O que se diz para acabar o amor etc
11/09/14 01:41Revendo aqui “Manhattan”(1979), de Woody Allen, pela milésima vez. No que o filme me faz lembrar das legendas de fim de caso ou de amor etc.
(“Manhattan”que está para Nova York como “Febre do Rato”, de Cláudio Assis, para o Hellcife. Inclusive na poesia em preto & branco. Assim como “Roma de Fellini para ambos).
Rebobina, meu amor, rebobina. O que interessa aqui nessa crônica é o que é falado nos finais dos amores que se despedem.
O que é dito no instante maldito do maldizer proscrito.
O personagem de Woody despacha a Mariel Hemingway, graça-mor da humanidade, com a desculpa do desencontro de gerações. Típica história do tiozinho e da Lolita.
Pé-na-bunda preventivo –essa história sempre acaba com o homem envelhecido em barris de bálsamo se fudendo. E muito. Desde que Nabokov criou esse belo inferno.
Donde Woody, digo, seu personagem, troca a ninfeta por uma mulher mais velha com a qual pudesse discutir Nietszche e cinema cabeça.
Que bobeira. Como se houvesse mulher mais ou menos madura na vida independentemente de idade. Mulher já nasce sabida.
Sim, era complicado ficar com uma mulher que ainda faz “dever de casa”, como é falado no filme.
Logo mais, o personagem de Woody (preguiça de achar seu nome no Google) também é desprezado pela mulher madura, que volta para o ex, um homem igualmente feio porém mais terno.
“Descobri que eu o amo”, diz ela para o neurótico cara de tacho. Clássico. Vem alguém e só dispara o gatilho amoroso pelo ex.
Ele corre para a Lolita. Ela está de partida para estudar teatro em Londres. Perdeu, maluco, já elvis.
“Te quis tanto”, ela diz. “Agora não dá mais”.
Os dizeres e os maldizeres do “the end” amoroso. O mais doloroso que ouvi, priscas eras, foi: “Você não me emociona mais”. E em uma noite fria do cão em São Paulo.
As palavras finais doem mais do que todo crédito amoroso do final do filme. Reverberam meses no sótão do inconsciente, viram sonhos, buzinas de esquinas que nunca dobramos juntos.
Com ou sem palavrões, mesmo com os mais delicados vocábulos dos homens que desejam evitar choro ou barraco, a legenda final é sempre um eco sem fim no juízo. Mesmo com o cínico e escroto lema “você merece algo melhor” etc.
Até mesmo quando apenas o silêncio das refeições nos une milagrosamente, aquele “passa a salada”, dito por ela, nunca mais será um simples pedido por coisas estranhas, verdes e clorofiladas.
O amor é um filme que começa com a legenda melhor do que é dito de verdade pelas bocas famintas. O amor é um filme que termina intraduzível pela falta de língua na boca para o menor dos beijos possíveis.
E você, amigo(a), o que ouvi de pior que ainda hoje ecoa na cabeça-filme?
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Eh e como num final ….não tem mais jeito…
foi um…EH não dá mais, acabou! Não é isso que eu quero mais pra mim…..
Foi difícil mas acho que ha males que vem por bem
Depois de muito tempo separada eis que o caso mal resolvido resolve flertar de novo comigo e a esperança é selada com um encontro e um beijo inusitado no final da noite. Uma semana depois eu recebo uma mensagem pelo celular: “Tô namorando”.
Depois de muito tempo separada eis que o caso mal resolvido resolve flertar de novo comigo e a esperança é selada com um encontro e um beijo inusitado no final da noite. Uma semana depois eu recebo uma mensagem dele pelo celular: “Tô namorando”. E não era comigo!!!
Bom, primeiro ele me veio com uma viagem só para solteiros e eu disse que se fosse iria solteiro. Cai na onda dele ne, pois era tudo que queria, que eu o despensasse. Acredita que o cretino virou as costas e foi-se embora?! Isso depois de juras de amor eterno durante 9 meses. Enfim, o amor supera tudo e voltamos por mais 2 meses acreditei no amor jurado e não é que mais uma vez me surpreendo, em meio a um almoço (que dai para frente perdeu todo o sabor), que queria curtir a vida, com os amigos e não queria fazer sacanagem comigo porque não merecia. Não mereço mesmo. E nem ele me merece.