade do mundo a derrubar o seu particularíssimo Muro de Berlim.
Nunca vi, porém, nada mais passional como agora no Brasil. Tudo que era uma inocente troca de sopapos em um bar, por exemplo, foi multiplicado por milhões nas redes sociais –apesar do conceito de esquerda/direta, volver, exista, mas esteja infinitamente mais diluído.
Muito raramente alguém de esquerda levaria para a cama um rolo de direita antes da queda do muro. E vice-versa.
Mesmo com toda a suruba eleitoral de siglas e alianças de hoje, reparo em uma retomada dessa passionalidade. A noite do Galeto Sat´s que o diga.
Será que a coisa anda assim em outras freguesias? Nunca mais fui à brava Mercearia São Pedro, ô filho ingrato. Nem no invicto e resistente Mercado da Boa Vista, no Recife, voltei com os chapas Bidu e Tibério. Ai, ai, saudade.
Como andam as coisas no Chico Discos, bar-sebo de São Luis? No Bar Brasil, em Londrina, preferi, em breve visita na semana passada, observar as sádicas Justines da terra roxa.
E você, amigo(a), o que me contas dessa onda toda? Foste eleitoralmente desfavorecido(a) ou és bom nas manobras do kama-sutra político de bares e comitês?
É uma putaria mesmo… Agora uma putaria HITEC….Em tempo real e sem máscaras.
Amigo Xico Sá para não me estender no comentário, como acabo fazendo sempre, vou ao ponto, amor e amizade resistem a politica, agora se o caso for sexual, ou não se chega lá. mas se chegar pode correr-se o risco de broxar!!!rsrsrs
E a esquerda (ou direita) “flertiva” festeja! Teremos sempre ao nosso dispor os poetas, filósofos e diretores de cinema. Contudo, as eleições deixarão saudade, assim como a juventude, e Xico Sá rs. Abraços!
Está complicado ser solteira nessa época, Xico. Não sou simpatizante de nenhum candidato em particular, mas o desafio é conseguir conversar com alguém que defenda algum dos candidatos com argumentos mais consistentes do que me lembro de ter ouvido na eleição de representante de classe da minha 5a. série.
Falar em rebuceteio quando se tem Dilma e Marina na parada é osso. E por falar em rebuceteio, Xicosá, tô lendo O Livro das Mulheres Extraordinárias, que ganhei de aniversário. Genial, cara! As que você não papou ainda (e imagino que sejam poucas), vai papar depois desse livro. De bobo cê só tem a cara, cachorrão! hehehehe
Deus te oiça, meu velho safado.abs
Dissestes bem, Virtuoso Guru! – Oque se vê na política hoje é uma verdadeira bacanal. Eu pergunto. Como pode um partido de Esquerda dar apoio a outro completamente diferente em seus modos? eu respondo” Oque era diferente antigamente, hoje é tudo igual, não se discute mais sobre esquerda ou direita, discute-se quem ocupará o trono, são da mesma família e se matam pela mesma carcaça.
Xico, você sempre, buscando na cinematografia a melhor forma pra comentar os momentos ou os fatos do nosso cotidiano e este cartaz é perfeito. Pra começar, é uma produção de um tempo de repressão brava e brutal, mas que a sacanagem era permitida através da pornochanchada financiada pelo dinheiro público da EMBRAFILME, ou seja, nada muito diferente do que se faz hoje, mas o melhor é a cara do ator, diretor, roteirista e sei lá mais o quê, aplicado no centro de gravidade da modelo no cartaz, é muito louco! Mas nostalgia à parte, estamos vivendo um momento muito semelhante ao daquela época da ditadura, ou se é esquerda ou se é direita, Palmeiras ou Corinthians, Flamengo ou Fluminense e o “politicamente correto” que agora virou religião, neguinho vai no campo ou melhor na arena, torcer pole seu time e tem que ficar mudo. Até agora, pelo que sei, só pode xingar a mãe do juiz ou quebrar as instalações do próprio estádio. “Nos antigamente”, assim como hoje, você tinha que ser “uma coisa ou outra”, nem pensar em relativizar ou analisar o contexto, é pau ou é pedra, este foi o grande legado do pt no poder, reviver uma época que estava morta. Que pobreza!
Valeu, grande Estevan, ótima observação sobre a gloriosa e rejeitada (pela estética do bom-gostismo nacional) pornochanchada. abs
Acreditava ser um expectador, um peitinho aqui e uns pelinhos ali, relembrando minha descompromissada alegria juvenil.
No entanto, a cada ano que passa acordo cada vez mais desnorteado, cansado e com uma dorzinha…
Acho que não tem jeito, estamos todos participando desta suruba.
Caro Chico…
Taí um assunto brochante pro povo e pra pova: política brasileira. Acaba que ninguém come ninguém. Eita fase….
pior é q vc ta certo. é um tema antiEros por excelência. tá mais pra morte do tesão, algo Tânatos.abs
Tal qual Romildo. Até o momento sem rejeição e ainda fiz uma moça deixar de ser crente na “nova política” (genial o termo, diga-se) e optar pelo verde, que ambos gostamos antes e depois.
I don´t believe in Dilma
I don´t believe in Marina
I don´t believe in Aécio
I just believe in me…
Yoko and me……