Tons de cinza e o erotismo para mulheres
30/07/12 13:59Muito barulho por uma versão “Sabrina” de luxo, para ficar apenas no nosso mais famoso romance de banca.
Trato do badaladíssimo “Cinquenta tons de cinza” (ed. Intrínseca), da escritora britânica E.L. James.
O luxo, no caso, fica por conta dos personagens: uma estudante de literatura e um jovem bilionário. Anastasia e Christian Grey. Tudo muito chique.
No mais… Um erotismo que não engata.
Não sei, a não ser por ter vendido milhões lá fora, qual razão faz a mídia brasileira ceder um latifúndio de espaço a tal brochura.
O principal apelo do bestseller seria um erotismo capaz de incendiar as mulheres. Será?
Tentei fazer uma leitura sem preconceitos. Mas foi dureza. Intercalei o calhamaço com vários livrinhos de banca. “Sabrina” é mais caliente, sugestivo e não precisa focar o tesão em uma espécie de Eike Batista versão sadomasoquista de butique –caso do mr. Grey.
Desculpa Srta. James, mas fui educado pelas aventuras da espiã Brigite Montfort, do gênio da pulp-fiction Lou Carrigan. No Brasil as capas eram feitas pelo artista Benício –o camaradas acinzentados acima dos 45 anos sabem do que estou falando.
Creio que exista uma certa diferença entre o erotismo/pornografia para homens e para mulheres. Em vez dos tons de cinza, amiga, pegue logo um livro da Anaís Nin. É literatura sem chatice e infinitamente mais excitante.
Outro dia deixei dez sugestões de outros escritores do gênero. Você pode conferir aqui o post ainda em chamas.
Ou simplesmente largar os livros e criar você mesmo o seu enredo. Muito mais interessante. Seja erótico ou pornográfico.
Aliás acho besteira fazer tal distinção entre erótico e pornográfico.
Meu advogado de defesa, nessa tese, é bem fraquinho: o escritor francês André Breton. Repare no que ele disse: “A pornografia é o erotismo dos outros.”
O que acha?
Nada mais “literatura erótica” que um bom catecismo. Principalmente os paridos da mente do Carlos Zéfiro
Ainda não li, mas o erotismo para a mulher é diferente para o homem.
Ainda não li, mas o erotismo para a mulher é diferente do homem.
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Ahhhh… Brigitte Montfort (as capas, as capas!). Li todos. Mantinha-os guardados a sete chaves dentro de uma caixa no armário. Um dia (tempos depois, quando deixaram de ser publicados) minha mãe fez faxina e jogou tudo fora. Se não morri de síncope cardíaca naquele dia, nunca mais morro. Tornei-me imortal.
Isso porque não foi comentado nada, sobre a mãe da Brigite Montfort, a grande Giselle de Montfort “A espiã nua que abalou Paris”.
Xico, curti sua crítica, mas também tenho que confessar que curti o livro! Não tenho tanto background quando se trata desse tipo de literatura, e talvez seja a minha falta de referência, mas achei que foi uma boa distração, além de dar boas idéias… 🙂 Claro que não é nenhuma obra prima da escrita, mas me manteve entretida, então ponto positivo! Já li os três, agora vou pras suas indicações!