Amor para viagem
20/01/13 21:49Toda mulher sonha com uma bela viagem com o homem dela. Seu homem.
Segura aí o drama: eis que o homem dela, seu homem, depois de alguns meses de separação, faz aquela viagem dos sonhos com outra, a atual mulher, namorada ou cacho do miserável, do lazaranto, do cão das costas ocas.
Se a bela viagem do fdp é para a Europa, com o roteiro que ela imaginara, minha nossa Senhora do Perpétuo Socorro, valei-me.
A dor de vê-lo amostrado e feliz com a nova mulher é osso. Vale para qualquer destino. É que a Europa a dois é mais fetiche das antigas. Dói a cada milha sobre o Atlântico.
Pior é que quando estavam juntos, o ex não se animava para ir muito longe, embora tenha prometido, em um momento de comovida bebedeira, Paris e algo mais.
“Ele fazia no máximo as curvas da estrada de Santos”, me diz uma amiga paulistana, Ana Cristina, Ana C., como a poeta, pobre Ana Cristina. “Depois que acabamos, foi até em Praga com a miserenta, vê se posso com uma coisa dessas”.
Ana, mulher forte, tem grana para ir até para a lua sem escala. Não é disso que estamos falando.
Mulher ama viagem de amor. O amor pede mesmo umas saídas. Nem que seja Recife/Triunfo ou Fortaleza/Guaramiranga –para o festival de Jazz & Blues. Cito aí duas fugas friazinhas e românticas do Nordeste.
O amor parado mofa, cria beta, lodo, amofina.
Amor parado é dengue via mosquito de pneu velho em garagem a céu aberto.
Mesmo que você more no Rio de Janeiro, com todo aquela overdose de cartão postal, fuja para a serra, quem sabe Araras, onde comecei um dos grandes amores da minha vida.
(Lembro. Ela estava menstruada. Dou sorte em fazer amor nessas fases das moças. Tenho uma superstição particularíssima com isso. E ainda tem gente que se nega a transar naqueles dias de chico).
Tenho um único arrependimento em relação a todos as minhas mulheres: ter viajado pouco com elas. Embora tenha sim me aventurado por terra, mar e ar etc.
Amigo, não regule milhas e coragem. Seja um Gulliver do amor e da sorte. Nem espere que ela te dê um “se liga”. Preste atenção como ela fala de certos lugares. Com as exclamações boiam no branco do olho quando alguém fala dos leões marinhos de Cabo Polônio (Uruguai).
Para cada hora de amor parado, pelo menos um segundo de amor em movimento. Quando o amor acaba, e o amor acaba, como bem me avisou o chapa Paulo Mendes Campos, é das horas de exílio que mais nos lembramos.
Vamos para Bora Bora, como no filme “O fundo do coração” (One from the heart)?
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