Kassab contra os feios, sujos e malvados
18/07/12 19:08Iria escrever sobre amor, óbvio uluante, a pegada de sempre, a minha religião e minha crença: a mulher.
Mas depois que vi esse vídeo, enviado por um amigo, guardei a devoção na gaveta do lirismo e não me aguentei. A indignação trouxe fogo às ventas.
Veja e repare se não tenho razão.
Não que seja novidade. A política de higienização do Sr. Kassab é velha conhecida em SP. Agora a limpeza se junta à covardia contra os feios, sujos e malvados.
Não é só uma questão de micropoder dos guardas municipais. É a política do kara.
O gás pimenta, como vemos no vídeo, é uma ação permanente da prefeitura para afugentar camelôs e moradores de rua.
A mesma gestão que fez a rampa antimendigo, a fonte antibanho de menino, a grade dos viadutos, o banco de praça que não permite o sono –tem uma barra de ferro que impede que alguém se deite- e outras invenções do design fascistóide.
O mesmo kara, espécie de Jânio Quadros sem álcool, que proibiu o cachorro quente nas ruas, que lacra com uma parede as portas dos botecos que não se rendem à velha máfia dos fiscais.
Se Jânio Quadros passava a vassoura, o kara passa o rodo.
O kara que tentou acabar com a vocação boemia de SP. O kara que não faz, proíbe.
Bonito, seu Kassab.
… cada povo tem o prefeito que merece!
eu tiro o chapéu pra quem consegue escrever um texto desses… na fsp!
Toda essa violência praticada por ignorantes travestidos de “guardas” municipais(?) com o apoio de parte da população reacionária da direita cheia de ódio, puxa-sacos, cordeirinhos. Babaca veste uma farda e sai por aí agredindo covardemente pessoas indefesas. Se perderem essa boquinha (a farda) provavelmente irão juntar-se aos moradores das ruas.
Essa prefeito não tem mulher?
A cena do gás de pimenta é de uma covardia… Mas de uma covardia tão grande, que chega a doer na gente. Mas o que dói mais é tentar imaginar a sensação de impotência e revolta que o homem agredido sentiu. Em uma palavra: repugnante.
Lamentável essa situação e vem um sem cérebro dizer que vota no Serra. Dá licença..
É muito mais fácil fazer a higienização via brutalidade e violência, sem se preocupar com os cuidados com os desvalidos que o sistema bruto do capitalismo produz. Cuidar das pessoas postas à margem pelo sistema , dando-lhes moradia, saúde, educação e emprego é uma tarefa social trabalhosa humana e todos já sabem que isso não faz parte da pauta neoliberal dos partidos de direita que presam os “negócios empresariais”. Se o povo tivesse uma educação de qualidade saberia distinguir isso e votaria diferente. É um contra-senso que as classes mais pobres, que são a maioria, elejam seus próprios algozes.
Graças a ele São Paulo está se tornando uma cidade chata, sem graça e que não consegue resolver os próprios problemas. Ao invés de mandar um exercito de assistentes sociais, ele manda um bando de chucros com spray de pimenta.
Tapa na oreia, soco na pera e uma par de pernada…é poko pra esse kara…Kassab kansa a nossa vida.
Emerson, fico grata por ter me incitado a pensar, mas não achei tão simples seus conceitos… Compartilho:
Quando uma favela pega fogo não interfere no direito de ir e vir do outro e sim no de propriedade. O direito à moradia de uma pessoa é direito fundamental, não pode ser restringido porque há uma mera possibilidade de afetar a propriedade de outra. Deveria haver favelas ou pessoas morando na rua? Não, certamente. Mas, existem. Como vamos resolver? Não com regras, apenas.
Pensei também sobre o seu Estado de Direito: ele surgiu para limitar o poder do Estado sobre os indivíduos, veio o Estado Liberal (não intervencionista, é dessa fase o jargão: “o direito de um termina onde começa o do outro”). Mas, os capitalistas passaram a achacar demais os trabalhadores e acabaram entendendo que até para garantir o lucro era necessário manter os explorados vivos e com um mínimo de proteção (direitos sociais). As grandes guerras mundiais mostraram que o papel aceita qualquer coisa e que um Estado de Direito (regido por leis) nada significa se não se entender que alguns direitos são inerentes às pessoas, que elas já nascem com eles, não precisam que um Estado os atribua a elas através de uma lei (direitos humanos e fundamentais). A CF 88 traz um grande leque de princípios, direitos fundamentais e garantias. Mas, ela toda se pauta em um superprincípio, que norteia todos os outros, que é o da Dignidade Humana. Ele tem força de norma, pode ficar tranquilo (diz-se que é uma norma constitucional material). Nada tem de utopia. É a partir da dignidade humana que devemos pensar tudo, OK? De todos, não apenas de uma parcela da população, seja ela qual for.
Fabi, não a conheço mas já virei sua fã. Muito boa argumentação. Estou cansado de ver os comentários da folha pobres de argumento…viraram palco de guerrilha política (petistas x serristas). Ora, pensar a cidade ninguém quer…olhar para o cidadão que mora ou trabalha aqui, ninguém quer…sou paulistano, filho de paulistas, neto de paulistas…e tenho vergonha desse pensamento ridículo estilo “pátria paulista”.
Luiz, não sou paulistana mas gosto muito da cidade que me acolheu, abrindo portas e percepções, mesmo com suas inúmeras contradições.
Creio mesmo que uma das coisas mais interessantes de São Paulo é justamente esse encontro de todo mundo e de todos os jeitos. Adoro.
Mas, é uma moça caprichosa sua cidade: a alguns acolhe e tudo oferece – e esses somos imensamente gratos – a outros rejeita sem dó.
Abraço.
Fabi, se o tal favela que pegou fogo comprometeu a estrutura do viaduto que tem que ser fechado para manutenção por meses isto interfere sim no direito de ir e vir de outros e isto já aconteceu várias vezes em são paulo. Quer ver um bom exemplo da transformação da parte de baixo de um viaduto em centro de convivencia e cuidado para pessoas carentes? vai no viaduto na Radial Leste que fica na região do Braz, lá voce vera um bom exemplo.
Com relação a questão central aqui, que nada tem a ver com discussão partidária, é um assunto complexo e sim é uma utopia, tanto que você falou, falou, falou um monte de coisas bonitas, mas nada mencionou de pratico e efetivo para mudar a vida das pessoas carentes, não basta apenas criticar o capitalismo, que é realmente muito “imperfeito” e contribuiu para a criação de grandes diferenças, porém até agora, ninguem conseguiu propor uma alternativa viável, já que o socialismo não funciona e não funciona porque esta ideologia simplesmente ignora a natureza do ser humano, que é composto de uma variadade muito grande de tipos, o bom, o mau, o legal, o ruim, o trabalhador, o vagabundo, etc, etc e são estas diferenças todas que tornam este conceito de direito universal uma utopia, no limite, como ter direito sem ter algum dever?? como alguem quer algo se não faz absolutamente nada para isso? só por ser humano? desculpe, mas sendo assim, sempre teremos humanos ralando em prol de outros o que também não é justo. Então tente propor algo ou dar algum exemplo concreto destas idéias bonitas virando realidade, viável é claro. Abraço.
“O kara que não faz, proíbe”. É isso aí. Um país governado na base da canetada, artifício truculento de quem não tem competência.
Pôxa vida, Emerson, eu tinha tanto orgulho de ser chamada de pragmática e vem você me dizer que sou utópica! (rs). O que eu falei sobre dignidade humana e princípios não é só um amontoado de coisas bonitas, o mundo das leis que você tanto admira já os reconhece e persegue – e, olha que o Direito vem sempre de arrasto ao que a sociedade quer e precisa, muitas vezes até contrariando seus interesses.
Então, sim, só por ser humano você já tem direito à vida (digna), à saúde (física e mental), à educação, à liberdade, não podendo ser torturado, exterminado, escravizado etc. Nenhum direito é absoluto, eles são passíveis de limitações, mas a proteção da integridade física e psíquica deve acontecer somente porque se é humano. E quem deve garantí-la são os Estados, soberanos uns em relação aos outros, mas comprometidos entre si com esses postulados. E todos nós temos responsabilidades também, não nos livramos delas indo às urnas e delegando aos políticos o nosso poder (ele “emana do povo”).
Precisamos discutir alternativas, pensar a cidade coletivamente, reocupá-la.
Como penso que podemos resolver nossos problemas sociais? Não sei, talvez, primeiramente, tomando-os como “nossos”, percebendo que a questão do cara ao lado (ou da calçada em frente) solucionada vai melhorar a vida de todos. Pessoalmente, acredito nas iniciativas das comunidades, dos bairros, a partir das características e recursos disponíveis (materiais e humanos). Vi muita coisa dar certo assim. As associações de bairro ganhariam muito se pensassem a partir de uma ideia de “inclusão de todos” ao invés de “proteção contra todos”, como é atualmente.
Paralelamente, exigir políticas públicas voltadas para a solução de problemas sociais, pensadas a partir de suas causas e não das consequências, o que hoje não existe.
Para terminar, só duas coisinhas sobre utopia:
– o cineasta Fernando Birri a compara ao horizonte: é para onde olhamos, se andamos dois passos em sua direção, torna-se mais dois passos distante. Olhamos, andamos e novamente se afasta. De acordo com ele, a utopia serve para isso: para nos fazer caminhar.
– no sentido que você colocou, como algo viajante e inalcançável: existe algo mais utópico que acreditar que uma proibição, uma lei, um pedaço de papel sozinho, tem o poder de mudar uma realidade?
Abraço fraterno.
A Lei Cidade Limpa, foi um acordão entre o Tachab e a mídia vendida, ele obrigou quem quizesse anunciar, a comprar espaço na mídia em contrapartida a mídia falou bem dele até romperem por motivos escusos.
Ele corta o sopão, e oferece o quê no lugar? não permite que os bancos de praça sirvam de abrigo, e qual a política de moradia para os mais pobres? ele impede os bares de funcionarem até tarde, e o quê propõe para a cidade que trabalha até tarde, qual a proposta de turismo? Esse bando do Kassab é doente!
É isso aí, Debbie, pátria malhada, pátria xadrez, pátria de bolinhas azuis com pontinhos brancos, ainda bem!
Aliás, apareceu mais um atrás de regras.
Gente, entra pro exército, marinha ou aeronáutica, eles aceitam e gostam de gente assim. Começa borra-botas e termina borra-botas também. Não precisa pensar nem se está desrespeitando ou não o outro, ou quem é o outro. Aliás, não precisa nem conseguir pensar rasinho, tipo que “respeitar o outro é uma regra também, então, temos um conflito, como é que fica? ” É só obedecer.
E depois de um tempo pode-se até chegar a um posto mais alto e cagar regras, desejo-mor.
A carreira política propicia tudo isso também.
Ora bolas, desde quando o viaduto limpinho ou a calçada na frente de casa são mais importantes que o direito de alguém de ir, vir e permanecer na via pública?
Esse negócio de “levar pra casa” é pura falta de argumento. Não é preciso levar para casa, discutimos a polis e os seres humanos que nela convivem.
I love you Xico Sá! Sejamos piegas enquanto não proíbem!
Quando uma favela embaixo de um viaduto pega fogo, além das perdas de quem la morava, interfere do direito de ir e vir dos outros, só para desenhar em exemplo simples para voce. O direito de um termina quando começa o do outro, que também é um conceito bem simples para ver se voce pensa um pouco. Interessante como tem tanta gente inocente que adora uma utopia. Alias, entenda regras como lei, estado de direito, etc.
Haverá tb outro evento:
Protesto-Ato cultural-Sopão contra a higienização
Sexta, 27 de Julho de 2012, às 17h
Prefeitura da Cidade de São Paulo
Viaduto do Chá, 15, São Paulo.
http://www.facebook.com/events/265020063603551/
Politica “higienista”, rampa anti-mendigo em viaduto… legal seria uma politica do deixa fazer tudo né? viaduto construido já adaptado para abrigar favela né? Deixa de ser irresponsável, para se viver em sociedade é necessário ter um minimo de regras, senao a coisa descamba totalmente e olha que aqui já tem muita zona e é muito fácil rotular qualquer um de fascista e se achar um “progressita”. Leva um “sujo e feio” que vc não conhece para a porta da sua casa.
Capacidade de indignação é o que falta, as pessoas se acostumam muito rapidinho com o que não deveriam tolerar nem em sonho.
Alexandre Moraes, “Pátria Paulista” brincou, né?!
Muito plataforma néh? meio cara de pau..sei la….tomara que passe logo o bode não SEM MOTIVOS do cabra-da-peste que com certeza deve ”incomodar” muita gente (homens então rs) Alexandre ” Lopes” tem um sonzinho do Caetano que diz… Xô xuá cada macaco no seu galho,,xô xuá eu não me canso de falá, então? bora lá ”patria paulista”, patria malhada! ( e o Xico que é piegas, ri agora) Fabi desculpa,mas não resisiti rs Bjo!
Jânio Quadros de saias, você quis dizer?
Muito pertinente o artigo. Procure no google: LIVRO CIBERCÉLULAS. Este livro irá te surpreender!!
hul, hul, hul eu nao sou feia não! Sou mulatona gostosona e tenho um cuzão. Vem pra cá e me pega, seu xico safadão. Cueennnn!!! Ninguem me quer, nao ahuahuahuahuahuahua
Gostei do tema abordado e isso me fez entrar no Blog. Poxa, decepção demais…
Texto fraco e piegas, apelativo, cheio de enfeites, parece peça teatral de quinta categoria.
A Guarda Civil comete um erro, a culpa é do Prefeito de SP.
Faça-me o favor, procure algo mais interessante pra falar, no mínimo, respeite que vem ler o Blog, escreva com inteligência.
Decepção é palavra unica pra refletir o que senti lendo…
Muito fraquinha a crítica!
É fraca porque é pobre, metida a VINTAGE, piegas, porca e principalmente fácil.
Abraço!
Eu vou de Serra por ser a unica opção digna e sincera pra quem ama a Pátria Paulista.
Mas que cara mais babaca!!! Só podia ser eleitor do Serra mesmo!
Tá na ‘cara’, tá na escrita!
Eita cabra mais besta, esse que vai votar no Serra!!!
e a pergunta é uma só, aquela que não quer calar: VOCÊS VÃO MESMO ELEGER O SERRA?
Queria compartilhar com vcs essa homenagem a esse grande homem!! http://www.youtube.com/watch?v=k_l6nw1wSkw
Muito bom ! Quanto ao “Pátria Paulista”, triste, digno de pena. Quer criar um mundinho particular…
Pra essa gente, o culpado pela pobreza é o pobre. Sendo cria de quem é, tá explicado.
o que mais me incomoda é que ainda existem muitas pessoas que nao enxergam a insanidade do Kara… ou que ainda vendem seus votos… veto nele…. o kara é o caralllhh
O KASSAB é o PITTA do Cerra.
Esse Kassab não é gente, é um monstro, é uma aberração da natureza!
Nojo do Kassab, nojo..
É de fato chocante as cenas que somos obrigados a ver e lamento muito ter que dar razão a sua ”indignação” e ao invés de lermos suas deliciosas cronicas darmos espaço e até mesmo compartilhar esse, ja que tu tem o poder de ser ”ouvido”, lido….e passado adiante essa lama toda, numa tentativa de nos sentirmos menos pó.Um bjo em ti pra adocicar um pouco tanta rudeza…
faremos um ato artístico dia 26, às 14hrs para protestar contra a política higienista facista de kassab! segue o link do evento no facebook! Você xico e todos aqui, mais que convidados!!!
https://www.facebook.com/events/118903088254754/?ref=ts
Boaaa Marcio! Estarei Lá!
É chico prefiro as pipocas salgadas nos terminais do Recife…. aquecimento prum boteco mais a noiteee.
Obrigado a moçada que votou no Serra em 2004 e no Kassab em 2008. Antes São Paulo era um lugar bacana de se viver. Hoje estamos virando uma Auschvitz Mauricinha. Quem não se enquadra vai pro forno. Triste, mas real.
Lugar bacana de se viver? Tem certeza que está falando de SP?