A volta da mulher do lar doce lar
16/08/12 14:44Uma austera instituição alemã tenta o resgate de um velho ofício: o famoso “do lar”. Era assim que as donas de casa preenchiam antigamente o quadradinho dos questionários profissionais.
Parece tão absurdo quanto a proibição do ovo mole nos botecos de SP e outros kassabismos surreais. Parece mas não é, meu velho Tomé.
A notícia é séria. Leio aqui reportagem de Graça Magalhães para o caderno “Ela”, n ´”O Globo”. A Liga Federal das Domésticas (Deutscher Hausfrauenbund) quer salvar a espécie da extinção completa.
A coisa anda tão maluca que o estado da Baviera, conservador até o último chucrute, adotou o “prêmio do fogão” -uma bolsa de 150 euros para mães que largam o emprego e cuidam de crianças em idade pré-escolar.
E repare que estamos falando de um país governado pela Angela Merkel, a toda-poderosa da comuna europeia.
Não precisa ser uma feminista radical para chiar contra o movimento. O barulho foi grande por lá.
Ficar em casa cuidando dos filhos e esperando o maridão parece mesmo obsoleto até em Passa Tempo (MG).
Se bem que vez por outra a gente ouve, mesmo em tom irônico, uma colega se queixar dos males da modernidade.
Principalmente as que fazem tudo praticamente sozinhas. Trabalham que só umas desalmadas, cuidam da casa, dos filhos… assobiam e chupam cana.
Outras clamam, igualmente irônicas, por um marido rico, um fazendeiro, um rei da soja…
Isso não quer dizer que as colegas desejem o retrocesso. Creio ser apenas desabafo em tom de blague e pilhéria.
E aí, vocês acham que esse movimento alemão “do lar” teria êxito aqui no Brasil?
Gostei. Vou pra Alemanha.
Pois é Xico, sabe pq os alemaes fazem isso? É porque a alemanha esta ficando velha e isto faz parte do programa de aumentar a demografia do pais, pois faz mais de trinta anos que a população alemã gira em torno de 80 milhoes e a piramide demográfica, não é mais um piramide e se assemelha a uma pêra…
E, são 150 euros por filho, e parece que mais de dois já tem um aumento maior desse subsidio. A Alemanha é um pais Sui generis nesse sentido, Tio Nelson, acho, jamais nasceria aqui…mas aqui vai uma observação Rodrigueana sobre os alemães: O macho alemão não gosta das mulheres alemãs porque são muito másculas, (cabe excessões), e a Fêmea alemã não gosta dos homens alemães porque são muito machistas…enfim acho que 150 euros ainda esta muito barato.
Bem que queria poder optar, pois se eu parar de trabalhar meu marido sozinho não consegue pagar as contas.
Tem isso que todos falaram – a cobrança por ficar bonita, magra, ter carreira, cuidar dos filhos, estudar e etc.
Só não concordo com quem fala que a pessoa fica limitada. Fica se quiser pois para cuidar de casa a mulher não é “do lar” como um objeto qualquer e sim é uma “administradora doméstica” que tem de gerir orçamento, logistica, funcionário etc
Concordo com a Silvia. E mais: cuidar do marido é uma delícia.
Emilia;outro PERFEITO comentário!!!
Essa ”MULHER MARAVILHA”;q consegue fazer tudo isso q a ”hipócrita” sociedade dita;só existe em comercial de ”margarina”!!!
Outra coisa: hoje;mtas mães deixam os filhos aos cuidados das ”avós” eqto trabalham.Mas e a próxima geração???no caso;NOSSOS filhos??com kem irão deixar NOSSOS netos;qdo forem trabalhar;se ”teremos q estar trabalhando”??
Cris; até agora o melhor comentário do blog!
parabéns! PERFEITO.
Esse preconceito;com as donas de casa e MÃES ASSUMIDAS;infelizmente é real.E ridículo.Mas sabe o que percebo??que muitas vezes o preconceito na verdade representa o MEDO q muitas mulheres tem,em ADMITIR q adorariam a vida ”do lar”;serem mamães em tempo integral;paz;educação.E como disse a outra colega; educar e ver os filhos crescerem;NÃO TEM PREÇO…..
Vou pensar mil vezes antes de ter filhos, com certeza! Deve ser difícil deixar com babá ou na creche, mas JAMAIS abandonaria a minha vida profissional.
Aquele tempo dedicado aos filhos acaba, muitas vezes, virando um “peso” pra eles e, embora seja imenso e digno o trabalho doméstico, não é reconhecido nem pelo marido, nem pelos filhos e, oq é pior, nem por si mesma. É motivo de frustração e os assuntos, comumente, são limitados. Pode haver quem consiga ser feliz assim, mas eu tenho verdadeiro pavor de ficar nessa situação, vulnerável ao marido e sem real liberdade de ir e vir.
Você chamaria isso de retrocesso? Já imaginou se as mãe pudessem educar seus filhos, cuidar da casa em tempo integral e ainda receber uma bolsa. O resultado seria outro. teríamos mais educação de qualidade, menos problemas sociais, menos abandono, famílias mais felizes! Blog agenda de casa
http://www.roarchela.com
Thank your for this interesting article.Keep it up.
Lí, texto acho louvável a ideia, mas me indaguei, será que seria preciso os extremos, porque hoje ou a mulher tá em casa e é do lár, ou ela é muito, muito ocupada e num dá conta de nada, mas pensando mais ainda, digo que isto é mal do Brasil, por não ser um pais de planejamento, claro não digo isto como se estivesse por cima, ao contrário de forma reflexiva primeiramente a mim, pois quando vi o texto pensei, porque tem que haver extremos, e a resposta foi quase que automática, porque não há um planejamento familiar, de gerações a gerações, isto se repete, mulheres e homens não são parceiros, mas sim delimitadores de suas funções, não há parceria, de forma que a a família engrene e ambos possam ser pais, profissionais, estudantes, filhos, namorados…Entre muitos outros papeis, não concordo e homens e mulheres precisam lutar, correr, um faz isto o outros faz aquilo, e simplesmente não fazem com excelência nada, como diz o Olando ao qual enviou-me este, diz quem muito abraça pouco aperta, então se como mulheres precisamos amar e repeitar nossos esposos (Submissão), tbm igualmente vemos que o homen tem de amar a mulher como cristo amou a igreja, ou seja biblicamente e socialmente podemos ser parceiros, pois os melhores parceiros sobem mais rápido, em amor, reduzindo a discórdia, aumentando o prazer de estar juntos na criação dos filhos na ordem da casa e na vida profissional de ambos, alem da vida a dois intima.
Mente a mulher que diz dar conta de tudo.Mente para se fazer de forte diante dos homens.Quem trabalha fora e tem filho sabe que é IMPOSSÍVEL ser mãe, profissional,magra, linda , calma, sedutora,etc.Se alguém acha que faz tudo isso,faz sim ,igual ao pato que anda, nada e voa,mas não faz nada direito.Ou então está sacrificando a coitada da mãe que nem pode curtir a terceira idade para vigiar netos para as bonitas não perderem seus maridos.Quem está fazendo tudo ao mesmo tempo,ou está quase perdendo o emprego por falta de comprometimento,ou está perdendo o filho para as drogas por falta de cuidado ou está perdendo o marido por falta de carinho… É a realidade!Quem consegue em 24 horas fazer supermercado,pegar criança no colégio…dentista , médico,natação,depilação, manicure,cabelo,jantar,lição de casa,telefonemas,pagar contas,fazer amor,comprar um presentinho,entrar no facebook ,ler um livro e curtir o Xico…Quem ??? Só as donas de casa como eu…(deixei para trás 18 anos de serviço para me dedicar aos filhos ,casa e marido e somos felizes assim )
No nosso país caminhamos na contramão. Aqui ocorre o inverso, as escolas estão se tornando integrais dos 0 aos 6 anos.
Os pais vêem as escolas como um lugar para se livrar dos filhos, ussm o pretexto do casal trabalhar, mas a verdade é que querem o garoto longe de casa.
Quando começa a época de férias escolares em julho e no finaldo ano os pais ficam a todo instante ligando para as escolas querendo saber quando começa as “aulas” para não ter mais o pestinha em casa.
Não existe participação nenhuma da familia na vida escolar do filho, nunca olharam o caderno do garoto, não sabem nem qual é o material dentro da mochila.Caderno de recados as mães nunca lêem e quando dão uma olhada e diz alguma reclamação da professora ,elas rasgam as paginas e ainda por cima acusam a criança de depenar o caderninho. Assim não dá!!!
Existe uma coleção de livros de filosofia chamada “Os Pensadores” composta apenas de autores homens. Pois agora chegou o tempo das mulheres pensadoras, pesquisadoras, trabalhadoras no espaço público também e não só em casa. É muito difícil uma criança gostar de ler se ela não tem oportunidade de ver a mãe lendo jornal, livros. O ambiente do lar é limitador neste ponto. Será que os homens atualmente gostam de falar que sua mulher é “do lar”? Pois eu penso que o poder do conhecimento também é um afrodisíaco para os homens. Conhecimento da vida pública principalmente.
Sou totalmente a favor das crianças de 0 a 3 anos estarem em casa com a mãe ou o pai, criando esse vinculo afetivo. Tambem sou a favor da escola meio periodo, para sempre valorizar a educação em casa dada pelos pais. O contato com os pais é importante para estabelecer os limites e orientar a criança.
Discordo dessa tendencia de creche para os coitados dos bebês.
Uma medida muito boa tomada pela Angela Merkel.
Aqui no Brasil o governo não tem que pagar auxilio nenhum, isso parte por decisão do casal de deixar ou nao a criança na creche.
Olá,
Estou adorando a discussão, uma das mais interessantes desde que comecei a ler este blog. Mas gostaria de chamar a atenção para que tipo de mulher estamos falando.
Parece que estamos nos referindo as mulheres que tiveram acesso ao estudo de qualidade, que puderem ter opção de vida,mas sabemos que a realidade de nosso país se encontra em uma situação bem diferente.
Podemos constatar a quantidade de mães solteiras, em grande parte muito jovens e pobres, que sobrecarregam as avós maternas, enquanto os pais das crianças mal pagam a pensão em dia.
Isso me preocupa muito,por isso coloco a questão aqui e gostaria de saber a opinião de vocês.
Nessa condição, aonde se encontra a opção? Não estou tirando a responsabilidade dessas moças e rapazes,mas como eles entram nessa discussão.
Também estou percebendo que aos poucos, os comentários estão se tornando mais interessantes que o próprio texto,mas isso também é válido Xico, despertar o debate!
Um abraço!
Muito bem Leticia
A sua opinião foi a mais sensata, imparcial e menos feminista, que lí entre todos estes comentários aquí expostos, sendo uns educados e outros esdruxulos. Se todas as donas de casa pensassem como você, teriamos um mundo bem melhor, mas, infelizmente, esbarramos neste aspecto que aborda, sobre a escolaridade das mulheres do terceiro mundo, que é quase nula, impedindo que esta prática da liberdade para o trabalho condigno, se concretize, de maneira a poder suprir a subsistência e educação da familia, sem o ônus pesado carregado pelo marido.
São muitas as mulheres que deixariam de trabalhar para cuidar dos filhos e ganhar essa bolsa. Já são inúmeras as que fazem isso sem ganhar o incentivo! Acredito que tem muitas que não o fazem justamente por não poder abrir mão do salário que recebem. Não vejo isso como retrocesso, muito pelo contrário!!