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Xico Sá

Modos de macho, modinhas de fêmea & outros chabadabadás

Perfil Xico Sá é escritor, jornalista e colunista da Folha

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O medinho do 'macho´ diante da torcida gay

Por xicosa
12/11/13 00:54

Campanha do futebol da Inglaterra

É, meu safo leitor, se o mundo em geral anda muito chato, raivoso, intolerante e sem humor,o mundinho do futebol anda muiiito pior, digo, segue como sempre.

Repare nesse episódio da Gaivotas Fiéis, a torcida assumidamente gay do Corinthians. O líder e fundador do grupo, Felipeh Campos, relata que tem sofrido agressões de rua por parte de corintianos –leia notícia aqui –e violenta represália virtual.

Que falta de um roçado para capinar, né não? Como se a existência de uma ala gay de torcedores fosse comprometer a masculinidade do time e de todos os seus fãs.

Muito pelo contrário: só enriquece e torna o clube que fundou a Democracia Corinthiana mais aberto e civilizado. O doutor Sócrates ficaria orgulhoso e aplaudiria a iniciativa.

Como se no universo do futiba fosse proibido e não existisse gays -o que faria deste esporte o único segmento do planeta apenas com heterossexuais. Conta outra. Felizmente essa aberração não é real desde que o Charles Miller nos trouxe a primeira bola.

O que não tivemos ainda, por causa dessa mesma intolerância, foi jogador ou técnico saindo publicamente do armário. Isso não. O terrorismo, principalmente por parte das torcidas organizadas, ainda assombra.

Bastou aquele selinho do atacante Emerson Sheik em um amigo, lembra?, para que houvesse protesto de corintianos no Parque São Jorge. É brabo.

Com o Biro-Biro, macho nordestino, velho ídolo da torcida, não tem disso não.Dia desses ganhou um selinho do próprio líder da Gaivotas. Levou na buena onda.

Que gaviões e gaivotas convivam em paz. Que o futebol, esse armarinho de surpresas, escancare as suas portas.

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Comentários

  1. Marcio comentou em 13/11/13 at 18:25

    Xico, fico pensando se as coisas são como parecem. Em primeiro lugar, a ideia de torcida organizada, remete a um grupo de pessoas que comungam de ideias próximas, e por isso, se organizam para assistirem a um jogo de futebol juntos, lado a lado, pelas arquibancadas do Brasil, não lhe parece estranho a fundação de uma torcida organizada de um membro só? A mim, cheira a oportunismo. Por outro lado, essa torcida é um natimorto, está na contramão dos acontecimentos históricos, os modelos de torcidas organizadas atuais que tiveram seu auge na década dos anos 1990, hoje, agonizam, estão morrendo, em poucos anos, serão apenas uma sombra daquilo que um dia foram. Quando os clubes numerarem os assentos e venderem todas as entradas para os sócios torcedores, o que restará das organizadas? É triste, mas esses grupos, que hoje são feudos, pararam no tempo, e aquilo que um dia foi vanguarda, hoje é extremamente reacionário, e quem conhece os meandros de uma organizada sabe muito bem do que estou falando. Resumindo, acredito que esse cara, que vive de vender sua imagem, quer lucrar um pouquinho com isso, se houvesse um grupo de homossexuais se organizando para fundar uma torcida, eu até poderia acreditar na idoneidade dessa empreitada.
    Abraços Xico, e parabéns pelos textos.

    • xicosa comentou em 13/11/13 at 18:37

      Meu caro, um amigo, a quem respeito muito, corintianíssimo, havia comentado na mesma linha q vc. acho que aí é um ponto interessante pra discutir. vamos ver se a torcida existe mesmo ou existirá. mas outra coisa é a represália e a reação homofóbica, q é o foco da crônica. grande abraço e gracias pela leitura

  2. Vitor comentou em 13/11/13 at 17:21

    Como hétero e a favor da inclusão, acho essa atitude fantástica. Como corintiano, tenho minhas dúvidas até que ponto isso é corintianismo por parte do Felipeh Campos ou é simplesmente querer aparecer às custas do nome Corinthians.

    • xicosa comentou em 13/11/13 at 18:38

      Sim,caro Vitor,um leitor acima expôs essa duvida tb. se for somente para aparecer é um prejuizo nao so para o corintianismo como pra propria causa da luta contra a intolerância. vamos acompanhar. dê noticias, abs

  3. Luíz Fernando Liveira comentou em 12/11/13 at 21:58

    Caro Xico, penso que é necessário ter paciência – na maioria dos casos, demais, até – para com esse tal país tupiniquim. Talvez, quando pararmos de descer o sarrafo em professores que se humilham por salários menos miseráveis; Quando tomarmos vergonha, e pararmos de alimentar esse sistema nefasto e pútrido, arraigado lá pelas bandas do Planalto Central que, a cada “eleição”, ri e debocha das nossas desgraças; Ou, quando pararmos de ficar arrotando sentimentos puritanos ao vivo e, nos bastidores, fazermos orgias – de todo tipo – com nossa juventude, com nossos trabalhadores, e com nossos cidadãos de bem, talvez…talvez, quando atingirmos esse estágio de evolução, possamos respeitar a opção sexual de cada um, e esse e outros tantos tabus deixem de ser uma utopia, e passem a ser Direito, de fato e de direito.

    • xicosa comentou em 12/11/13 at 23:54

      Belo comentário,meu velho. bom ter leitor assim.abrazo

  4. sergio barros comentou em 12/11/13 at 15:15

    Toda maneira de amor vale a pena……
    já dizia a canção de Caetano e Milton sobre o amor de 2 pessoas do mesmo sexo em plena a ditadura militar.Era um amor proibido, em tempos ,em que tudo era proibido.Mas o verdadeiro amor vence todas as barreiras.Por isso:”Abaixo a toda intolerância e a toca espécie de preconceito vigente”

  5. Ana Caroline comentou em 12/11/13 at 14:30

    Ótimo texto Xico!Abraços.

  6. sergio Viula comentou em 12/11/13 at 12:36

    Fantástico texto, Xico!!! Obrigado por esse brinde à sensatez e à pluralidade.

    Abraço,
    Sergio Viula

  7. jose geraldo moreira comentou em 12/11/13 at 11:06

    Se pudéssemos satisfazer todas as pressões instintuais, um retorno ao selvagem, viveríamos como no filme Highlander, que mostrava a coisa de só poder existir um: seria o mundo de um só, do mais forte, para que morresse sózinho e mudo. A civilização vem dar um basta ao primevo e inaugura o ser falante e cooperador, cobrando o preço das neuroses e psicoses. Algumas facçoes se negam à civilização. Seus rabos continuam presos nos galhos e suas mãos começam a descobrir a pinça.

  8. franco comentou em 12/11/13 at 10:32

    xico, meu guru do crato

    tal qual seu ultimo post, vemos mais uma reação radical, intransigente e ultrapassada.
    quando será que cada pessoa vai cuidar mais do seu próprio fio-o fó literalmente, e deixar os outros optarem e fazerem o que querem…seja sexual, ideológico, politico, é a patrulhaaa, velhinho…
    é falta do que fazer… me parece que o mundo regride em passos largos…
    se la vie…

    Abraços fraternais velhinho…

    • sergio felicissimo silva comentou em 12/11/13 at 20:12

      Franco, você quis dizer c’est la vie???…

  9. Rosiane Siqueira comentou em 12/11/13 at 9:41

    Ah, Xico, você, como sempre, impecável. Não acredito que Felipeh Campos tem se utilizado das melhores estratégias para peitar esse assunto, muito pelo contrário, acho que ele está fazendo de maneira bem equivocada. Mas ainda assim, está mais do que na hora né? Que o futebol seja livre! Que o meu Corinthians possa ser, mais uma vez, precursor de algum bem social, do futebol para além de suas linhas. Como vc bem disse, Sócrates ficaria feliz.. E que saudade dele!

  10. sergio barros comentou em 12/11/13 at 8:21

    Quando se parar de rotular as pessoas ,por suas opções sexuais,religiosas ou politicas….
    Quando se chegar a conclusõa que cor de pele não representa superiodade de coisa nenhuma..
    Quando os ser humano,valer mais pelo seu caráter ,do que de suas posses…
    …aí com certeza teremos um mundo melhor.

    • sergio barros comentou em 12/11/13 at 8:43

      Errei em conclusão,superioridade,o ser humano…

  11. Daniel comentou em 12/11/13 at 7:09

    Carcarás enrustidos

  12. Livia comentou em 12/11/13 at 2:11

    Texto impecável!

  13. Sergio comentou em 12/11/13 at 1:15

    Arreganhe esse armário logo, quem sabe o nível do futebol atual melhore, pois estou cansado de ver tanto jogador ” princesa”que valoriza tanto espelho e o salário, que se esquecem de honrar ou mesmo representar a camisa que os emprega. E quanto aos homofóbicos torcedores, macho que é macho, é amigo de gays pois estes não lhes representa perigo, pois diminuem a concorrência. Ou será que essa não é a questão, hein ?????????

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