Para uma menina que perdeu as graças no mar
24/08/12 18:39Vejo na edição de hoje do jornal “Aqui CE” uma história triste sobre o fim do amor. O rapaz diz que está tudo acabado entre eles.
A menina, de uns 20 anos, se joga no mar e desaparece.
Os jovens passeavam no espigão da praia de Iracema, aquela romântica passarela sobre o Atlântico, em Fortaleza.
Talvez não exista mesmo nada mais doloroso do que o fim de relacionamento sério.
Principalmente quando você não quer pingar o ponto final e é tudo que o outro deseja. Parece o caso da moça que se jogou, desesperada, nos braços de Yemanjá.
Impossível não voltar a Paulo Mendes Campos. Sim, o amor acaba em um passeio de mãos dadas no final da tarde. O amor acaba antes de terminar o sorvete.
Joelle não havia sido encontrada até a tarde desta sexta-feira, 24. Juntou-se a outras tantas moças e moços no cemitério marinho dos amores perdidos.
Testemunhei e também pratiquei muitas loucuras ao ver subir os créditos e o “the end” de uma love story.
Em muitas, você acha que não vai sair vivo. Logo adiante está dentro de um novo filme.
As primeiras noites você nem fecha portas e janelas. De tanto pânico. Ela era mesmo o ar que você respirava. Você descobre que o dito não se trata apenas de uma metáfora açucarada, brega e romântica.
Joelle, sem fôlego, preferiu as águas fundas do mar. Poderia ainda ter tantos amores. Desapareceu com o fim do primeiro e único.
Meu deu uma dor profunda ao saber da história. E a dor é maior porque, de forma sutil, se apregoa uma beleza trágica e masoquista ao amor, de tal forma que o amor verdadeira precisa, obrigatoriamente, estar ligado ao sofrimento, e no caso extremo à morte.
Vinicius dizia: “O amor só é bom se doer”.
Mas nunca se matou, ele Vinicius, por amor. Pelo contrário, pulou de amor em amor sempre.
Pena que Joelle se focou mais na poesia e não na prática de Vinicius…
” Coloquei sobre a ferida a margarida branca, demorou…demorou. Esperei cada pétala em forma de vela,cobrir a dor…cobrir a dor…Fiquei quieta, fiz repouso, até que a cicatriz marcou a pele em forma de flor!”
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xico gosto tanto de você no saia justa…
Xico, boa tarde!
Triste história, trágico final. ‘Ouvi dizer por aí, que um amigo do meu primo ouviu em algum lugar’ que a dor do final de uma relação dói como se fora a primeira das dores, inventada pelo criador das relações amorosas…
Esta probre alma enamorada desistiu de si mesma. Não quis lutar contra o não, a rejeição, a indiferença, a página virada. Pôs fim naquilo que ela tinha de mais valioso, no amor mais caro e singular que um amante pode ter. Ela simplesmente esqueceu-se de amar-se.
Voltando ao meu primo, ‘ele disse que também ouviu naquele mesmo lugar’, que o final para muitos pode ser o ponto de partida para um novo começo, um novo amor.
Então, o anjo mais que caído, o anjo maldito da vida mais do que bela disse que;
“Todo amor é eterno. Se não é eterno, não era amor “… (Nelson Rodrigues!!!)
De novo, Nelson Rodrigues mostra o quanto ele é atual em suas provocantes, quase satânicas citações.
Até mais ver, meu caro!
Afimdobrasil
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Amigo, tenha vergonha na cara, chega! Isso é uma contra-propaganda pro seu livro.
Mesmo quando a história é triste, fica boa de se ler. Vc é poeta. O “Saia Justa” fica mto rico quando vc está lá….
O Xico não combina com Rede Globo. Fica bem deslocado. Calça Apertada é um programa dificil de assistir. Muito ruim. Pior que o Desencontros da Bernardete.
Numa época em que se faz da mulher um objeto erotico de consumo,com livros escandalosos contando a historia de uma relação sadomasoquista,este caso da Joelle soa como uma volta ao amor romântico,aquele que nos envolve como uma colcha de veludo macio.Ela se deixou levar por esse amor sublime que muitos não conseguem entender e perdeu a razão.Deixou-se levar pelas aguas marinhas,como se pudessem reconforta-la.Que triste esse gesto de desespero,mas eu a compreendo.Repouse em paz,Joelle.
Para o fim de uma paixão o bom é ficar uma tarde no quarto ouvindo seus albuns preferiodos de rock.
Remedio bom !!!
lendo a história da pobre Joelle me lembrei de minhas próprias dores de amor.Parece realmente que qd um amor acaba a gente veste uma mortalha pesada que de tão pesada falta o ar e pressiona o peito.É só dar tempo ao tempo que o peito alivia e o danado do amor volta a sorrir.Pena que Joelle não segurou a barra =(
Xico… já ouviu “Ana e o Mar” de O teatro mágico? Conta uma história de amor impossível: o mar apaixonado por uma menina. Acho poética… procura lá no youtube.