As muito certinhas que me desculpem...
19/10/13 16:52As muito certinhas que me desculpem, mas uma hipótese de barriguinha é fundamental.O umbiguinho é mais embaixo e lá eu explico.
O que importa é que chegamos ao grande dia do centenário do poetinha, este carinhoso diminutivo capaz de abarcar todas as hipérboles do mundo das mulheres.
Como é lindo uma fêmea hiperbólica criada na mamadeira do exagero ou no mimado danoninho do quero mais.
O poetinha, diz o jornal, sempre rejeitado pelos acadêmicos. Azar dos acadêmicos. O poetinha recitado em qualquer esquina de Ipanema, Copacabana, Conceição do Mato Dentro ou no cabaré de Glorinha, lá no Crato.
E nesta data querida, uma crônica sobre o verso mais genial do único Vinicius do planeta que não tem acento no “i” -tenho a mania de grafar com. Perdão leitores que andaram desfilando seus queixumes e zelos com o sagrado batismo.
Ao mais genial dos versos deste bravíssimo libriano:
“Que haja uma hipótese de barriguinha.”
Um verso que ninguém dá muito por ele, um verso que fica escondido, como quem murcha o abdome para foto.
Fui alertado para tanta e humaníssima beleza por Camilla Demario, uma amiga de São Paulo, jornalista filha de cirurgião plástico, se a memória não me lasca.
Que haja uma hipótese de barriguinha. Nesse verso acertou em cheio. Depois de nove casamentos, o cara era um safo.
É preciso que haja, pelo menos, uma hipótese de barriguinha. Palmas, poeta.
Aquela secura de tudo, além de fora da realidade anatômica, não é apreciável. Chega de barriga negativa. Negativo aqui em casa tão-somente o saldo bancário.
Chega de tábua. Isso é coisa boa apenas na passarela, como mulher-cabide para os estilistas.
Que haja aquela dobrinha quando a mulher se senta. Uma dobrinha não. Várias. A realíssima dobrinha da fêmea. Espetáculo.
E que não fique apenas na hipótese. Que haja uma barriguinha mesmo. Um ensaio de. Pelo menos.
Pelas mulheres reais. Sem lipo, mas com muito desejo e outras aspirações.
Todo o segredo está na capacidade de safadezas. Nunca no tamanho ou no peso. E a safadeza está sobretudo no olho.
Sem imperfeição não há tesão, que me perdoem as muito certinhas da praça.
E fica o mantra, pela milésima vez, à guisa de educação sentimental aos moços, pobres moços: homem que é homem não sabe, nem procura saber, a diferença entre estria e celulite.
Adorei!!!!!!! Esse sim é um homem de verdade. Que bom que ainda existe!!!!!
Ah Xico,
Não bastasse tua inteligência ainda vem com esses mimos??? Entender o que diz o olhar de quem tem a barriguinha??? Nossa, se eu não tivesse te visto no Cartão Verde tantos domingos, diria que vc é um avatar. Bj, me liga ( mesmo) hahahahahahaha