Tinha cá pra mim que agora sim...
16/11/12 21:34A mesma história, o mesmo banco, o mesmo jardim. Replay de crônica a pedidos:
“Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfim o grande amor, mentira!”
Encontro minha amiga A., no nosso botequim predileto, e a desalmada vai logo anunciando, com a ironia fina que a acompanha na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença.
Sempre tem boas histórias e uma mania louca de escolher uma música, normalmente Chico Buarque, para trilha das sagas românticas e pés na bunda.
Como Chico tem um vasto elenco de personagens femininos e incorpora as dores e delícias das mulheres, ela escolhe no capricho, no ponto. Moleza, garoto, tira onda.
“Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfim o grande amor, mentira!”, ela repete e repete, enche o saco com o “Samba do grande amor”.
Essa música nem é protagonizada por uma fêmea, e sim por um homem desiludido do amor, um cara cujo destino parafusou-lhe na testa belos objetos pontiagudos, como diria o compay Marçal Aquino.
Mas ela insiste e canta assim mesmo. Pior: canta e ri, uma loucura. Que diabo de sofrimento é esse com essas gargalhadas todas?
A moça é assim mesmo. Não tem jeito. E olhe que nem pediu caipiroscas de frutas vermelhas nesse dia, ficou apenas no chope, coisa fina e civilizada.
“Me acabar dessa vez é que não vou”, tagarela lindamente. “Ih, estou escaldada, velho Francisco, ano passado eu morri mas esse ano eu não morro”, agora manda um Belchior de prima.
O que A. me contou uma das coisas banais que mais escuto das minhas amigas nos últimos tempos. E olhe que sou conselheiro, ombudsman das moças, cupido e ouvidor-geral de muitas crias das nossas costelas.
“Sua carteira de desesperadas é grande”, ela mesma tira uma boa loa sobre um ofício que desenvolvo com gosto e curiosidade desde os verdes anos –quando sequer eu sabia o era uma mulher para valer, conhecia apenas as cabritas e as bananeiras.
A amiga deparou-se com mais um desses homens que prometem, ensaiam, jogam um charme, cultivam, cantam de galo… comparecem e…, sem dizer nada, tomam o clássico chá de sumiço, saem para comprar o king size, sem filtro, do abandono.
“Por essas e por outras é que agora prefiro um bom canalha a um homem frouxo”, prega a amiga, conquistando rapidinho o apoio da távola redonda das gazelas ao lado. “Um canalha pelo menos me pega com gosto, como se fosse mesmo a última noite”.
Defende a tese e emenda, riso desavergonhado: “Passava um verão a água e pão, dava o meu quinhão pro grande amor, mentira!”
É rapazes, é tempo de homem frouxo, que corre mesmo diante da possibilidade de uma história mais densa e afetiva.
Não sabem o que estão perdendo. A começar pela minha amiga cantante, belo exemplar da raça, no auge dos seus 3 ponto 5, boa conversa, boa lábia, gostosa, bocão-Jolie e um humor capaz de tornar o mais nublado dos dias na mais promissora e comovente folhinha do calendário.
Sorte desse homem que encará-la com pegada e gosto!
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Chico, quem é a moça que ilustra esse texto nesse fundo rubro? Que magnífica! Um olhar desconsertante.
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Ah Xico… O maior problema é que nós mulheres sempre caímos no submundo da ilusão e olha que nem falo de sonhar em casar com o frouxo e tal… Falo de simplesmente vislumbrar um jantarzinho, um programinha a dois mais romântico. Enfim… Endosso que também prefiro o canalha assumido pois se vai evaporar mesmo, ao menos evapore depois do cigarrinho pós trepada… Trepada essa que para mostrar serviço certamente será das boas. Eu mesma estou envolvida com um pseudo macho jurubeba da sua amada Recife, e no atual momento ele me deixou comendo o acarajé do sumiço aqui em Salvador… Com camarão e tudo! Por essas e por outras que eu repito que te quero Xico, pois você sim sabe o que é mulher.
Ele só foi ali buscar a Coca bem geladinha!
hahahaha Pois é… Mas ele vai tomar essa Coca sozinho.
Salve, Xico! Cara, realmente esses caras que usam, abusam e depois ‘deixam’ mulheres assim, não sabe o que estão perdendo, na realidade pode até ser que saibam, porém só depois de um bom tempo é que se perguntam: “O que foi q eu fiz…”. Sabemos disso. O fato é que homens e mulheres acabam perdendo a chance de aproveitar melhores momentos duradouros por acharem que a vida descompromissada é melhor, menos tensa… Engano! É tão gostoso quando vc encontra uma pessoa maneira e passa a aproveitar tudo com ela, até mesmo esses momentos de boteco. Já fui canalha e frouxo por temer arriscar, entretanto quando o amor chega e te pega, não dá pra fugir, então bora arriscar! É o tempo de cada 1…
Salve tchê! Foi fantástico o show que deste ao lado de Carpinejar e Scott na Feira do Livro de Pelotas (Caravana dos Escritores) Ao cabo da apresentação, o fotógrafo Naldo Júnior me apresentou a ti (inclusive fez uma fotografia). Achei tudo genial, super descontraído. És uma figuraço!!! Escrevi em meu blog texto sobre a apresentação de vocês
http://www.cultive-ler.com/2012/11/carpinejar-xico-sa-e-paulo-scott-dao.html
Grande abraço do Sul.
Manoel Magalhães
Esse canalha sou eu…
Xico, também tenho “boas” histórias para contar… ah! a difícil arte do encontro… é tanto desencontro pela vida. bj
Me manda,beijoss