Elevadores: amor que desce, amor que sobe
26/08/12 19:26Uma leitora me acusa, nos comentários deste blog, de só contar tristes finais de amores. Como o caso da menina do post anterior, cujo corpo, soube agora, foi encontrado sexta-feira boiando nos mares bravios de Iracema.
Triste história. Que descanse em paz no colo reconfortante de Yemanjá com cerimônia de peixes coloridos.
Outra leitora, mais linda ainda, covinhas em brasa, sobrancelhas com a densidade melancólica de uma Betty Blue (o filme do Jean-Jacques Beineix dos anos 1990, lembra?), interrompe a minha marcha atlética na rua Augusta:
– Não me faça mais chorar. Chega de crônica do amor louco! – diz, com o mais comovente sotaque gaúcho.
Ela me puxa para uma cerveja. Eu aceito. Só vou por causa dos olhos bem-pintados. Como gosto de mulheres que sabem pintar os olhos. Desculpe ai, seu Caymmi, mas pinte, branquinha, negra ou morena, esse rosto que é só seu de verdade.
Prometo à gaúcha, guria que ama Jupíter Maçã, Wander Wildner e a Graforréia, uma história com final feliz.
Felizmente é uma história que aconteceu comigo e eu já contei aí pelos bares. Ei-la:
Acabamos de nos separar. Depois de uma discussão de relação, a mitológica D.R., que durou meses na adorável lavanderia de roupa suja. Agora pronto, concluímos, a uma só voz, não tem mais jeito, chega, basta, hora mesmo de subir os créditos do nosso filme B, the end.
Vida que segue. Metemos os dedões indicadores, quase ao mesmo tempo, no T de térreo. Ela soltou mais um dos seus muxoxos de ausência de saco para dividir comigo o mesmo oxigênio do planeta. Silêncio e cara feia por parte de ambos do 18º até o 7º em um gigante edifício de São Paulo.
Dedões desta vez tirando fogo um do outro ao pressionar juntos o botão vermelho da emergência. E nada do elevador sair do canto. Tudo escuro de meter dedo no olho. Mesmo em pânico ela me culpava por todas as desgraças do universo e as sete pragas do Egito. Cada minuto demorava horas, como nossa rotina.
Tomados por uma certa força estranha que se apossa dos casais que ainda não gastaram todo o amor possível, fomos nos aproximando. Aí veio um abraço. Senti o cheiro dela como se fosse o primeiro encontro. O nariz de quem tem medo.
Tentei um beijo e ela nem recusou dessa vez. Arranquei a sua blusa como adolescente em sessão da tarde. Ela me puxou de volta para bem dentro dela. Ouvimos o barulho dos técnicos da manutenção da Atlas Schindler. Fez-se a luz. Apertamos com os dedinhos colados o 18º e daqui contamos para vocês este singelo final feliz.
Eeeeeita pau doce hein seu Xico Sá!!!
Mas foi tipo um tornado de emoções e lembranças revoltas com um desejo inegável de se possuir o corpo do quase ex-my-love!!! Doido demais…
Mas deve ter sido ma-ra-vi-lho-so!!!
Abraço Grande!!! Sempre que estás no Saia te assisto!!!
Sucesso sempre!!!!
Mãe sempre diz que se reconhece uma moça formosa pela forma que pinta os olhos. Segundo ela, um traço delineando a pálpebra a transforma em tigresa. E toda mulher tem em si uma tigresa, é fato. Basta saber mostrar, demonstrar-se felina.
“…here is the deepest secret nobody knows (here is the root of the root and the bud of the bud and the sky of the sky of a tree called life;which grows higher than soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that’s keeping the stars apart
i carry your heart(i carry it in my heart)”
E. E. Cummings
Hoje estou com os olhos bem pintados kkkkk….Ah Xico como te amo, como me faz bem, gosto de tudo que leio aqui, mas olha esse trecho da tal “força estranha que se apossa dos casais que ainda não gastaram todo o amor possível” foi doído. Incrível como vc consegue “delinear” como se fossem belos olhos, tudo o que deveras sentimos, passamos e convivemos…beijossss
UHUUUUUUUUUU!!! dale !!!Macho.bjs.
tamo junto.bjo
Xico, tem como fazer um post sobre as moçoilas com pinta na cara? Nunca conheci uma feia!
buenissimo detalhe.abrazo
Procure no google: LIVRO CIBERCÉLULAS. Este livro irá te surpreender!!
Que saco hein amigo?
cuma?
Quando li esse texto hoje de manhã, quase achei que a gaúcha citada fosse eu. Mas quando te encontrei na Mercearia São Pedro no sábado, não tava usando as minhas calças vermelhas e nem tinha os olhos pintados. De qualquer forma, sigo dizendo com sotaque bem gaúcho: bah, sou muito tua fã.
quem dera fosse vc, Lu! beijosss
Oi, Xico. A sua linda história de amor não teve um final feliz e sim um recomeço feliz!
Uau xico…nao tinha chegado ao fim ainda nao…. foi um final feliz excitante…. amei…beijos
ah, sim, na verdade um recomeço caliente.bjo
Xico, lindo, ce tá namorando, de recomeço? Se sim, que menina danada de sortuda, a tal do conto. Bjs 🙂
essa do Alpino foi boa.
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/alpino/n%C3%A3o-acredito-que-o-mensal%C3%A3o-tenha-existido-afirma-021809095.html
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Vou procurar e imprimir. Deve ser tão chato quanto quem o divulga. Quando ficar preso no elevador, se estiver sozinho, é bom ter algo pra sentar em cima.
Boa, Luiz!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Linda noite, Xico Sá!
Deixando de lado qualquer confusão com as exigentes leitoras (e você caro amigo tem total liberdade para tanto…), vejo que deixou-se marcar por uma doce crítica de uma leitora mais do que ansiosa. Diria que ela está um pouquinho fora dos ritos convencionais de etiqueta deste mundinho de meu Deus.
Se foi Ciclana ou se foi Beltrana, a questão é que histórias de amor são assim mesmo. Uma termina com dor, outra com ‘besos e otras cositas más e outras tantas nem terminam o que haviam começado…
Você teve a sorte do acaso! O cupido usou o sobe e desce do elevador e deixou a flecha para depois!!!
Não dá para agradar a todos. O importante é que a leitora mudou de lado e trouxe a baila o final feliz, o tão esperado final feliz.
Boa segunda caro amigo sortudo!
Afimdobrasil
Teodoro, nao tenho como nao me importar com as leitoras. amo qdo elas me pautam, mandam e desmandam. boa semana pra ti e volte sempre.abs
‘Bão’ dia pra você, caro Xico!
Você tem toda razão! Acho que não me expressei bem, porém, o mais importante é que você se importa com todos os leitores, equivocados ou não.
Até mais ver.
Afimdobrasil
é isso ai, meu caro. e bom tê-lo aqui.abraço
Que bom, um singelo final feliz!
às vezes acontece,ne, joana? bjo
Uau!!!!!!! Isso pode ser o início feliz de um final, c’est la vie…
Enfin, une fin heureuse…
Que liiiindo!!! Happy end muito fofo!
Lindo, Xico. Muito bonito mesmo. Você acha que tem que gastar todo o amor possível? Eu acho que nem sempre… Às vezes tem que se ser igual como seu xará Chico fala “Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente…
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.” Beijos pra você
Que nada, só aceitou o convite porque era gaúcha. Se fosse uma paulistana feia e sem graça feito essa aqui não parava nem pra tomar uma água…
quem disse q não? basta ter os olhos bem pintados,como digo no texto. beijos
Ok… Mas não há nada mais intenso que os amores impossíveis e as tragédias da vida real.
maravilhoso…!!!
Não importa o lugar, o importante é ter final feliz.Valeu Xico Sá.
Poucas coisas são tão afrodisíacas quanto um certo grau de medo.
Melhor ainda se for medo do outro.
Poxa Xico, meu sonho é te encontrar pela paulicéia !!!
Filme lindo e texto lindo.Devaneio!
Está provado: basta tesão e um cantinho sem saída.
Gosteiiii… Quero um final feliz desses para mim também. Já q minhas histórias de amor, nunca tiverão um final feliz, rsrs.
Uauu, nesse a gente chora de inveja…. quem nunca pensou em agarrar o homem amado, ou mesmo aquele desconhecido lindo cheiroso e atraente num elevador?? rsrsr
Não concordo com a acusação da Leitora, pois leio o blog há muito tempo e por aqui vejo o amor em muitas faces e em finais variados. Xico, vc com certeza deve saber fazer uma mulher feliz 😉
Então tá.