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Xico Sá

Modos de macho, modinhas de fêmea & outros chabadabadás

Perfil Xico Sá é escritor, jornalista e colunista da Folha

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A cara-de-pau do ex nas redes sociais II

Por xicosa
02/09/12 20:25

Só vingança, vingança, vingança aos santos clamar, como canta o gênio gaúcho aí acima.

É, é  o domingo que pega.

Uma amiga de Curitiba, a C., me conta agora. Acordou cedo, tentando ser saudável e se recuperar de um amor perdido, mas caiu na tentação de ver os passos do desgraçado nas redes sociais.

Que humaníssima e grandiosíssima mierda. Deus castiga.

Lá estava o miserável todo feliz, saudável e ecológico em um passeio de bike. Com uma gazela na cola. Pode até não ser nada disso que ela estava pensando, mas duvido. Nesses casos, sempre é o que parece.

Sinto muito.

E, por favor, amigos, risquem os nomes dos amores perdidos dos seus instagrams, twitters, facebooks etc.

Como dizia a canção das antigas, aqui na voz de Nelson Gonçalves: “Risque meu nome do seu caderno, pois não suporto o inferno do nosso amor fracassado”.

Essas coisas só acontecem aos domingos.

É o domingo que dói como um gol contra aos 47 do segundo tempo.

Desculpa a chatice do cronista repetitivo, porém, de novo, advirto: o pior de quem perdeu o amor recentemente é o almoço domingueiro.

Neste caso, nem vale uma refeição completa. Não vale nem o mais vagabundo dos quilos. A este tipo de solidão a gente alimenta com miojo ou com a pizza da véspera.

Domingo dói como aquele golzinho fanhoso que ouvimos no rádio do porteiro.

Melancólico como aquele operário em construção que põe só os olhos de fora na janelinha de compensado de mais um prédio.

O domingo é um perigo. Você pode cair na fraqueza e ligar para o(a) vagabundo (a).

Não adianta. Não caia nesse conto. A essa altura ele(a) já estará no cinema, mãozinhas dadas, com outro(a). Depois tem vinho ou sorvete.

Que mierda!

A um domingo assim, amiga de Curitiba, a gente acaba com ele logo na véspera, com a ilusão do sábado, com um porre monstro para uma ressaca monstruosa.

Para não ter forças nem de fuçar a vida do lazarento. Para cair de inércia, para deixar quieto.

Amiga de Curitiba, só a lama cura nessas horas, melhor morrer de vodka do que de tédio, como receitava o velho poeta russo.

Só a lama cura, incluindo aquela velha receita de dar para o primeiro que encontrar pela frente. Melhor ainda que seja um bêbado amigo do sujeito.

Só vingança, vingança, vingança aos santos clamar! O mais, nesta hora, é bondade fictícia.

Buena sorte!

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Comentários

  1. luiz comentou em 09/09/12 at 14:33

    ô vida amargurada. To aqui no facebook dela, da minha ex namorada que voltou para o ex namorado dela. Passaram o feriadão em uma cabana. E eu? Eu passei o feriadão na deprê.

  2. Lelê comentou em 07/09/12 at 23:59

    Lembram??? TELEFONE MUDO….

    Eu quero que risqque o meu nome da sua agenda, esqueça o meu telefone, nao me ligue mais, porque já estou cansado de ser o remedio, pra curar o seu tédio qdo seus amores nao ti satisfaz.. cansei de ser sua palhaça, fazer o que sempre quis…

    Neste caso, o domingo é traiçoeiro, sempre machuca o coração e massacra o ego.

  3. Brukowa Kostka comentou em 04/09/12 at 16:54

    Would you be keen on exchanging links?

  4. Ana Caroline comentou em 04/09/12 at 9:32

    Por isso gosto de “lê-lo” evita muito infortunos,fujo dos domingos rsrs

    “É o domingo que dói como um gol contra aos 47 do segundo tempo.” e como dói!

    Beijão Xico.

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