Homem é vírgula; mulher é ponto final
19/12/12 00:35Hora de retrospectiva da gramática amorosa no apagar das luzes deste 2012.
Repitam comigo, esses moços, pobres moços: sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e virgula; jamais um ponto final.
Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: “Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar…”
Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro do amor. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente ou no samba de Roberto Silva: SANGUE, SANGUE, SANGUE!!!
Sem reticências…
Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido a prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita.
O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!
O macho pode até sair para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no cigarro sem filtro da covardia e do desamor.
Mulher se acaba, mas diz na lata, sem mané-metáfora.
Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro.
O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada.
Nem aqui nem Suécia.
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o “the end” sem pelo menos uma discussão calorosa.
Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava.
O mais frio, o mais “cool” dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por ai assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo.
O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.
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As mulheres, discípulas dissimuladas, superaram os “machos mestres” na arte de finalizar com a vírgula.
The Smiths? Bah, após uma vírgula silenciosa e definitva, esquece-se de tudo na pista de dança.
Hang the DJ, aquele que oferece a trilha sonora do olvido indiferente.
盛り上がってるのはメディア側だけ。
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é querido Xico é por isso que eu sempre apronto o maior barraco em cada término de realcionamento, se não pra mim de nada valeu a pena! bjs
vixe maria! é verdade mesmo viu xico. Adorei!!!!!!!!
A mais pura realidade…parabéns pelo texto.
Amei, Xico!!!!! Homens não sabem diferenciar amor de mãe e mulher, sempre estão querendo uma mãe, quem sabe um dia eles consigam ver essa diferença, valeu pelas sabias palavras.
NÃO Aguento mais esses transsexuais enrustidos destilando seu ódio contra todos os homens… se não gosta de ser homem saiba que o SUS faz a cirurgia de graça… EU NÃO SOU COVARDE NEM SOU FRACO COMO ESSE OTÁRIO ESCREVEU
oi?
To contigo Brother..
Xico, simplesmente verdadeiro!!! Mas tenho uma bem boa:”Os grandes amores são impossíveis!!!”. Sempre há uma separação quando é grande demais. Aqueles amores loucos, tipo eu te amo e te amarei infinitamente. Os amores normais duram, os grandes são aqueles que esquecemos de tudo e de todos e passamos, sem avisar a ninguém, uma semana de abraços, beijos, agarrados, dormir durante o dia agarrados……… Hummmmmmmmm
Abraços!!!
O amor acaba sim e, pelo menos comigo, acaba de vez, pois já acabei um casamento que durou 3 anos e fiquei mais de 11 anos sozinho até me casar novamente e já estou querendo acabar este casamento e com certeza não me casarei mais, não direi nunca mais, porém pretendo ficar mais uns 11 anos só curtindo. Tenho 40 anos e sempre que meus relacionamentos acabam fico tranquilo, pois tem várias coisas que gosto de fazer que não dependem de companhia.
Simplesmente sensacional…. Sábias palavras expressam a mais pura realidade. Não teria melhor forma de descrever o fim senão por suas palavras Xico… E vamos lá, amém ao “ponto final”, para quem viveu, vive e viverá.
Somos uns grandes covardes. Além do mais, Freud estava certo: nunca superamos a perda das nossas mães. Por isso, corremos para a barra da saia da primeira que aparece depois de levarmos um certeiro e merecido chute nos fundilhos. É necessário viver o luto, Xico, mas poucos homens têm a capacidade de fazê-lo. Um grande abraço.
Sensacional…me vi neste texto…2012 foi o ano de decidir o roteiro da minha vida com a pontuação ideal, sem ponto e vírgula, sem reticencias… só mesmo o bom e sábio ponto final. Xico, eu adoro ler seus textos!
Incrivelmentre verdade, foi fundo e conseguiu captar toda a emoção fincada na mulher e a covardia descabiada dos “machos”
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Xico você é phoda de bom!!!
Até concordo que quando há amor, há intensidade.
Porém, esse diabo-a-quatro certamente incita a violência doméstica rs.
Como diz a música: “mas o ódio cega e você não percebe… mas o ódio cegaaaa”
Sabias palavras caro Xico … afinal, como já dizia Pessoa:
“…
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
…”
Que maravilha. Amor quando é amor não tem nhê nhê nhê nem no final.
simplesmente verdadeiro, parabens
Xico, muito bom!!! Havia muito tempo em que não lia algo tão verdadeiro sobre o amor!
Obrigada!
Melhor descrição não há! Adorei!