Os 10 melhores petiscos do Brasil
11/09/12 04:48Nada como um post atrás do outro e um porre no meio.
Com esta ilustração do Jaguar, o mais resistente dos boêmios brasileiros de todos os tempos, começamos esta brava terça. Afinal de contas, a terça-feira é o mais sem graça dos dias, coitada, só serve para a inércia de curar ressacas existencialistas de segunda.
A ilustração saiu no livraço “Manual de sobrevivência nos butequins mais vagabundos” (Editora Senac Rio), do Moacyr Luz. Eu recomendo pra gente que é do ramo e para os curiosos amadores, além das belas antropólogas da área. .
Pobre terça-feira. Se o sábado é uma ilusão, como disse um pedreiro para Nelson Rodrigues, a terça é o nada destilado. (Tio Nelson chamou o cara para fazer um serviço no sábado, donde ouviu do honestíssimo e sincero trabalhador carioca a linda pérola que virou uma das suas grandes frases).
Agora chega de ilusões perdidas, vamos para as dez maiores invenções do homem em matéria de petisco, acepipes ou tira-gosto:
1) Moela. Anda um pouco sumida dos cardápios e tabuletas dos botequins e pés-sujos, mas continua insuperável. Como diria o ex-boleiro Jardel (Ferrim, Grêmio, Porto…), clássico é clássico e vice-versa.
2) Os caldinhos. O mais tradicional é o de feijão, mas se você der a sorte de estar no Recife, onde tem vários bares especializados no “ela & ela”-como é chamada a dupla caldinho + cachaça/caninha- a fartura é grande. Exemplos: peixe, fava, sururu, chambaril, camarão etc.
3) Bolinho de feijoada. Invenção carioca recente –em termos históricos- que pegou. Com justiça. É simplesmente uma feijoada-pocket, o resumo da obra, uma maravilha do minimalismo feijuca.
4) Pastéis. Não é à toa a folclórica pedida dos paulistas, que fazem os melhores do universo. Um chopes e dois pastel. Virou rock do grupo Velhas Virgens e tudo: “1 chopes e 2 pastel/ Pasquale, Adoniran, Caetano e Noel”.
5) Tripa de porco frita. Denúncia: sofre um criminoso desaparecimento dos cardápios nestes tempos. Nunca fizeram nada igual para se tomar com cerveja na história da humanidade.
6) Torresmo. De preferência em Belo Horizonte, depois de uma vitória do Galo, provável campeão brasileiro deste ano.
7) Siri mole ao alho e óleo. Homem do sertão, não tenho, na fisiologia do gosto, o paladar chegado ao menu litorâneo. Esta pedida, porém, me ganhou logo na chegada adolescente ao primeiro boteco de Brasília Teimosa, no Recife. A caranguejada cearense também me pega. E para completar o capítulo: a lambreta (marisco) soteropolitana, excelente na hora de “comer água”, como os baianos denominam o ato de encher a caveira.
8) Umbu-cajá. Estarão, a essa altura, os amigos indagando: o que faz uma frutinha no meio dessa cozinha de sustança. Depois do torresmo, eis o melhor tira-gosto para a cachaça. Juro.
9) Bolinho de pirarucu. Toca para Belém do Grão-Pará. Só digo o seguinte: bate fácil o de bacalhau, meu gajo. Nem se compara. Iguaria finíssima. Cesse tudo que a musa antiga canta. Estou dentro.
10) Marrecos de Jaraguá do Sul(SC). O meu amigo Lourenço Mutarelli não me deixa mentir. Nada como os marrecos da “capital do conto brasileiro”. Todo mundo é contista na cidade catarinense de Carlos Henrique Schroeder, um craque no gênero. Ainda no Sul, não esqueçamos do gauchíssimo espinhaço de ovelha.
E você, amigo, o que manda aí de sugestão à guisa de guisadinhos que nos deixam com água na boca? Qual o seu petisco predileto?
ah e só para discordar quanto ao campeao brasileiro, será o fluminense;… fazendo justiça ao ‘anjo pornográfico’ esquecido em seu centenário pelas grandes mídias. O time de Nelson Rodrigues será campeao esse ano
Na capital mineira, com ou sem jogo do galo nao se pode esquecer do figado com jiló… combinação improvável que resultou num excelente tira gosto…
Sábio, a tripa foge aos cardápios como o drible, a indisciplina tática foge aos gramados, uma pena.
Xico, gostoso mesmo é meu bolinho de arroz e filé de jaraqui (peixe típico de Manaus, carinhosamente chamado de Jaraca). Leva cheiro verde, cebolinha e pimenta murupi.
Fiquei com água na boca!!! Muitas iguarias, mais ainda tem casquinha de siri, camarão alho e óleo(bem miudinho pra comer inteiro), sardinha frita.. Delícia
Sómente para te mandar um enorme abraço e dizer que gosto demais da sua presença no GNT….
XICO, TU ESQUECEU AGULHA FRITA!
Merece menção a linguiça do pau de angu de Tiradentes, o pastel de angu de Itabirito, ou Ouro Preto e concordo com a maioria das citações anteriores.
Ah! Língua de boi – com molho de tomates, gratinada com mussarela: esse aí eu comi em São João Del Rei, no bar Velho Chico…
Saudades…
Concordo com o protesto do Xico em relação à falta de moela, de tripa, eu acrescentaria: de bons caldinhos (aqui em Sampa). Bolinho de miolo, coraçãozinho assado e muito mais…
Ah, não pode faltar carne de sol com mandioca frita de Montes Claros…ô trem bão!!!
ei, porra! esqueceu do queijo de coalho assado!
Fígado com jiló, joelho de porco, rabada, costelinha de porco.
rabada é fundamental. o ritual de achar carne onde não há é uma metáfora indispensável…
A mais simples, porém essencial mandioca/aipim/macaxeira frita. Injustamente esquecida.
Cadê a mandioca frita?
Teus petiscos me deixaram com água na boca!
Aqui em Pelotas tem uns petiscos tão conhecidos quanto os botecos. O famoso croquete do Cruz de Malta, o bolinho de batata do Nenê, o entrevero (que vem das mais variadas carnes coraçãozinho de galinha, picadinhos diversos, salsichão, linguiça e por aí) do Galpão de Ronda.
Xico,
Fígado de boi com jiló no Mercado Central aqui em Belo Horizonte. Melhor ainda depois de vitórias do Cruzeiro.
Fernando
Deu fome! Aqui prás minhas bandas, interior de SP tem umas iguarias fantásticas, vamos a elas: Bolinho de frango, feito com farinha de milho, Mingau de milho verde c/ frango caipira no molho, pequira frita (peixe pequeno, menor q manjuba) passada no fubá, e o proibido, mas delicioso viradinho de tatu. E muita, muita cerveja.
Depois de água na boca pelos petiscos sugeridos a não menos deliciosa carne seca com cebola (se vc estiver solteiro) com shopps (paulista) bem gelado. Bjs Amore
O velho sarapatel (fazendo carreira solo separado da buchada), a boa língua de boi, seja ao molho madeira ou ao de tomate (minha preferida), pra não faltar nem palato e nem assunto ao redor da mesa. Por último e não menos importante, uma iguaria “rafamé” do litoral alagoano, a velha agulhinha frita na farinha de rosca que nos faz lamber os dedos engraxados de óleo, o ritual das pingadas do limão, affff…catártico!! E tome gole na cerveja mofada!!
Xico, pelo amor de Deus, vc esqueceu da “lambreta” da Bahia. Não deixe de ir aos “internacionais” nas quintas feiras. É uma iguaria!
Tu é cego, analfabeto ou sofre de ejaculação precoce literária (aquela que a pessoa já sai falando merda antes de ler o texto todo)?
” […] E para completar o capítulo: a lambreta (marisco) soteropolitana […]”
Pançeta de Porco Frita, em Tirinhas…..não existe nada igual….e haja cerveja…..
Caldinho de Mocotó (Quente!!!)
Anéis de Cebola;
Alho Frito;
Bolinho de Carne Seca (da Estação da Luz).
e o famoso bolinho de camarão com catupiry?
dos deuses
não tem coisa melhor no mundo que patinha de uça.
São vários. Mas para dizer uns três, lá vai: 1)Buchadinha de bode; 2)Mão de vaca (ou Mocotó de boi) e 3)Agulha frita (da branca ou preta). http://www.alexandreseixasraul.blogspot.com
Não pode faltar um frango a passarinha
Rapaz fazia tempo que queria contar a todos a combinação de jiló com lingua saboreados depois de umas e outras num bar em goiânia – bar de balcão dos bão (na alameda do botafogo depois da ponte da anhanguera- acho que é isso, faz tempão)
Chouriço do bar do Leo (que fecharam maldosamente)…
Ou aquela comilança de petiscos mil do bar do Elídio, na Móoca.
Sanduba de Pernil do Estadão, torresmo do Consulado mineiro e pra finalizar o a mortadela do mercadão municipal…
Deu sede.
Em Macapá não pode faltar a farofa de charque com molho de pimenta no tucupi!
Em Sao Paulo entendi:
E “pacabá” não fode que me enxarque e me molho e tomei na “putaquepari”