Inventar demais no sexo é um perigo
09/10/12 13:47Existem várias maneiras de arruinar a grande noite. A noite dos sonhos, a noite do meu bem, como cantaria Dolores Duran.
Uma delas, além da ansiedade que pipoca no corpo como sarampo, é tentar reinventar a roda, digo, o sexo, como se fosse possível recriar o Kama Sutra.
Não tente reinventar os guias eróticos nas primeiras noites. Ao contrário do que supunha a lindeza do lirismo de Manuel Bandeira, as almas até podem se entender desde o primeiro flerte, os corpos não.
Faça como a moça da canção “Goodbye, Emmanuelle”, do Serge Gainsbourg. Ela não aprendeu a amar nos manuais, ela precisava de sua dose de “eu te amo” pelo menos uma vez por ano.
Não tente reinventar o Kama Sutra nas primeiras noites, deixo o eco como mantra nesta página.
A dramaturgia da cama não é para amadores.
Não é qualquer donzelo que resiste às firulas –supostamente inovadoras- da alcova, à ginástica das pernas, à coreografia dos braços e ao bate-coxa propriamente dito.
A verdadeira e religiosa pornografia é a intimidade. Somente nesse estágio podemos tudo.
Ai sim, quando atingimos esse nirvana, Manuel Bandeira volta a ter razão: podemos até dispensar as almas, pois os corpos já se entendem à vera.
Passa a valer o verso do mesmo poeta: “Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma”.
Não acredite no pacote completo de óleos para massagens, incensos a granel, vendas nos olhos, algemas e outros badulaques. Isso é o pacote completo da revista “Nova”, mega sugestivo, não necessariamente um grande orgasmo.
Não acredite nas confusas artimanhas de pernas e mil um malabarismos. Isso é coreografia do Circo de Soleil, não obrigatoriamente um bom sexo.
Com tantas acrobacias forçadas, você pode levar o seu parceiro a uma contusão ou até uma fratura mais séria.
Coitado, ele pode ter que fumar aquele cigarro pós-coito em uma clínica ortopédica ou em um milagroso massagista japonês.
Se bem que outro dia, uma dessas jovens inventivas acabou proporcionando um momento inusitado a este velho cronista. Um milagre.
Combalido pela falta de potássio e entregue aos malabarismos da moça, tive um cãibra que fez, por acaso, o maior sucesso.
A perna esquerda ficou dura, dei uma mexida brusca, tentando apenas levar a perna ao teto para me livrar da dolorosa contração espasmódica do tecido muscular.
Quase morri.
E não é que me consagrei, amigos. A agoniada ninfomaníaca em flor subiu pelas paredes. Viu naquela manobra de sobrevivência a mais avançada técnica indiana.
Acontece. Mas prefira não.
Na dúvida, amigo, amiga, vai pelo método mais simples nas primeiras noites. Concentra. Não adianta querer mostrar que manja dos bambuais do Kama Sutra e fingir uma intimidade que demora meses para ser alcançada.
É Xico, depois dos 50 piora, me fez lembrar uma amiga de trabalho, dizia que qdo fazia sexo com o marido, ele falava: espera deixa eu colocar a perna pra lá, e ela calma, tenho que virar devagar, era tudo muito dolorido…rsrs. Mas, no final vencia o tesão!
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Outro dai qse tive o ombro deslocado pq o mocinho que me acompanhava soube q eu edito pornografia alternativa…. Tão mais fácil começar pelo bom e velho arroz com feijão…
que texto showwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww
Já aconteceu comigo, isso de ter cãibra na hora do rala e rola, foi divertido e rendeu muitas risadas depois; mas como disse o sábio Xico, prefira não!
Como sempre sou obrigada a concordar. No começo o básico é o ideal, depois inventamos juntos e aí é que está a intimidade. Queria que essa cãibra tivesse sido comigo, lindo. Te Amo mil bjs
Xico, como sempre, me divirto a valer com tuas peripécias e textos leves. Queria te sugerir um tema: falar da redenção da cornitude provocada por Tufão, na Avenida Brasil. Bjos e parabéns pelo post. http://www.atitudequarenta.com/2012/10/tufao-os-7-maiores-medos-da-cornitude.html
*capítuloS, na empolgação escrevi errado.
Faltou incluir nessa crônica o tal “Cinquenta tons de cinza”, que também anda estragando o sexo de muita gente.
Li dois capítulo daquilo e me estraguei de rir… de onde vem todo o sucesso daquele treco, hein? Será que a mulherada tá tão ml-amada e mal comida assim pra dar tão certo aquele livro?