Aos desiludidos do amor, com carinho
20/12/12 23:57E o mundo não se acabou. A não ser debaixo de alguns tetos. Então seguimos com a nossa retrospectiva caliente de 2012.
Hoje me dirijo exclusivamente aos que andam meio ressabiados, cínicos ou descrentes.
Triste de quem fica desiludido(a) e evita outro amor de novo, cai no conto, blasfema, diz “tô fora”, já era, tira onda, ri de quem ama, pragueja e nunca mais se encontra dentro das próprias vestes.
Como se o amor fosse uma bodega de lucros, um comércio, como se dele fosse possível sair vivo, como nunca tivesse ouvido aquela parada de Camões, a do fogo que arde e não se sente, a da ferida, aquela sabedoria do soneto musicado pelo menino Renato Russo.
Triste de quem nem sabe se vingar do baque, sequer cantarola, no banheiro ou no botequim, “só vingança, vingança, vingança!”, o clássico de Lupícinio Rodrigues, o inventor da dor-de-cotovelo, a esquina dos ossos úmero com os ossos ulna (antigo cúbito) e rádio, claro, lição da anatomia e da espera no balcão da existência.
Tudo bem não querer repetir, com a mesma maldita e peçonheta criatura,os mesmos erros, discussões, barracos e infernos avulsos e particularíssimos.
(Falar nisso, nunca mais ouvi o velho e bom “eles renovaram o namoro”. Coisa linda, linda, linda, o mais comum era dizer apenas “eles renovaram”. Prestou atenção na força das palavras?)
Não estamos tratando desse tema. O caso aqui é de quem se desilude ao infinitum. Triste de quem encerra o afeto de vez, como se aquela mulher e/ou aquele homem “x” fossem fumar o king size, duvidoso e sem filtro, lá fora, e representassem o último dos humanos.
Chega do clichê e do chavão de que todos os homens ou mulheres são iguais. São, mas não são, senhoras e senhores. Cada vez que uma folha se mexe no universo a vida é diferente. Todos os machos e todas as fêmeas são novidades. Podem até ser piores, uns mais do que os outros, porém dependem de vários fatores.
Não adianta chamar o garçom do amor e passar a régua para sempre por causa de apenas um(a) sujeito(a) – como se representassem a parte pelo todo da panelinha do mundo. O que não vale mesmo é eliminar o amor como proposta mínima na plataforma política de estar vivo.
Já pensou quantos amores possíveis, como diria Calvino, você estaria dispensando por essa causa errada? E quem disse que amor é para dar certo?
Amor é uma viagem. De ácido.
Amar é… dar ou levar pé-na-bunda. Depois, como se diz, a fila anda, mesmo que mais demorada que a do velho INPS ou do que a dos ingressos para a final do campeonato.
E tem mais: a única vacina para um amor perdido é um novo amor achado. Vai nessa, aconselho! Só cura mesmo com outro.
Sim, o amor acaba, se não você não entendeu ainda… Corra a ler o gênio mineiro Paulo Mendes Campos: em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Vamos esquecer a ilusão católica do até que a morte separe os pombinhos e viver lindamente o amor e o seu calendário próprio. Muitas vezes, não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da quinzena, que, de tão intenso e quente, logo derrete. Foi bonito.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença.
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いやしかし今となってはだがこの人のセンターが一番だったな…
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E viva a complexidade do amor, Xico!! Acredito no poliamor. É a capacidade de simplesmente amarmos. Complicamos muito ao querer depositar em uma só pessoa todas as fantasias, desejos e frustrações. Ora, isso pertence a cada um e não ao outro! Amor líquido não é promíscuo e sim divino. É a possibilidade de sermos simples e complexos ao mesmo tempo.
Desculpem, mas esquecei de comentar mais algo mito importante a respeito:
quem acredita nessa invenção não acredita em Deus. Tem muito nego dando uma de cientista querendo saber mais do que Deus. Um verdadeiro absurdo!
Será que esses bobos ainda não se tocaram que eles dependem 100% de Deus. E aí vem a pergunta: porque estamos aqui na Terra – a resposta é simples: porque Deus quis. Portanto, nossa vida não é nossa, mas dele.
E isso tudo não tem nada a ver com religião.
Para quem ainda não sabe: quem inventou mais essa besteira de fim de mundo e a espalhou pelo mundo todo somente para vender noticia foi aquele grupo que controla a midia mundial: um grupo de judeus sediados em NY.
Para quem ainda não sabe: convem divulgar por aí que os judeus não acreditam no judeu Jesus Cristo. Um verdadeiro absurdo.
É bom o Brasil saber desses 2 absurdos!
Obrigado, Neco, graças a você agora o Brasil todo sabe. Parabéns pelo duríssimo trabalho de conscientização. Não deixe de tomar seus remédios. Abs.
AS COISA NUNCA SAO COMO NOSSE QUEREMOS ELAS SAO COMO DEUS QUE
Xico:
Como diria a campanha do governo federal, sou brasileiro e não desisto nunca, tem que tentar mesmo, e não começar com medo de sofrer ao acabar é se esconder da vida, não é mesmo.
Por falar em “o mundo não acabou”, escrevi um texto a respeito, quando puder dá uma olhada lá.
Abs
Pedro
http://www.boraver.com/2012/12/o-fim-do-mundo-ainda-da-tempo.html
eh lindo, eh mágico, eh gostoso…mas dói p se lascar, pense!
Quem fica reclamando e diz que não vai se apaixonar ou amar novamente é quem não aprendeu a lhe dar com as frustrações e perdas, usa essa negação como um bloqueio. É tentando que se descobre…
Se apaixonar, amar é uma delícia, sempre diferente.
Beijos
Arrodear tanto pra dizer tão pouco… Sem dúvida, um texto romântico falando de amor.
Amor i love you… rs rs
Eu, prisioneira do amor e da paixão, apaixonada pelo amor, vou viver sempre amando o amor.
Xico, você é lindo, estou lendo o Big Jato: bonito, triste, alegre, apaixonante, parabéns.
Parabéns, Xico.
Admiro a maioria de seus textos.
Mas não deixa de me causar estranheza a forma como você, em um texto, ironiza e critica o “amor líquido”, e, logo no seguinte, elogia e até sugere este mesmo tipo de amor tão contemporâneo e peculiar (pra não dizer outra coisa)…
Eu, uma iludida com o amor… aceito o conselho com carinho.
Muito boa, Xico para o ano ímpar 13.
Parabéns, Xico!
Gosto da maioria de seus textos.
Mas não me deixa de ser estranho a forma como você, em um texto, ironiza e critica o “amor líquido” e, logo no seguinte, elogia, se entusiasma e até sugere o mesmo “amor líquido”…
querido xico… todos sao iguais ..e nao são…rs… entao vamos amar os iguais diferentes…. e se tem q acabar pra recomeçar…..vamos la… o q nao pode é ficar sem amar….beijo
Não temos garatias no amor, né? Então vamos nos amar primeiro, depois ao próximo.
ahhh, até pouco tempo pensei que o amor mesmooo não acabava….mas o bom é que acaba prum novo começo. Muitos amores em 2013 e sempre pra todos nós! 😉
Neste momento estou passando por um término de namoro.
Apesar de doer muito e do esforço enorme que faço pra deixar de amar aquela criatura. Nunca vou esquecer os momentos incríveis que passei com aquele macho!!!! E fazer o que? Ficar desiludida eu não fico!
Xico falando diretamente a mim… Que o coração nunca esfrie.
Gosto mais da tese do Paiva sobre o assunto: “Diz que acaba. Como acaba? Não acaba. Diz, não acaba. Repete. Falei? Não acaba. Pode virar amor não-correspondido. Pode ser amor com ódio, paixão com amor. Tem o amor e o nada. Ah, mais uma coisa. Antes que eu me esqueça. O amor não acaba. Vira. Se acabar, não era amor.”
amor metamorfose ambulante
Você e seu jeito singelo de simplificar a vida…
Doença de Amor só cura com outro, mais pura verdade !!!
Gostei.Sou fã de seus textos. Muito bacana o ponto de vista sobre o amor, talvez seja esse o ponto x ou y do amor.
Muito bom…Que ponto de vista maravilhoso sobre o amor,talvez seja essa o ponto x do amor…bjs!!
Sou fãzona sua
“Cada vez que uma folha se mexe no universo a vida é diferente. ”
Uma lição de Vida.
Toda a crónica.
DJ
Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis.
Xico, boa noite. Você está sempre presente no meu FB porque vc. escreve o que eu sinto e o que eu gostaria de dizer. Lindo esse texto. Compartilhando…bjo
pode aparecer um pior. pode aparecer um melhor. igual? nunca! então que o coração nunca esfrie. e que venham novos e saborosos amores.