Maria Teclado e o sexo na Flip
05/07/12 14:39Ao contrário dos festivais de música, teatro e cinema, as farras literárias, como a Flip, costumam ser mais conservadoras em matéria -sejamos diretos, sem metáforas -de sexo.
A literatura ainda guarda uma certa solenidade. Basta ver a quantidade de fotos de escritores com mão no queixo.
Mas nada que uma Maria Teclado não possa mudar o cenário careta. Um país se faz com livros e Marias Teclados. Elas salvam a Flip.
Assim como a Maria Chuteira se derrama de amores pelos jogadores e a Maria Gasolina aprecia os felizes portadores de carrões, a Maria Teclado vem a ser uma íntegra e romântica gazela que ama os escritores e os seus volumes, suas obras completas, capa mole ou capa dura.
Num país que pouco se lê, tem coisa mais bonita?
A MT é uma criatura generosa e pratica, nas baladas literárias, Flips, bienais etc, o sagrado e bíblico direito da conjunção carnal, abandonando o mítico posto de musa.
Para um escritor ainda não muito flipável ou conhecido, a maldição literária é a melhor isca para levar uma Maria Teclado à alcova. Vale por uma estante de prêmios jabutis.
Os marginais sabem, como no mantra do Eduardo Cac, um dos nossos representantes da geração 70, que “para curar um amor platônico somente uma trepada homérica.”
Não carece, porém, repito, preocupação alguma com vosso gênero ou estilo. Pasme, até os cronistas, velhos praticantes deste gênero que é o caldo-de-cana com pastel de feira da literatura, têm direito a amantes talhadas para o tecladismo.
A Maria Teclado possui um caráter inoxidável. É raro uma MT que ama um ficcionista cair de amores, mesmo com a crueldade outonal do calendário, por um milionário mago da autoajuda.
Somente sob efeito de tonéis de Maria Izabel, a cachaça oficial da Flip, uma MT pode embaralhar os gêneros, os estilos e as vocações, fazendo da taberna literária um saloon do velho Oeste. Os civilizados ficcionitas também vão às vias de fato.
O normal, porém, é a fidelidade, ao contrário do que ocorre com as Marias Chuteiras e Gasolinas. Estas carecem de status e não curtem ostracismo.
Ter uma MT é um luxo sob qualquer ângulo. Para começar, ela é antes de tudo uma leitora. Voraz ou não, estuda o seu alvo, nunca larga um livro antes da vigésima página -se bem que existem MTs que sabem dar o truque tanto quanto os resenhistas de plantão dos nossos jornais. Haja leitura dinâmica.
No geral, ressalte-se, a Maria Teclado é uma mulher séria, honesta, lida mesmo, capaz de dizer no ouvido do mancebo parágrafos inteiros dos seus livros obscuros. Inclusive daquela primeira publicação que o autor renega e abomina. Nestas ocasiões é broxada na certa, deixa quieto, não era esta a intenção da mademoiselle.
Como não se trata de uma interesseira, está mais para uma admiradora, uma MT pode dar em uma ótima e legítima esposa. Isso não significa que sejam umas Amélias. É atividade que abraça por vocação, zelo e gosto.
Não há limites para as qualidades de MT. Muitas vezes também escrevem, na moita, revelando aos poucos os seus papiros. Muitas superam os seus maridos, como a Simone de Beauvoir, que começou como MT e fez-se uma escritora mais palatável do que o bofe existencialista.
Sim, os Zés Teclados também já se encontram em Paraty. Bom proveito a todos.
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Elizabeth Saxe Coburg-Gotha is an evil woman, why do we slave away at work our whole lives for money with her face on
Nao MT, mas me encaixo perfeitamente em outra categoria: Maria Nanquim. Tal e qual a MT, pero habitante de eventos de quadrinhos… Ainda somos poucas, mas a classe anda bem representada!