No balão com mr. Barnes, reflito sobre o fim do amor
06/05/14 13:07Com a história de Pat e Julian Barnes, aí no retrato, falemos um pouco sobre a finitude das coisas e de nós mesmos.
As dores de amores são parecidas entre si, a diferença é que a nossa é sempre mais dolorosa.
Perder doi no osso, como quem tem uma bala alojada e enfrenta a primeira noite de inverno.
Você interrompe uma longa conversa com alguém. Se conflituosa, não importa. Você quer contar algo que só teria graça se dito para ele(a).
“Você junta duas pessoas que nunca foram juntadas antes. Às vezes é como aquela primeira tentativa de atar um balão de hidrogênio a um balão de fogo: você prefere cair e pegar fogo ou pegar fogo e cair?”, confessa o viúvo Julian Barnes.
As dores de amores são parecidas entre si, todas levam ao luto; a viuvez, porém, é a mais inconsolável. Nem a mais autoindulgente das criaturas consegue guarida durante um longo tempo.
Você junta duas pessoas e às vezes funciona, algo novo é criado, o mundo se transforma. No que segue a voz do viúvo Barnes:
“Então, em algum momento, mais cedo ou mais tarde, por um motivo ou outro, uma delas é levada embora. E o que é levado embora é maior do que a soma do que havia. Isso pode não ser matematicamente possível; mas é emocionalmente possível”.
Mr. Barnes, inglês nascido em 1946, um dos melhores escritores do mundo no momento, foi casado 30 anos com a sul-africana Pat Kavanagh, agente literária.
Pat foi levada embora. Entre o diagnóstico do câncer no cérebro e a morte, apenas 57 dias no calendário.
Na tormenta, ocorre uma filosofia de consolação ao o sr. Barnes: é o trabalho do Universo. Dane-se a força natural do universo, ele rebate.
O que importa é que ele não pode apontar algo de curioso na rua para que ela veja enquanto os dois voltam para casa em uma noite qualquer.
Não, a escrita do livro tampouco expurga essa dor. Não se trata de buscar conforto inútil ou clichê picareta de autoajuda.
Barnes pensou várias vezes em suicídio. Mas como manter Pat viva dentro dele? Viver é a única fórmula de continuar, mesmo de maneira cruel, com Pat.
Ao leitor salta-páginas um alerta: você, sabendo do que se trata o livro -como foi dito em qualquer resenha-, pode achar meio lengalengas aquelas histórias sobre balonismo e fotografia. Está louco? Não caia nessa. Cada detalhe ali, cada imagem, cada frase de desprezo da Sara Bernhardt, são fundamentais no fim do novelo.
O próprio Sr. Barnes decifra: toda história de amor é uma história de sofrimento em potencial. Então por que nós constantemente desejamos amar? “Porque o amor é lugar onde verdade e magia se encontram. Verdade como na fotografia; magia, como no balonismo”.
Sempre alguém se espatifa no chão.
“Altos voos e quedas livres” (ed.Rocco, tradução Léa Viveiros de Castro) tem apenas 127 páginas. Mas talvez não haja, no romance contemporâneo, livro mais potente. Para você, que andava meio preguiçoso(a) com a leitura, retomar o gosto
Altos voos de linguagem e inevitáveis quedas livres amorosas.
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A máquina de fazer espanhóis, de Walter Hugo Mãe, também aborda lindamente o tema. Estou lendo no momento.
outro gigante este escritor d´alem mar. este livro ainda nao li. boa dica. gracias. abs
Esse amor não tem fim, @xicosa.
Adorei o texto.
Depois dos 40 percebi que a partir de um certo momento passamos basicamente a administrar perdas em nossas vidas. O problema é que depois de uma certa idade elas vão aumentando consideravelmente.
Não sei porque você se foi
quanta saudades eu senti
e de tristezas vou vivendo
e aquele adeus não pude dar.
Você marcou em minha vida
viveu morreu na minha história
chego a ter medo do futuro
e da solidão que em minha porta bate…
E eu gostava tanto de você
gostava tanto de você…
Esta música cantada por Tim Maia e composta por Edson Trindade é sobre uma pessoa querida do autor que morreu e não sobre uma mulher que o abandona, como pensam muitos.
Será que se ela fosse viva eles iam ficar juntos para sempre? Trinta anos é quase sempre. É tão doloroso… Dizem que leva de um a dez anos para passar, se passar. E o duro é que não há o que fazer, não há remédio.
“Perder doi no osso”, simples assim.
Não sei o que é pior para um romance, a intimidade ou o orgulho, salvo se você é Barnes e ela Pat.
Abraço guru!!!
Taí. Para os viúvos, duas sugestões. Reviva o amor nas lágrimas de um livro ou ache outra Pat enquanto há vida. Ah, e amor. Porque a vida é única, mas quem disse que os amores precisam ser?????
Oh, pedaço de mim
oh,metade arrancada de mim
leva o vulto teu
que a saudade é o revés de um parto
a saudade é arrumar o quarto
do filho que já morreu…
Oh,pedaço de mim
oh,metade amputada de mim,
leva o que há de ti
que a saudade é doí latejada,
é assim como uma fisgada
de um membro que já perdi…
Chico Buarque.
Esta letra é o mais profundo retrato da separação definitiva e sempre me leva as lagrimas.
Saudações de BH!!
Você reflete sobre o amor interrompido e eu cá, trás montanhas, pensando no amor que a gente cultiva platonicamente no coração, sem a menor chance de existir…
… Pra, num dia, poder morrer!…
Ainda assim alguns de nós o almejamos: correspondido ou não, o amor “é lugar onde verdade e magia se encontram”.
“Amar alguém só pode fazer bem/
Mesmo quando existe um outro alguém/
Mesmo quando isso não convém”
(Marisa Monte)
~~~
Amar e valorizar o tempo que estamos juntos com aquela que nos ama. Porque o tempo e a vida é cruel, pode nos tirar de repente, num piscar de olhos, a pessoa que estamos junto. E a partida dói, no peito, na alma. Seja pela morte, seja pelo que for.
Sábias palavras, Mestre! Já enviei para um amigo que está enfrentando a inevitável queda livre amorosa.
Xico, segue o link da última crônica do PPP. Ressaltando o tema tratado na sua penúltima crônica.
Abrazo!
http://papo-petisco-pinga.blogspot.com.br/2014/05/minha-historia.html
Por favor, poderia me dizer o titulo original do livro? E que moro no exterior.Agradeco !!!
Claro,ai está: Levels of life. abraço
tô lendo esse livro nesse momento. sabia que a gente tinha tudo a ver, xico! (: hahaha
vc vai amar. lindo e doloroso. beijo
Xico, você é muito lindo respondendo seu leitores… Ah doce amor platonico.
Tem q ter essa conversa, Jessica. é a ideia. beijos