Flip: Maria Teclado é a Maria Chuteira dos escritores
04/07/13 22:26Há quem diga que escritor não é uma raça muito chegada em sexo.
Sempre prefere a busca pelo parágrafo perfeito, a metáfora dos sonhos ou um simples bolinho francês que o fará lembrar que ele gosta mesmo é do colo da mamãe -oui, si, sim, ele mesmo, o sacana enrolador chamado Marcel Proust, que levaria boas bifas e palmatórias corretivas do velho Graciliano Ramos, o maior do Brasil, evidentemente filho do Nordeste, das Alagoas, claro.
Há quem diga que escritor não é uma raça muito chegada em sexo. Há controvérsia.
De uma geração para outra até que aparecem um Henry Miller, um velho safado como o Buk etc .
Lenda.
Escritor é como um ser qualquer, apenas um pouquinho mais aviadado, como diria um habitante da Bifaland, a cidade maldita criada pelo Allan Sieber. É bem mais fácil o perôbo do Feliciano curar um gay do que sarar um escriba.
Somente uma autêntica, assumida, linda e perversa Maria Teclado, espécie de Maria Chuteira com pedigree e PhD em letras, dá um jeito no homem que escreve livros.
A Maria Teclado ama tirar a literatura do sério. Chega de solenidade e mãozinha abaitolada no queixo -pose predileta dos autores, como vemos aqui na Flip.
Só a Maria Teclado profissa salva uma festa literária. Seja em Bifaland ou Paraty.
A Maria Chuteira, coitada, é uma sentimental, uma musa de Carlitos diante de uma Maria Teclado.
Num país que pouco se lê, tem coisa mais bonita? Lobateana, a Maria Teclado sabe que um país se faz com homens e livros. Mesmo que esses homens não sejam lá grandes coisas.
Ela dá um jeito na narrativa mais broxa ou brocha. Para a Maria Chuteira tudo vira romance de capa-espada, uma quixotesca por excelência. Tudo vira um projeto Lázaro: levanta-te!, seja homem.
Sem essa de musa. A Maria Teclado é emancipada no último.
A Maria Teclado que é Maria Teclado não crê em inspiração. Ela é toda trabalhada na transpiração e no sexo antes e depois do capítulo perfeito.
Para um escritor ainda não muito flipável ou conhecido, a maldição literária é a melhor isca para levar uma Maria Teclado à alcova. Vale por uma estante de prêmios jabutis. Pense numa criatura democrática.
Os marginais sabem, como no mantra do Eduardo Cac, um dos marginais da geração 70, que “para curar um amor platônico somente uma trepada homérica.”
Não carece, porém, repito, preocupação alguma com vosso gênero ou estilo. Pasme, até os cronistas, velhos praticantes do caldo-de-cana com pastel de feira da literatura, têm direito a amantes talhadas para o tecladismo.
A Maria Teclado possui um caráter inoxidável. É raro uma MT amar um mago da autoajuda. Mesmo um mago milionário.
A MT prefere um jovem ficcionista sub-40. Em literatura é tudo muito tardio, amigo, diferente do mundo das neymarzetes.
Ter uma MT é um luxo sob qualquer ângulo. Para começar, ela é antes de tudo uma leitora. Voraz, estuda o seu alvo, nunca larga um livro antes da vigésima página -se bem que existem MTs que sabem dar o truque tanto quanto os resenhistas de plantão dos nossos jornalões.
No geral, ressalte-se, a Maria Teclado é uma mulher séria, honesta, lida mesmo, capaz de dizer no ouvido do mancebo parágrafos inteiros dos livros obscuros dele. Inclusive daquela primeira publicação que o autor renega e abomina. Nestas ocasiões é broxada na certa, deixa quieto, não era esta a intenção da moça.
Um país é feito por homens e livros? Um cacete, discordo, caro Monteiro Lobato. Um país é feito por escritores bêbados e formosas Marias Teclados. Só elas nos salvam do tédio das festas literárias.
Homi seu Menino, que estejam ao meu lado e se acheguem aqueles que me querem bem por uma coisa ou por outra,meninos ou meninas,os que não, que passem longe ou vão ter com o Tinhoso !!!kkkkk Meu caminho pela literatura começou pela leitura simples das cartilhas infantis, depois gibis, daí veio Vinicius,o preferido até hoje, depois Bocage, autores diversos,tudo de Nelson Motta,daí viciei em Xico Sá, independente de ser um haikai,uma Crõnica, um livro ou uma enciclopédia! Abraço. Eduardo Green.
E por que vai flipense?
por causa da flip.beijo
em relação ao seu post “O patriotismo como refúgio dos canalhas”
Caro Xico Sá,
Eu costumo fazer arte escrita, falada e cantada, o meu microfone é reservado porque a prática dos dias de hoje é a de dar voz aos que falam o que a mídia quer ouvir. Muito dos nossos grandes artistas se perderam pelo caminho talvez por baixar demais as suas cabeças. Eu costumo dizer que jogar pedra ao ermo faz renascer o tempo da lasca… Desde as entradas e bandeiras somos os filhos à deriva do que podemos chamar de imposição. Feita na marra pelos coronéis grandes latifundiários, políticos safados e também pela comunicação de quadrilha, essa sim, é a que menos é atingida em nome da tal censura que a mesma promove. Na ultima eleição o jornal a Folha descaradamente deu nome ao seu candidato “Serra”… Devo confessar que sei “que país é esse” BRASIL! Mas, já em relação a governos passados a coisa é meio escura. Quanto ao atual se pode afirmar sem medo de errar que nunca na nossa história houve tanta distribuição aos menos favorecidos. Virando a mira para o lado dos coronéis o senhor que é nordestino sabe como eu o quanto a nossa imprensada imprensa os fortaleceu em nome de terras alheias. Transferir a culpa das mazelas dos nossos eleitos aos seus pobres eleitores chega às raias da covardia. Até porque diante dos grotescos erros dos importantes institutos de pesquisas, hoje em dia nem os jumentos confiam nas apurações. Não gosto de citar nomes e não cabe n’arte tal serventia, que deve ficar por conta de jornalistas sérios no exercício de suas funções é de vital importância que o cabresto seja fantasia extinta nesse carnaval de redes comunicativas associadas vilmente a parlamentares.
Abraço,
Luis Lima
http://poetaluislima.blogspot.com.br/2012/11/desacreditador.html
querido xico…. a leitura faz parte da minha vida…mas se ainda nao for uma MT …sonho em ser ….sua de preferencia …beijo.
“É raro uma MT amar um mago da autoajuda.” Perfeito.
Será que algum dia eu terei um M.T.?
S bem que eu só tenho 27 anos, então, resta a esperança!
Lindo texto, parabéns. Neste texto é visível toda a bagagem intelectual do autor, visto que têm varias citações de outros autores, tão bom quanto.
Bacana xico… eu já tenho tesão em cara que toca gaita de boca.
Caro Xico, vale a pena assistir o seriado americano Californication, o Hank Moody (inspirado no velho safado) é um nova iorquino que acaba em LA e lá o escritor passa o trator nas marias teclados. Beberrão de primeira e safado como o Buk. Seriado animal.
eu vi, rapaz, de arrombar d bom. abrazo
xico, meu guru do crato
então esperamos que o nobre colega não nos desaponte e convide uma moçoila para um tour pelos alambiques da região, vale um dedinho de, maria izabel, paratiana, para celebrar…o inicio dos trabalhos…
abraços fraternais velhinho!!!
Falou tudo… há malas sem alça em profusão circulando por essa Flip.
O consolo é a Maria Teclado, que por vezes até mesmo sobra “pingando na área” do leitor mais atento! haha
Sempre haverá um Ernest Hemingway,para salvar a classe.
Ai Xico ~~~~~~~~~~~~~~ agora quero uma da Maria Twitter rs. Beijosssssss mil. Sou sua fã rs.
Camille
Para ser bem diferente dos comentários aqui postados aqui estou. Acho que seu texto tem excesso de citações de nomes famosos e muito pouco conteúdo.
Este último comentário creio ser muito justo para quem chama Marcel Proust e Graciliano Ramos de sacana e enganador.
Usando uma de suas frases e utilizando o seu estilo (com licença para lhe dar um pouco do seu veneno barato), “num país que pouco se lê”, um pseudo intelectualóide como você valendo-se quase sempre de um discurso sexista parece que consegue arregimentar uma pequena legião de fãs.
Claro que são fãs do sexo feminino para que suas palavras toquem. Seriam apenas MT’s que são capazes de gostar de quase tudo que lhes massageiem o ego com as devidas palavras-chave que parece que você sabe muito bem?!
Muito comovedor seu grand finale “Um país é feito por homens e livros? Um cacete, discordo, caro Monteiro Lobato. Um país é feito por escritores bêbados e formosas Marias Teclados.” Imagino que para escrever o que você escreve, têm que estar realmente bêbado e não pouco! Ou seria o editor da Folha que anda bêbado quando chega a ler seus texto ou ele é seu amigo de buteco que parece estar cochilando quando faz revisão do seu texto?
É lamentável que textos desta qualidade que parecem mais romance de folhetim barato para meninas adolescentes ainda permanecem em um jornal da envergadura da Folha. Grande desperdício de espaço! Nada pessoal, de forma alguma, apenas por amor de boa literatura. Não disse decente porque Nelson Rodrigues fazia o que pretende imitar com grande estilo.
meu amigo, pior é q tens razao em tudo q falaste. mas isso não significa q estejas certo em nada. grande abraço
Senhor Marcelo, certíssimo!!!
… outrora, há alguns anos, o grande Xico já falou algo do gênero.
Enfim, do time das que gostam de “quase tudo que lhes massageiem o ego” digo ao Xico:
Xico, tu és o tal.
Literatura, álcool e sexo.
No imaginário, melhor ainda.
Amo-te.
Cabra bom de teclado de peste!!!!
Xico, nada melhor que isso…
Só você mesmo para inventar essa Maria Teclado
Elementar meu caro Xico
Um pais se faz com escritores como você
E Marias Teclado
A Maria Teclado das Maria Teclados é a Josete de Contos d’Escárnio de Hilda Hilst (1991). Na época, Maria Teclado de Máquina de Escrever. A mulher fez “tatoo marks around the anus, and a circle of lady golfers about him” em homenagem a Erza Pound. Já leu Xico Sá?
Eduardo Kac é grafado com ká
é mesmo, desculpa,abs
Avemaria, e o que dizer da MT apaixonada que ganhou a noite ao te dar um cheiro no cangote? Adoro teu cheiro e tuas letras, Xico delícia!
O bom e sabido Xico!
Pelo menos a Maria Teclado não é nem burra, tampouco alienada! E está sempre pronta pra ser sabatinada!
O bom e velho Xico! Lembrando que seguidoras de escritor têm que ralar – ler e entender, para, quiçá, ser “sabatinada” a qualquero momento! Pelo menos não são burras e/ou alienadas!
Oxe! Para de falar do nosso relacionamento, nego e muito xero no cangote pra você.
Você é o melhor.
Sou MT.
Quero sempre o melhor.
tiamu anna
Aguardando o dia em que os Jorges e Marias Teclado existirão em mesma quantidade
Pena que não te salvarei dessa vez… mas aqui por esse bairro antigo do Rio, quem sabe…
tomara Deus