Enologia selvagem: vinho jurubeba (I)
05/08/14 02:22Li agora, na revista “são Paulo” desta Folha, que a catuaba virou modinha de baladas de bacanas. Não sem merecimento, como diria o dublê de Conan aí acima do desenho do Benício que enfeita o rótulo da marca “Selvagem”.
Coisa linda. A cidade melhora quando uma bebida da ralé migra para outra categoria ou classe. Quando ocorre o contrário, melhor ainda, sinal que houve uma certa democratização do goró da gente phyna -fato social bem mais raro, põe raro nisso.
Aproveito o bigu na ótima matéria do colega Rafael Balago para resgatar uma velha crítica que fiz sobre outra fonte de embriaguez e sabedoria popular: a jurubeba.
Se no vinho metido está a verdade (In Vino Veritas), In Jurubeba Fabulari, ou seja, na jurubeba está o poder de fabular, mentir, xavecar etc.
Sem mais arroto, vamos à sofisticada degustação deste sommelier da caatinga:
A primeira expedição, como no filme “Sideways”, teve como destino Aratu, na Bahia. Não poderíamos iniciar com outro licor dos deuses que não fosse o vinho macerado da Solanum paniculatum, a rica fruta conhecida vulgarmente como jurubeba, a pinot noir de quem nasceu para beber, não para cheirar a rolha e desgustar como uma freira.
Mal você abre a tampinha de lata reciclada –é mais ecológico, a cortiça vive uma crise na Europa- e já percebe se tratar de um vinho compacto, com um bloco de aromas em leque perfumando o ambiente, mesmo o pior dos pés-sujos da Lapa de Baixo.
De perfil aromático limpo e complexo –nosso crítico também não trabalha com amadeirados e quetais-, o Jurubeba Leão do Norte guarda a essência de extratos de cravo, canela, quássia, boldo e genciana. O tanino de caráter rijo junta-se ao caramelo de milho e dá tintas finais à uma coloração entre o rubi e frutas negras do semi-árido -com halo aquoso ainda em formação.
Repare no sabor fugidio do jatobá e da flor de muçambê, com florais de mulungu e pau-d´arco ao longe. No todo, o equilíbrio chama a atenção. E de que mais precisamos, amigo papudinho, do este suposto equilíbrio no momento da volta ao lar doce lar?!
O vinho de jurubeba harmoniza bem com a gastronomia de sustança. Pratos sugeridos: mocotó, mão-de-vaca, chambaril, bode e caprinos no geral, javali, teju etc.
Podemos aplicar ao jurubeba o mesmo impressionismo paradoxal que o renomado crítico Robert Parker usou para definir o Romanée-Conti: “Aromas celestiais e surreais…”. Seja lá que diabo ele quis dizer com essa xaropada de adjetivos.
Saúde! Porque se os outros vinhos ajudam o coração, o jurubeba é reconhecido na medicina popular como um fortificante da cintura para baixo. Afrodisíaco no último.
Até a próxima visita às adegas e aos alambiques mais roots do país. Mande também a sua sugestão de nossos melhores licores.
E lembre-se, amiga, antes uma bela de uma mentira amorosa de um macho-jurubeba do que uma verdade arrotada por um homem-bouquet -aquele camarada que aplica o caô do especialista em vinhos finos. Corra Lola, corra.
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Xico adoro as impressões do mundo pelo olhar do macho jurubeba. o que será que pensa do tal senhor Não se das quantas Grey, do livro aquel e 50 tons de cinza.
Eu não li pra se sincera, e não pediria iso a niguém, mas pelos comtários e resenhas por aí, acho encontras fartos subsídios
abs
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Xico – o verdadeiro macho jurubeba toma cachaça curtida com cobras e escorpiões. Ainda pode-se encontrar essas finas bebidas tremendamente afrodisíacas (se não matarem) em nossos bares e botequins dos sertões do Brasil.
Texto genial, Xico!!!
Eu também tenho certa aversão a essas “sofisticações”, não entendo de onde os caras tiram as tais notas cítricas, os aromas de ameixa e damasco etc… o vinho não é feito de uva, porra?
O que anda falta ultimamente é macheza, como você bem apregoa por aqui. O que está faltando para esses sommeliers, para esses degustadores, é cheirarem uma boa duma xereca. Das cabeludas, que depilação total é bem coisa de sommelier.
http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2013/08/sommelier-de-buceta.html
Em tempo : vamos adicionar à enologia do macho também o clássico vinho Chapinha.
A cachaça combinada com diversos tipos de raízes e encontrada somente na rua do Amparo em Olinda. Popularmente conhecida como Pau do Índio. Dá tanta energia que a gente sobe e desce ladeira ao som do frevo e do maracatu sem sentir.
isso sim é bebida de macho, voce deveria acrescentar ainda o famoso Paratudo, muito bom
Uhmmm…Cachacinha de jambú, fazer um leve gargarejo pra dar aquela dormência agradável. Já a de gengibre com cravo e canela é fina flor do hálito perfumoso!
Então eu fazia parte de um grupo de visionários pois houve época onde só entravamos em uma balada depois de matar uma garrafa de Catuaba e outra de Ximboquinha.
Xico, quero muito ler tua opinião sobre uma bebida que a gente conhece lá nas bandas das alagoas como ”principe maluco”
já experimentaste?
abraço!
Luisa, já tomei uma vez. mas agora vou experimentar como sommelier. rs. e escrever. beijo
Faltou a catuaba; oxente.
Xico, conhece o Paratudo? Feito de “raízes amargas”… Faz a vida parecer sempre doce.
conheço, rapaz, to até precisando, em todos os sentidos, tomar de novo.abs
Xico te indico a bebida mais linda que já vi: A Tiquira toda azulzinha(as vezes lilás) do Maranhão que tanto amas… Peça aos teus amigos Zema, Celso Borges, Bruno Azevedo, eu tenho certeza que eles não te negará uns fardos!
Aurélia, esses mesmos cabras supracitados já me presentearam com esse licor dos deuses indígenas. muito boa mesmo.bjo
Agora,em termos de licores,os maravilhosos de jenipapo e cacau,que tomava nas fazendas de tio Anastácio ,ali perto de Ilhéus. sem contar com o melaço de cacau feito em tachos, que comíamos com farinha. Aquilo dava uma sustança da porra.
Sensacional.
Aprecio estes vinhos fortificantes,mas sou devoto mesmo é da boa cachaça.