Sexo oral não é amor, mr. Neil Young
10/01/13 22:27Este blog inicia, orgulhosamente e sob fator 30 de proteção, uma série de ficções de verão. Pequenos contos baseados em fatos reais. Pelo menos uma vez por semana, incontáveis tons-pimentões. Eis a primeira aventura:
C.amava ser vista, nos hotéis e restaurantes, como minha filha.
Idade eu tinha mesmo de sobra para tanto.
Provocadora, ela até me presenteou com uma fita cassete com 30 minutos inteiramente tomados por “Old man”, a sua canção preferida do Neil Young, e mais 30 de “Homem Velho”, do “Cidadão Instigado”.
A fita cassete era uma forma de redundar minha velhice. Pequena sacanagem para mostrar o poder do deus Cronos. Gravei muita fita cassete para namoradas.
Outra provocação inevitável: estava sempre a dizer “nesse tempo eu não era nascida”. Mal sabia o tesão que aquilo me dava.
Uma Electrazinha, transferia a um velho vagabundo qualquer o desejo pelo pai. Foi o que pensei de cara.
A perversão começou ainda em SP. Exigiu que El Viejo, na véspera de inteirar 50 verões, fosse com ela comprar os biquínis da viagem. Uma maratona. Vestia as minúsculas peças e me convocava de dentro dos provadores:
-Vem ver se esse é do seu gosto! Vem logo! –berrava na sua impaciência juvenil. Juvenil não. Digo impaciência feminina.
Situação ridícula para o tiozinho, mas ai de mim se não obedecesse as ordens.
Constrangido com as vendedoras, descortinava então os provadores e lá estava C., empinadinha:
-Tá bom? –perguntava, talvez na tentativa de, em vez da praia, me levar a uma mesa cirúrgica do Incor.
Na viagem, as mesmas provocações de quinta. Ao chegar à pousada Paraíso dos Hedonistas, em Canoa Quebrada, C. riu sacanamente da moça da recepção que indagara –quase já afirmando- se eu precisava de uma cama extra para a filha.
No café da manhã, o constrangimento era maior ainda. Pulava no meu colo e balançava as pernas, como se brincasse de cavalinho. No desfile entre as mesas, me pedia, de novo, opinião sobre o biquíni, fazendo barulho do elástico da minúscula peça contra o corpo. Amava deixar El Viejo desprotegido.
Na segunda caipirinha da tarde, a garota pagava de europeia e fazia topless.
Em uma semana, a menina má se tornara o alvo do desejo de todos os marmanjos. Uma sessão de strip generosamente oferecida aos pescadores –presente de Yemanjá aos mais humildes,ela dizia- foi a consagração.
Nesse momento de descuido, o velho jogava uma inocente pelada com os gringos: Ingleses X Brasileiros –clássico batizado bebadamente de Monty Phyton X Trapalhões, homenagem aos humoristas que representávamos na areia ao tentar jogar bola.
Nos forrós, lambadas e carimbós da noite, o esporte de C. também era chacoalhar a testosterona de todos os homens, para a ira de nativas e estrangeiras.
Quando eu perdia a paciência com aquele lolitismo irrefreável, lá vinha a pequena desalmada com o seu jogo baixo. Oferecia, a titulo de compensação, um pedaço do nirvana. No que eu deixava escapar, amadoristicamente, uma palavra proibida.
– O nome disso é boquete, ainda não é amor –dizia a pequena. –Amor é como a placa do fiado ali da venda, só amanhã!
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Como sempre, fantastic!!! Sem mais palavras!!! kkkkk
Só hoje pude ler e (que pena), vc estava respondendo os comentários… Estas espetadas doem, mas vindas de você saram rápido. Sou uma velha (não me sinto, mas acho que sou). Tenho ouvido dos velhos coisas do tipo “prefiro comer filé aos olhos dos outros que bagaço entre 4 paredes”. E o amor acho que não fica p/ amanhã, fica p/ próxima “encadernação”? Porque aquele da música do Roberto “esse cara não existe”. Quem sabe este seja o outro lado do seu tema…
Lembrei-me do seguinte trecho do poema de Wlliam Wordsworth:
” Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass
og glory in the flower’