Dor de amor: tempo, pileque e música triste
20/08/13 22:49
Essa turma da psicologia gringa torra os tubos e décadas de vida para comprovar o que a gente aprende logo no primeiro pé-na-bunda ao som de um Waldick, de um Roberto, de um Odair, de um Antônio Marcos, de um Chico, de um Tim Maia… Me dê motivo!…
Pode ser também de um Elvis –Costello ou Presley-, de uma Elis, de uma Ella, de uma Billie de uma Nina, de um Tom Waits, Lou Reed, Rolling Stones (“Angie”) ou de um Elton John –um dia conto aqui, me cobre, a história de um cara sensível que morreu ouvindo “Nikita” por uns três dias seguidos em um bar de Fortaleza.
Pode ser…
Essa turma dos estudiosos gringos descobriu só agora, como saiu hoje na Folha, que uma dor amorosa, como a da rejeição, ativa no cérebro as mesmas regiões acionadas quando temos uma baita dor física.
Leia matéria completa aqui, mas antes venha comigo, encosta tua cabecinha no meu ombro e chora, como diria o Altemar Dutra, outro clássico da seresta e da fossa.
Diante de tal revelação da ciência, o amigo Zeca Lembaum, saltou logo cedo, com pedras na mão para o uísque:
“Óbvio! Quem já sentiu dor de corno ou de cotovelo sabe bem o que é isso”, reverberou da Pompeia,SP, para o mundo.
Diria este calejado cronista que é mais doloroso do que qualquer dor física, mesmo pedra nos rins. É dor que cega.
Ao mesmo tempo, caríssimos pesquisadores, bem sabemos que só um chifre humaniza um macho que teima contra o sentimento do mundo.
Não há analgésico, não há composto de ervas mágicas, não há milagre químico, não há remédio na farmácia para tamanho pontada aguda no peito do sujeito ou da sujeita.
Nem mesmo o Emplastro Brás Cubas, recomendado para subtrair a melancolia da humanidade, resolve tal drama.
Existe apenas um bom atenuante nos bares e cabarés: quando a vida dói, drinque caubói.
A lupicínica vingança –somente a lupicínica- também acalma o monstro, a monstra dor-de-cotovelo.
Sempre com uma boa trilha ao estilo “meu mundo caiu”, evidentemente. Tempos atrás, publique neste blog uma lista das melhores canções para pé-na-bunda. Uma nacional, confira aqui. Outra estrangeira, disponível acá.
Coisa de quem tem milhagem na parada, coisas da vida.
Pena que muita gente fica cabreiro, na defensiva, e evita, a todo custo, um novo romance.
Vira tudo homem-Nostradamus e mulher-Nostradâmica. Criaturas que diante de qualquer possibilidade amorosa despertam para teorias do fim do mundo.
Como se houvesse a sorte de um amor tranquilo. Se for amor sempre rola um desassossego. Alguns beiram a loucura no deserto, como no filme do caubói que ilustra este post -repare na cena, recomendo, em que ele laça a jukebox que toca uma música triste. Um gênio chamado Sam Shepard.
E você, amigo(a), que trilha de fossa recomenda para curar uma dor amorosa?
Música de fossa mesmo, é aquela que te lembra a pessoa amada.
sarah mclachlan – angel….. sou muito romântica…. hahahah…
Pra se afundar numa fossa bem acompanhada:
– Eu te amo e Dois Corações da Nana Caymmi;
-Veja bem meu bem, Los Hermanos/Ney;
-Misty Blue – Ella Fitzgerald;
-O que será? (a flor da pele) – Chico e Milton;
-This masquerade – George Benson; (esconder objetos cortantes)…rsrs
-I’m in you – Peter Frampton (fu-di-da!);
-How Come, how long com steve wonder e baby face;
-Hurt – timi yuro
-It’s all, over now baby blue – van morrinson (lembrando das carícias trocadas)
-Today – jefferson airplane (idem)
– as romanticonas (eu amo vc, paixão antiga, me de motivo, voce, etc), do Tim Maia são completamente proibidas para fragilizados e mórbidos, é morte lenta e dolorosa; kkk
-valentia de homem – benito de paula;
-adriana calcanhoto quase todas;
-voce nao me ensinou a te esquecer com o caetano é morte súbita;
-Demais da Maysa…para mulheres desesperadas..rss
Tem tantas outras..é que to numa fase boa com as coisas do amor..tipo…nada me afeta na fase forever alone. rs
Queria te conhecer Xico…dou risada e reflito, muitas vzs, com o que sai de ti.. bjo.
“I never cry”, por que os brutos também amam sofrem…rsrsrs Esse de tanto sofrer e chorar nega ambos, tanto que dá até na vista querendo e fazendo juras para ter um novo amor, quem nunca usou desse expediente, ter uma dor imensa por causa de um desamor…Abraço, Xico.
Eduardo Green.
Nessas horas, nada melhor que Pablo e uma garrafa de cachaça.
Pablo do arrocha, gente, ali sim é sofrência!
Pra cortar os pulsos ou se enforcar num pé de coentro, Vanguart.
viva Vanguart.Cachaça! bjo
Pensei tb em Cry me a River… is perfect! Mas para aumentar a playlist…
Prosseguindo com o ‘Barraco’ pós separação:
– Judiaria, Lupicínio na Releitura do Arnaldo Antunes
– Calúnia, Dalva de Oliveira
– Pra que mentir, Noel Rosa
E para dar uma lufada de esperança aos corações partidos… ‘viciados’ e resignados
– Molambo, voz de Bethânia
– Palavra de mulher, Chico B.
– Pela décima vez, Noel Rosa
pra se acabar essa lista, Marilia.sensacional.vou adotar.bjo
Armaria dor de corno e pé na bunda são situações, situações mesmo? rsrs Xapralá. Enfim, onde buscamos cada canção que somente os cornos e cornas assumidos são capazes de ouvir, cantar e furar um vinil, ou mesmo arranhar um cd todinho, sem falar que achamos que dessa não passaremos…Até a próxima. Xico, ocê é fofo.
http://youtu.be/SFsHSHE-iJQ essa é pra cortar os pulsos junto com o Jacques Brel. 🙁
nuestra madre! pra lascar! valeu. bjo
Aaaaaaiiiiiiiiii ouço e berro: “Bom dia tristeza” na voz da Maysa e “O que tinha de ser” na voz da Bethânia. Tem outras tb, mas estas duas são as primeiras da lista… Beijo Xico. Amo tu!
“Songs Of Love And Hate” do Leonard Cohen / “Time Out Of Mind” do Bob Dylan.
Me salvaram depois de um pé-na-bunda homérico!
O disco inteiro do Leaving Las Vegas( aquele do Nicolas cage) e de cortar os pulsos de linda….
As que doem mais são as que lembram o ser amado, todavia, tem dias que a ilusão erótica tá tão grande que vc lembra da criatura até por negação: “essa música, veja que droga, não tem nada a ver com fulano”. É uma dor miserável.
Mas fica de dica pra negada que quer chegar ao fundo do poço: gota d’água e pedaço de mim, ambas do chico.
Tem também aquela Noturno do Fagner, que é pra terminar de enterrar… “Aah coração alado desfolharei meus olhos nesse estranho vel… Nessa estrada só quem pode me seguir SOU EU”. E lamenta a desgraça.
Pra curar, não sei, mas pra chegar mais depressa ao fundo do poço tem: ♬Pra te enganar, escondo num sorriso a dor que sinto ao te ver passar na rua com seu novo amor♬ (Ana Carolina)
E trilha pra dor de não amor,tem? Doer, doer, não dói, mas às vezes aperreia…
Tem uma da Katia B que é “só deixo meu coração na mão de quem pode”. Vira e mexe ela tá na playlist da fossa… Mas o último pé na bunda foi ao som de Fools Rush In, de Elvis Presley…
NE ME QUITTE PAS!!!!!!!! VERSÃO TRUE (JACQUES BREL) OU COM MAYSA!!!
Adoro Sound of the Silence, Simon & Garfunkel. Pra qq tristeza, não só pra dor de amor, coisa de q não padeço faz tempo, amem. Angie q vc cita no texto tb e mto massa. Mas acho q pra coração ferido a melhor música e ouvir o próprio choro, logo a após o fim, mas chorar muuuuuuito, tipo 24h se deixar entregue. E depois sair do luto como se nada tivesse acontecido.
que tal? bonnie – it’s a heartache
Se meu mundo cair do Zé Miguel Wisnik!
“Não se afobe não, que nada é pra já… “
Nunca é 😉
Xico, Elvis Costello e Chet Baker cantando You don’t know what love is / i’m fool to want you http://youtu.be/Q-ixB-NxP74
O primeiro companheiro de fossas que veio à minha mente: Damien Rice. Principalmete com as músicas ‘Cheers Darling’ e ‘ Accidental Babies’. Ah, para os amis fortes, nunca esquecer de botar na playlist a música tema do casal!
Ah, sem esquecer: Xico, você é demais!
Toca Raul !
hahaha.Raul tocou quase tudo no posto “tô cafuso”, ai abaixo deste.abs
A Song For You – Donny Hathaway….Aquele piano no começo é de destroçar um coração partido…..A gente vai ao poço e volta…hehe
Adoro esta música de Leon Russel,tambem com os Carpenters e principalmente com Ray Charles.
Silvano Salles rsrs
Acabar com essa história de ouvir música triste… Só pulando ao som de um ska pra produzir a endorfina que o corpo precisa!
ai eh outra parada.sempre danço. to falando praqueles q estão com os corações machucados. q nao é o meu caso.bjo
Tive um namorado que dizia que dor de cotovelo só com whisky, desde então adoto, e a trilha sonora… Sempre rock and roll
A música mais triste, apesar de bela, é ” Na primeira manhã”, de Alceu Valença. Não tem quem aguente ouvir na manhã seguinte…dói que sangra lágrimas…
Xico, naquela lista, mesmo entre os artistas que você citou ao sentir falta, esqueceu-se de Cartola. Peito Vazio, O Mundo é um Moinho, Acontece…
Além do momento certo, um nome na lista citada é sempre meu consolo (ou não..) máximo:
Cry me a river – Ella Fitzgerald
essa é genial.grande dica.bjo
Não é de pé na bunda, mas a que dói de doer é: pra tirar você do sangue do grande Paulo Vanzolini.