Campanha pela volta do cafuné
26/11/12 15:21Porque dos dengos femininos, ou historicamente femininos, o que mais nos faz falta, é o cafuné.
Nos dias avexados de hoje, não há mais tempo nem devoção para os delicados estalinhos no cocoruto do mancebo.
Pela volta imediata do mais nobre dos gestos de carinho e delicadeza. Nem que seja pago, como o sexo das belas raparigas dos lupanares, mas que devolvam vossas mãos às nossas cabeças.
Pela criação imediata da Casa de Cafunés Gilberto Freyre, como me propõe, em sociedade, a amiga Maria Eduarda Risoflora Belém. Ótima idéia a ser espalhada por todo o país. Milhares de casas, guichês, varandas, redes debaixo de coqueiros, sofás na rua… Tudo a serviço dos breves e deliciosos estalinhos dos dedos das moças.
Gilberto Freyre era um entusiasta do cafuné e a ele dedicou páginas e páginas. GF, aliás, escrevia como quem dá cafuné, prosa mole, ritmo dos mais sensoriais. Como também assenta palavras outro Freire, sem o estilingue do Y, o Marcelino de “Contos Negreiros”.
Que machos & fêmeas sejam treinados, em um programa social de emergência, para reaprenderem o hábito do cafuné.
Melhor: que seja feita uma campanha de saúde pública. Ah, quantas doenças de fundo nervoso seriam evitadas, quantos barracos de casais seriam esquecidos, quantos juízos agoniados seriam libertos!
Sem se falar no erotismo que desperta o dengo, como anotou outro sociólogo, o francês Roger Bastide, no seu belo ensaio “Psicanálise do Cafuné”. Pura libido.
Delícia de se sentir; beleza de se ver. O cafuné de uma mulher em outra, ave palavra!, puro cinema, para além muito além do lesbian chic.
Como era comum, na leseira de fim de tarde, nos quintais e nas calçadas.
Ao luar, então, sertões e agrestes adentro, era puro filme de Kurosawa. O resto era silêncio.
Ai que preguiça boa danada, ai que arrepio no cangote, quero de volta meus cafunés.
Viver de brisa, como na receita de Bandeira, numa rede na rua da Aurora, sob a graça dos dedos de uma morena jambo ou de uma morena caldo-de-feijão.
Como pode uma criatura, como esses rapazes de hoje, passarem pela vida sem provar do êxtase de um cafuné?
Pela obrigatoriedade do cafuné nos recreios escolares, nas missas, nos cultos, nos intervalos dos jogos de qualquer esporte.
Não é possível que se condene toda uma geração a viver sem cafuné. Eis uma questão de segurança nacional. Tão importante como aprender a assinar o próprio nome. O cafuné, aliás, é a assinatura em linda e barroca caligrafia de mulher.
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Cafuné, pés enroscados e muito cheiro no cangote, numa leseira massa. A hora do cafuné é mágica, nego. Pela volta do cafuné! No teu e no meu cocoruto. Sempre. Mas tem gente que num sabe mais nem o que é um xamego, nego.
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Tem que falar mais de futebol chico. Menos sobre a vida, e mais sobre o quebra canela.
Morena caldo de feijão? Amei.
Sempre vi o Xico Sá como de esquerda mas ultimamente começo a pensa que é apenas mais um porra-louca como o Caetano. A esquerda de verdade indo pra cadeia e ele aqui com essa de cafuné. Nada contra porém NUNCA dizer nada em favor dos companheiros é muita covardia!
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Xico, meu véi, já que taes recordando tanta coisa no blog, aproveita pra recordar a crônica do amor secreto, em que você fala da dor insuportável que é amar assim, que bom é dar aquele beijo em público etc. Vai, porra! Não consigo achar via Google nem no histórico maluco do UOL. Abraço, cabra!
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Sempre fico com o pinto eriçado quando vou na minha cabeleireira. Acontece que na hora de enxaguar, ela passa uma agua morna e faz um misto de cafuné-massagem no coro cabeludo. Isso me dá um tesão delicioso. As mãos dela correm toda minha cabeça e ela tem uma habilidade sensacional.
Concordo plenamente. Não há nada mais gentil e confortante como um cafuné.Eu tinha uma cabeleireira que quando mexia em meu cabelo para ver o como íamos cortar, fazia com tanta delicadeza que eu ía quase que caindo da cadeira. Como é bom um cafuné: de vó, de tia…
Adoooooro!!! e é tão simples e transmite tanta coisa…
O cafuné de uma mulher em outra, ave palavra! Um minuto de silêncio para imaginarnos esta cena.
Olham euq ueria mesmo eh que cafune no Brasil fosse que nem massagem na Tailandia. Aqui tem 3 casas de massagem a cada 50 metros e tem no aeroporto tambem. Ja pensou que legal voce poder receber 30 min de cafune no aeroporto enquanto espera sua conexao?
Saudades do cafuné do ex… O melhor cafuné do mundo!! Logo o do ex… Que faço eu???
E careca? Dá para fazer cafuné em careca?
Deixar a barba crescer…
nao existe coisa melhor que um cafune da pessoa amada….ou na pessoa amada… um dengo.. xico 100% apoiado “pela volta do cafune”….. beijos e cafune pra voce xico.
Esse Cabral é um safado!!! querendo que os royalties do petroleo sejam destinados unicamente para o Rio. Mas que estado parasita!!!! Nao tem uma fabrica de ruela nesse lugar. Esta certo o governo federal, os royalties pertenccem a todos estados. A Rosinha já deeixou Macaé destruida, de tanto dinheiro que roubou da Petrobras. Cariocada pilantra.
Credo! Não vamos generalizar, conheço muito carioca bacana! E vc? Pq tá escrevendo no blog errado? Acho q tá precisando de um cafuné pra relaxar…
Opa! Adoro as cariocas e o sol de Copacabana! Sai dessa!
Cafuné mútuo não ??
Acho digno cafuné mútuo. Pratico quase todas as noites. amém.
mentirosa….esse cafuné é solitário (se você for a pessoa que acho que é)
Se não for, você é a mais sortuda das mulheres (rs)
São duas Amandas né …rs rs
Que maravilha! Duas Amandas, uma solteira e a outra casada (rs)
se quiser montar um curso de cafuné posso ser professora voluntária, não preciso ganhar nada, porque simplesmente adoro este denguinho.
Precisamos nos mobilizar, ir às ruas! Ver pessoas que desinteressadamente lutaram a vida inteira pelo Brasil irem para a cadeia como Dirceu e Genuino é um absurdo! Nos aburguesamos?
Xico, como sempre campanhas muito úteis.
Assim como nunca abandonei a carta de amor, também nunca abandonei o cafuné.
E é um prazer maior ainda fazer cafuné e ver a pessoa que o recebe deleitando-se.
Sempre fui uma apaixonada pelo cafuné, muito mais me agrada oferecer que receber…
Imagina meu pavor quando outro dia fui fazer um cafuné em meu irmão adolescente e recebi uma recusa, com a justificativa que tal carinho meu bagunçaria seu cabelo. Como pode isso, um carinho tão gostoso, jogado as traças pela vaidade, parte o coração…
enos mano
O Roger Bastide tem um texto chamado A psicanálise do Cafuné, explicando como nasceu o dito, na histórica cultural brasileira. Bem legal!!!!!!