Você deixa de transar por gramática ou ideologia?
12/02/14 03:09Nem fudeno.
Desculpa pelo meu selvagem e ignorante gerúndio nordestino sem “d” logo no primeiro parágrafo.
Desculpaí, mas esse papo só me lembra o Angeli, que, a propósito, matou a pau na charge arriba. Resumo do buraco psíquico que vivemos.
Aliás, desconsidere o “nem fudeno”.
Nem é minha resposta pra valer. Desça o cursor, tenho mais dúvida do que Mano Menezes na escalação do Corinthians sob risco de rebaixamento no Paulista.
Você deixa de transar por gramática ou ideologia?
Acrescentaríamos mais outras questões: estéticas (ele só curte axé e isso é apenas um exemplo sem graça), ela nunca viu um filme francês nem o melhor cinema do mundo, o pernambucano, é óbvio.
Tudo começou assim:
A amiga baiana internacional Joana Rizério, escriba de mancheia, me reaparece hoje com uma dúvida cruel –como se houvesse dúvida cruel para aquela danada que pergunta já sabendo a resposta. Ou quase. Ou não, como o velho compositor baiano já me dizia.
Indagava, sábia e sabida, se daria uma chance a um cara que não faz bom uso da ortografia, da tal da dona norma culta. O cara que não consegue escrever, como manda a gramática, as mais elementares palavras. Nem era questão de concordância etc. Ela deu exemplos. Aqui não repito para preservar o moço.
É broxante? Ou brochante?, Joana pergunta. Para começo de história, os dicionaristas admitem as duas grafias da paumolecência. Tanto faz, meu caro Reinaldo Moraes.
Que broxante que nada, respondo na lata, sem metáforas gilbertogilbertianas.
Você prefere um pau mole que sabe tudo da Escola de Frankfurt ou um pau Mobral e cafuçu que te pega todinha e te faz de rainha, como numa rodriguiana letra de forró fuleiro?
Alguém há de questionar e juro que não recorrerei à teoria de luta de classes: os pobres também brocham. Seguramente. É difícil (hahaha) mas broxam. Pobre gosta da coisa, todo mundo sabe disso.
Voltemos à gramática, amado Bechara.
Jojô, toda lindinha e despachada, admoesta, com muita delicadeza: Gosto de quem fala bonito. Isso é implicância burguesa porque o brasileiro nao lê. Só grava essas merdas de cê cedilha e SS quem lê e pronto.
No amor e no sexo ninguém é analfabeto, tiro uma onda quase hai-kai. Ela concorda.
Como aprendi com o meu grande amigo Marcelo Coppola, gênio que bebeu na fonte de Walt Whitman e de outros caminhantes lindamente perdidos, o que vale é a graça. Seja o que for e venha de onde vier, meu rapaz.
Coppola, aliás, primo do homem do cinema, é o melhor redator que conheço –zero erro segundo a dona norma.
Saindo do escorrego da gramática –esse blog é prova que a gente sempre cai nos deslizes primários desse atoleiro tipo massapê-, ampliamos a indagação da menina baiana:
Você ficaria –não estamos falando em casamento!- com quem defende a tese do “bandido bom é bandido morto” e aplaude o neopelourinho escroto que anda rolando por ai?
E com black bloc, influenciado(a) ou não pelo noticiário pesado de agora? Sim, eles são jovens demais, talvez seja uma barreira natural, um homem na casa dos 20 não sabe sequer dizer bom dia para uma mulher.
Envelheçam, em todos os sentidos, diria o tio Nelson mais uma vez. Juízo, meninos.
O que você faria, haja perguntas, se soubesse que o pai riquinho do seu namorado, cacho, caso, amante ou rolinho-primavera, usa trabalho escravo na fazenda? Aquela linda fazenda que você frequenta nos feriadões?
Antigamente era tudo bem fácil. Vivi um tempo em SP, por exemplo, que a grande proibição era ficar com malufistas. Como o mundo deu voltas!
Anfam, se você estiver com tesão mesmo, a fim pra cacete, considera barreiras ortográficas, políticas, ideológicas, de classe?
E se o cara for articulista tido como direitista de uma grande mídia?
Como indagaria o amigo Marcelo Rubens Paiva: e ai, comeu?
E ai, mídia comédia? – só o trocadilho, para este cronista chinfrim que acredita em Lacan, salva na hora de tensões e falsas tensões particulares ou nacionais.
E se o rapaz for ou tiver sido da mídia ninja neste momento em que você vibra, amiga, com a sede sanguinolenta da lei antiterror, Lola?
Só me resta recorrer à sabedoria dos leitores. Não lavo minhas mãos, apenas me entrego ao grande narrador de amor e suspense J. M. Simmel, que escreveu, entre outros livros, o genial “Só o vento sabe a resposta”.
Ventai-vos uns aos outros, perdidaços corações e mentes.
A língua do gemido é universal, e todo mundo sabe comé, e todo mundo bem aprende. “Cala a boca e me beija” resolve, sem mais delongas.
Caro Xico, nessa hora tem duas soluções: usar uma mordaça no cabinha e meter os fones de ouvido e escutar meu vozinho Abidoral Jamacaru cantar: “Onde é que as muié do piqui tão?” Depois relaxe e goze. Só!
Xico, Chico, você é show!
Mas, nem tanto ao céu nem tanto à terra; seria pedir muito escolher um representante masculino que consiga fazer bom uso do pau e da caneta? Que localize bem um ponto G e o lugar do cê cedilha?
Não vamos nivelar por baixo ou limitar as opções entre os extremos. Procurando bem a gente encontra!
Aliás, li uma vez (e concordei!) que o ponto G da mulher fica mesmo é na cabeça. Por isso aquele bom professor, homem sem graça, vira um deus grego quando abre a boca!
Você mesmo, confesse, quantas já não pegou com seu charme intelectual ou sua ginga palavrística?
Beijão,
Existe um paredão inescalável para mim: se um cara fala errado, está fora do jogo.
– A que horas sai a JANTA????
– Bye, bye baby…
– Não vai dar para MIM pegar o livro na casa do Alfredo…
– Ciao bambino…
É realmente mais forte do que eu…
Como fala bonito, este Xico.
Como tem mulher não “fudeno”. Puro preconceito.
Só para contribuir com a estatística: já recusei um convite de um rapaz ao cinema porque ele pediu para eu escolher um filme dublado. Intrigada perguntei o motivo, no que ele me respondeu que não conseguia acompanhar as legendas, passa rápido demais, foram suas palavras. Fiquei indignada e cortei o moçoilo da lista!
Xico, você estaria fudeno com alguém que acha que esse texto é só sobre sexo com quem escorrega no português??
Pela lamento da gramática, deixaria! Encosta aqui ni mim, NEM FUDENO! Mesmo…
Xico, muito legal esse seu texto. Tenho feito essa pergunta a mim mesma ultimamente, recém solteira que estou. Olha, o mais importante pra mim é perceber o quanto a pessoa pode absorver novos conhecimentos, o quanto ela está disposta a mudar de opinião caso reflita um pouquinho mais sobre certos assuntos e a contribuir com novos pontos de vista interessantes também. Já “broxei” com caras que escreviam errado ou que só escutavam axé, por exemplo, mas o que vale é o conjunto, não foi só por esses aspectos isolados que a broxada se manifestou. Atualmente, estou tentando mentalizar o seguinte: ninguém nasce pronto. Não que eu queira, nem tampouco acredito que seja possível, mudar alguém. Mas penso no sentido de que as trocas são importantes, e aí só o caminho e o tempo irão dizer se vai acontecer um ajuste bom com a outra pessoa. Já quando a questão é mais imediata, bem, dependendo da necessidade, aí acho que o melhor conversar menos… hehehe, fingir que não escutou determinadas coisas e focar no essencial. Conexões mentais são difíceis e restringir esse universo para boas conexões mentais versão plus química sensacional, aí é passar a pensar em sexo com visão de longo prazo, bolar um planejamento estratégico de trepadas, sei lá…
Cara Joana, é pra casar e ter filhos?
Se é isso, melhor não…
Mas se é pra beijar na boca e usar o corpinho dele, evite assuntos e situações broxantes e seja feliz!
Você tem irmão ou amigo muito íntimo? Sabe aqueles períodos nebulosos da vida deles, que eles estão sozinhos, mas vivem sumindo?
Pois é.
E viva a liberdade sexual!
Existem mulheres que não conseguem transar se o cara não for lindo e existem as que não se aproximam dos que nao têm nenhum atrativo intelectual. Sexo por sexo é diferente de relacionamento, mas para despertar o meu interesse ainda prefiro um inteligente e bem humorado que faça o serviço no modo satisfatório que um lindo que diz ” não tem pobrema” e seja o deus do sexo.
Prefiro continuar com meu”pedantismo gramatical” a ter que “broxar ou brochar”rs em meio à um relacionamento…já terminei com cara que falavam”CÉLEBRO”, menas, ….. Sexo eu faço comigo mesma em um momento de desespero…agora agüentar gente falado errado é tortura
Crase antes de um é gravíssimo, viu?
Chico , vc pensa como Homem , logo a cabeça é literalmente outra!
perfeito comentario, Juliana.beijo
Grande Chico!
Só uma observação na chamada do texto pela Folha. Não são erros de ORTOgrafia, mas sim de grafia.
obrigado, Valéria,nao tinha visto,vou avisá-los.bjo
Meu tesão é intelectual. Portanto, nem “fudeno”.
hahahahah contigo!
Caro Xico,
“Ai” é aquela interjeição de dor. “Aí”, com acento, é a palavra que você usou umas três vezes no texto. 😉
Abraço!
Difícil, caro Xico. Mas fico pensando na hora do ” pega pra capá”, o caboco abre a boca e diz: as pessoas hoje tem “menas” vontade de curtir a vida!!! E aí, dá pra brochar ou não?
Eu sempre tive horror e vergonha de me envolver com caras que escreviam errado. Principalmente quando aparecia aqueles recadinhos na rede social sempre trocando s por Ç ou rr por r. Inclusive namorei um que terminei depois de não suportar mais os erros ortográficos e a fala errada.
Só que o destino me pregou uma peça. Caí de quatro por um cara que não tem estudo, fala errado e escreve pior ainda. Só que ele faz o sexo mais gostoso do mundo e me trata com tanto amor, que eu decidi superar esse trauma ortográfico. Aos poucos e com delicadeza vou tentando corrigir uma coisa ou outra e fazer com que ele volte a estudar. Ele tem caráter e é uma pessoa do bem. Então vale a pena tentar.
Tesão é tesão e vice e versa, já diria o filósofo.
Acontece que essa sua experiência é muito mais comum do que se pensa à julgar pelos comentários acima.
Na verdade cansei de ouvir que era inteligente, engraçado e etc, mas não ia rolar. Afinal no amor e na paixão o que manda é o tesão.
Já fiquei com mulheres com as quais eu pouco tinha a conversar, mas nesses casos não precisamos conversar dada a ótima química que compartilhamos naquele momento.
Cara, acho que tudo depende também de um nivelamento de cunho acadêmico/cultural. Vai ser chato pra alguém ouvir falar do Nietzsche a noite toda sem saber quem ele é e depois ter tesão pela pessoa rs. Ou então a pessoa ter que ouvir sobre aquela banda de forró horrenda gostando de musica erudita.
Existem os cucas frescas que só tão a fim de “dá uma” pra aliviar que nem tão escutando nada, obstinação, direto ao ponto, sem nem passar cuspe haha.
O melhor é curtir o momento: relaxe e goze, sem diálogos ou somente com onomatopeias. Fica a gosto do fregues ;P
Prezado cratense: a gente até fica, em nome do Tesão, com uma pessoa, digamos, moralmente ortodoxa. Mas já aviso: no domingão, ela se contenta com shopping, Faustão, Fantástico e BBB14. E quando trepa, trepa mal. O mundo é vasto e bão; não vale a pena perder a cabeça e o cabaço com quem simpatiza pelos ralos brados da vala comum.
comentário genial. adorei.beijo
gênio!
Concordo em número, gênero e grau!!!!!! Perfeito!!!
Tudo depende, dependa da conversa, da intimidade, do interesse. Um deslize ou outro na gramatica é suportável (apesar de que hoje isso não é mais desculpa, temos corretores automático em todas as caixas de diálogos..) e eu particularmente, que estou numa fase inicial da vida adulta e interesses adultos, não é muito interessante um parceiro que entenda menos que você da língua portuguesa, que tenha um pensamento lógico que deixa a desejar ou não saiba ou não se interesse pelo que acontece ao menos ao seu redor, o pós-sexo, aquele papo gostoso depois de uma bela transa, broXaria todo o ato.
Oi Xico, tudo bem? te acompanho as vezes no Saia Justa mas na verdade nunca tinha lido sua colunas…enfim…vivendo e aprendendo.
Me diverti muito com as “colocações” feitas e imediatamente me lembrei de episódio ocorrido há algum tempo.
Sou do tipo que gosta do “trem” (esqueci de dizer que sou mineira..rs). Enfim, tava lá com o Moreno quase chegando no paraiso quando ele diz “Goza nimim, goza nimim”. Olha te juro que tentei fingir que não ouvia mas ele continuava falando….
brochei.
uma merda né…preferia ter gozado!!
bjs carinhosos, Mineirinha.
Prefiro q o cara n fale nada e de uma trepada boa. Pois a partir do momento q eu recebo uma msg dizendo “”DeiCHa” eu te conhecer”, eu SECO mesmoooooo!!!!! Prefiro ficar na ignorância, se for p ler esse tipo de msg ( ou ouvir)prefiro ficar na SECA. E se for p ouvir, q seja gemidos.
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Seu texto me fez lembrar de uma situação vivida por uma amiga e narrada aos risos. A tal amiga estava numa festa e se agradou de um sujeito que, assim como ela, estava bebendo. No meio de uma conversa mais filosófica do que a situação permitia, ela disse ao sujeito que ele era muito “cartesiano”. O cara riu sem graça e respondeu: só a noite. Ela perdeu o interesse e saiu à francesa. rsrsrs
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