Besteirinha sobre o amor e W. H. Auden
26/03/14 01:24Estava aqui a ler na rede, não tão tranquilamente assim, “Diz-me a verdade acerca do amor”, talvez o maior poema sobre o tema. Do cara: W. H. Auden, ediçãozinha portuguesa e bilíngue, da Relógio D´Água, uma das minhas editoras preferidas no mundo inteiro.
Eu gosto mesmo é quando Auden ironiza e pergunta se o amor é fofo como um edredon de penas. Também quando o poeta dá conta que viu o amor escrevinhado nas costas dos guias ferroviários.
Que gênio. É, amigo, os anglo-americanos também amam.
E do nada, do nada mesmo, sinapse de cool é rola, me vem uma narrativa das antigas, que havia escrito, dez anos atrás, depois de um sofrimento amoroso fodido -as minhas únicas propriedades privadas, velho Proudhom, são as minhas dores de amor, e como me orgulho de não carecer passá-las em cartório.
Nesse sentido, levei, levamos porradas.
Não é questão de ressentimento, é questão mesmo de orgulho das dores, o resto é meu riso fácil que mal carece de dentista ou manchas de nicotina.
Da vida nada se leva a não ser a ressaca das vodkas e dos amores mal-resolvidos.
Toda história de dor, meu amor, é em primeira pessoa. Blow-up. Quando dei fé, cão vadio, aos teus pés lá embaixo estava, mulher-abismo.
Enfiei-me entre os dedos lambi como um lazarento… pulgas passionais ainda tentaram me avisar, epa!, durante a queda, em vão. Uma mulher muito grande, alma desenhada por R. Crumb. Pulgas mais avexadas, sado-camonianas, escreveram no meu couro, em caligrafia-coceira, “o amor é fogo que arde e não se sente”, ah, se eu pego esse Camões caolho eu furo o outro.
Lambi os dedinhos, um a um, queria que você visse o desassossego desse pobre cardisplicente sob a forte chuva de granizo.
Não há guarda-chuvas para o amor, Catherine. Nem mesmo quando se tem 20 anos. Não há diamantes que comprem uma alma perra, Catherine, não há barcos, salva-vidas, só perdição e enchentes. Não à-toa os sofás bóiam nos aguaceiros. Sofás dormidos por homens que erraram, homens que já partiram.
“As mulheres são todas diferentes. Quando se perde um homem, há outro igual ao virar da esquina. Quando se perde uma mulher, é uma vida”.
Desde o dia em que cai aos teus pés não sabia se estava a ganhá-la ou perdê-la. O AMOR É FODIDO, livro do amigo cronista ultramarinho Miguel Esteves Cardoso, me ensina coisas. Ao contrário das pulgas sado-camonianas, este gajo, certa noite das antigas, na cidade de São Paulo, boate Love Story, dizia que as lágrimas das raparigas são coquetéis sem álcool.
Dizer “não chores” funciona sempre, porque só mencionar o verbo “chorar” emociona-as e liberta-as, dando-lhes carta branca para chorar ainda mais. As raparigas, depois de chorar, soprou-me o gajo, lirismo-Morrisey, ficam com vontade de fazer amor.
Essa coisa de dar vontade nas mulhé de coisar depois do chororô é pura verdade. Ni mim dá!
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http://www.youtube.com/watch?v=HRItTxPG8L4
Se ela me deixou a dor , é minha só , não é de mais ninguém , aos outros eu devolvo a dó , eu tenho a minha dor …….
A musica chama-se De mais ninguém ……
Xico, meu velho, você vem para o Festival da Mantiqueira esse ano? Abrazo
http://papo-petisco-pinga.blogspot.com.br/2014/03/cafe-roma.html
Xico, que inspiração………”pulgas sado-camonianas”, filosofou prá carái sobre a existência humana…..
És, sem dúvidas, o sucessor do Cony, felizmente ainda jovem. Com certeza és o “cronista” do dia a dia mais talentoso dos últimos 50 anos. Parabéns!!!.
q exagero, amigo. mas fico muito feliz com a sua leitura.abs
Ah, meu amado! Meu café com leite de todas as manhãs.Minha pausa preguiçosa para retomar os trabalhos numa tarde cansativa.Minha dose de Absolut na alta madugada… Como amo “ler-te” a qualque hora! E como não te amar, Xico Sá? Não te amar seria ouvir Serge Gainsburg cantar Je t’aime moi no plus e não querer dançar com você! Obrigada , Xico, por essas coisas lindas que escreves e que despertas em nós. Um beijo! Adnan Morais.
q felicidade para um cronista a tua mensagem. isso q me anima.beijo
Xico me dê os cabimento criatura!
Ainda me perguntam porque sou apaixonada por você! Com certeza não devem lê isso aqui!
Acredito que ainda existam homens diferentes, como você, meu Don Juan do Crato!
Era, exatamente, o que eu necessitava ler hoje sobre o amor! Bravíssimas suas palavras!!!! bjs
Eu! rsrs
O amor é um falso brilhante
no dedo da debutante
O amor é um disparate
na mala do mascate
macacos tocam tambor.
O amor é um mascarado
a pata da fera na cara do domador
O amor sempre foi o causador
da queda da trapezista
pelo motociclista do globo da morte
o amor é de morte.
Faz a odalisca atear fogo as vestes
e o dominó beber agua-raz
o amor é demais
Me fez pintar os cabelos,
me fez dobrar os joelhos
me fez tirar coelhos
da cartola surrada da esperança
o amor é uma criança.
E mesmo diante da hora fatal
o amor me dará forças
pro grito de carnaval,
pro canto do cisne,
pra gargalhada final.
FALSO BRILHANTE BOSCO E BLANC.
Xico, vi na internet a nova foto da Anita ou a foto da Anita nova. Parecendo uma boneca de cera sem demonstrar nenhum sentimento ou ressentimento. Ainda disse que agora ela não tem mais defeitos. Me perguntei, sera uma mulher sem defeitos um bom par para um homem sem qualidades?
rapaz, q loucura da moça. e ainda mais essa frase dos defeitos. avimaria. sintoma total dos nossos tempos.abrazo