Caro Vinícius, é tempo de homens confusos
15/10/13 01:54A ideia é homenagear, com velhas e novas crônicas, o poeta Vinícius de Moraes, até o dia 19, o DIA em que o librianísssimo camarada completaria 100 anos.
Viejo Vinícius, desculpa ai por aproveitar a tua canção com o Baden Powell,para tirar essa buena onda provocativa.
Vede se estou tão errado assim, a gente se fala em breve:
É tempo de homens frouxos e perdidos, baby. Homens que não pegam no tranco. Homens que estão sempre confusos. Melhor: “cafusos”, como na blagle do gênio Didi Mocó -”eu tô cafuso, eu tô cafuso”.
E não me venham mais, caros colegas de perdição, com essa história de que estamos zuretas por causa do avanço da fêmea e outros chabadabadás etc etc. Isso é coisa para simpósio, café filosófico, Casa do Saber etc.
Caí nesse conto do varejo sociológico, mas agora me rebelo. Estamos perdidos por preguiça sentimental mesmo. Pura acomodação. Não tiramos a bunda do sofá. Seja para ver um Madureira x Brasiliense ou para ver o jogo do Flamengo ou do Corinthians.
Fingimos que estamos reagindo aos sinais dos tempos. Necas. Não confundam metrossexualismo com sensibilidade. Usar um creminho e depilar o peito, nos casos mais extremados, não é ser um hétero com alguma delicadeza. Muito pelo contrário.
Estamos onde sempre estivemos: acomodados à repetição da rotina. Homem ama quando o garçom pergunta: “o de sempre, doutor?”É deveras confortável. Daí levamos o conforto do botequim para todos os lugares.
Daí esquecemos o pedido mais óbvio e silencioso das mulheres: “Me surpreenda, miserável!”
E, amigo, se ela tiver que verbalizar esse pedido implícito nos seus olhos e gestos, adeus, estamos lascados. É que já estamos no atoleiro moral do namoro ou casamento.
Nossa boa forma de usufruir o melhor dos mundos é fácil. É só aplicar o lema dos escoteiros: “Sempre alerta”.
Sempre ligado para ler os sinais no rosto delas. Ler principalmente os olhos, as entrelinhas, os silêncios ao dobrar a esquina etc. Não deixar que ela se entregue a divagações com os farelos dos pães do café para nós dois.
Se você dá chance à metafísica dos farelos, já era. Logo mais a danada vai alegar um tal de retorno de Saturno, vai ficar toda mística, e adeus. Todo cuidado é pouco com todas as fêmeas, mas, por favor, atenção redobrada às mulheres que chegam ali por volta dos 28., 29
Idade fatalíssima. Mais esforço, hombres. Também estou tentando.
O que nos mata é esse eterno “Canto de Ossanha”, como no samba de Vinícius de Moraes e Baden Powell, repito ad eternun: “O homem que diz vou/ Não vai!”
Escute a música aqui e repare se não faz sentido.
Nunca estivemos tão vacilões. Canalhas primários. Só prometemos. Dizemos que vamos e… “puerra ninguna”, como diz meu papagaio paraguayo no seu portunhol selvagem.
Matamos até aquela clássica exclamação rosada das bochechas femininas: “Você só quer me comer!!!”
“Quem dera”, elas riem da nossa cara. Nem isso. Muitas vezes nem isso, como me contam aqui, na apuração da tese de boteco, as minhas lindas Gi,Dri,Mi,Bi,Fá,Só, Lá,Si…Dó! SP ama encurtar os batismos, eu acho ótimo e afetivo.
Passo a régua com um haikai que fiz um madruga dessas, no mercado do Peixe, Salvador, Rio Vermelho: Você vem, mexe, assanha /depois fica no vai não vai/ parece “Canto de Ossanha”.
Procure no google: LIVRO CIBERCELULAS. Você se surpreenderá!
Quando Julio Verne escreveu seus livros quem poderia imaginar que anos mais tarde a fantasia se tornaria realidade? Eduardo Thess está a frente de nosso tempo! Nos traz informações que por agora poucos assimilarão mas que num futuro bem mais próximo do que pensamos será lembrado (o autor e sua obra) como pioneiro no assunto.
Abraço!
Matador, Xico. Tome lá 15 tostões de alvíssaras dos que se arrastam aqui no sertão do Padre Rolim.
Minha regra de vida é curtição+piração.Quando aparecer alguma coisa ou alguém que valha a pena,curta com toda intensidade e pire ,pra valer quebrando todas as normas e desrespeitando todos limites.Amigo(a),viver nada mais é do que fazer uma roleta russa com 6 balas no tambor.
Entre os mais óbvios, surge Vínicius, de uma esfera intelectual única e complexa. Ótimo texto!
Acertou em cheio , até que tu reconheces..
Então chega de frouxos …
que venham os homens..rs