Quando os Beatles gravaram "Asa Branca"
24/06/12 01:20“Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo…”
Essa é a música junina mais bonita de todos os tempos. Mas hoje, aqui na queima da fogueira caseira do inconsciente, lembrei de um belo episódio.
O dia em que inventaram, e foi seguramente em uma festa no Nordeste, que os Beatles haviam gravado “Asa Branca”.
Eu era um garoto que amava os Beatles e curtia Luiz Gonzaga, como muitos do meu tempo no interior do Nordeste. Alguém aí do fundão se levante agora, please, para dizer que não estou mentindo?
Quem era mais invocado, radical, digo, trocava os Beatles por Rolling Stones, mas dificilmente desprezava Gonzaga.
Como um tio, o Nelson, apresentava um programa de rádio, no Cariri, que só tocava Beatles, fiquei mais chegado aos “cabelinhos pastinha”, assim eram tratados lá em casa os meninos de Liverpool.
O comum era misturar a música universal de Gonzaga com a música regional inglesa ou a música regional americana, caso de Elvis e outros tantos.
Somava-se a essa tertúlia sonora os cubanos do bolero, vide Bienvenido Granda, “el bigode que llora”, o preferido do meu pai até hoje.
Muitas vezes tomávamos conhecimento dos gringos, falo da parte do rock, por intermédio de “Os Incríveis”, “Os Pholhas”, “Renato & seus blue caps”… e tantas outras pérolas derivativas.
Foi no “Beatles, ontem, hoje e sempre”, programa do meu tio citado acima, que acabei com a lenda de que o afamado conjunto inglês havia feito uma gravação em disco de “Asa branca”, grande sucesso dos nossos vizinhos Gonzaga (Exu, Pernambuco) e Humberto Teixeira (Iguatu, Ceará).
A imprensa havia espalhado a mística.
Chegaram a dizer que nada passou de uma graça do radialista Carlos Imperial, da cidade do Rio de Janeiro, maluco genial e folgazão metido a fazer esse tipo de lorota.
Nada disso, amigos, meu tio matou a charada.
Foi lindo e inesquecível aquele dia: é que os trinados iniciais de “The Inner Light”, de George Harrison, lembram por instantes “Asa Branca”. E o mais importante, o que talvez tenha dado início ao boato: a música é quase igualzinha a “Mulher Rendeira”, outro clássico do cancioneiro nordestino. Ouça aqui e compare.
Por volta de 1985, na condição de jovem repórter, encontrei Gonzagão no Recife. E caí na besteira de perguntar sobre o assunto. No que ele sorriu, me deu um abraço carinhoso, havia conversado várias vezes com o gênio, e me disse, mirando os mares do Pina, lá no restaurante Maxime´s:
“Escute essas coisas não, meu fio, mas que é verdade é. Era os Beatles tentando se promover às minhas custas”.
Imagina a gaitada que o Rei soltou nesta hora.
Bom São João a todos, esta festa que no Nordeste consegue ser mais importante do que o Natal, Carnaval e etc. Mentira, Terta?
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Só falta tu Xico aqui no nosso São João.
E a música se parece mesmo? Parece. Parece, não. Nem com um tiquinho de fé.
amigo,é uma lenda na vida do Gonzaga.o resto,como digo no fim,pergunto se é verdade,Terta?abraço
Sensacional… De nenhum lugar do mundo poderia ter nascido uma história dessa além do nosso nordeste…
Bela lenada nordestina-mundial.abrazo
Luiz Gonzaga foi convidado a fazer parte dos Beatles. Chegaram a ensaiar e gravaram um compacto duplo com “No frills (Sem fuleragem)” e “Numa sala de reboco (Unfinished room)”. O problema é que Lua queria a todo custo que os cinco se vestissem com gibão, chapéu e óculos escuros, o que até foi aceito pelos Fab Four, mas vetado por Yoko Ono. Como última homenagem a esta passagem meteórica pela banda, o velho Lua gravou Xote dos cabeludos, em 1967.
Só voce mesmo,Ze Dantas,para compreender o carater lendário do meu post.Volte sempre.abraço
Que coisa mais doce!
Na verdade quem gravou uma versão para a músca Asa Branca(White Wings) foi Demis Roussos no ano de 1975.
O Luiz assim como os meninos ingleses é genial nas melodias e mestre em harmonias, gosto de comparar os dois, musicas chiclete bola que estoura e cola no cérebro, fosse o Gonzaga cantor em inglês, Jesus mais uma vez ia ter que dividir sua condição de pop star, e talvez o brasileiro aproveitaria melhor seu talento pra inventar musica boa.
Eu fazia parte do radicalismo, curtia (curto até hoje stones), mas nunca deixei de me emocionar com o velho Lua. Mas, também, nunca desprezei os “cabelos de pastinha”.
A verdade é que Paul ficou tão fascinado com Asa Branca que quis batizar seu grupo pós-Beatles com o nome White Wing, mas o alertaram que estava muito na cara e poderia ser processado. Então deixou só Wing, acrescentando um “s” para despistar mais e ficou “Wings”. Mas em seu quarto havia um pôster de Gonzagão, diante do qual ele toda noite ajoelhava e rezava, pedindo a mesma inspiração daquele cabra.
Muito linda essa memória de música e festa.
Em alguns momentos de The Inner Light, de George Harrison, a sonoridade lembra algumas músicas nordestinas, mas é pura música devocional indiana, à qual GH dedicou-se por um tempo. My Sweet Lord – que amo apaixonadamente – é uma pérola dessa fase. As semelhanças entre músicas criadas em lugares distantes confirmam a universalidade da música e o acesso a ela via psique coletiva. Tudo pertence a todos nós. Então, podemos amar o que é geografica e culturalmente distante. George amou a música indiana. Nós amamos a música de Gonzaga, de George e os Beatles, de Elvis, de Charles Aznavour, de Gardel, de Bach…
Para ilustrar a reflexão, um trecho de The Inner Light:
Without going out of my door (Sem sair de casa)
I can know all things on earth (Posso saber de todas as coisas)
Without looking out of my window (Sem olhar pela janela)
I can know the ways of heaven (Posso saber dos caminhos do céu).
I can know all things on earth (Posso saber de todas as coisas da terra)
pessoal…o pior é que é tudo verdade…e tem um registro em video…tudo aconteceu em Campina Grande..no maior São João do Mundo…tem um documentário…vou enviar o link abaixo…assistam.
http://vimeo.com/31093862
Ótima citação Maisa.
Beleza de crônica Xixo ,
…isso é que Astral bão !!!
a parte de asa branca eu tenho minhas dúvidas, mas muié rendeira tá descarado.
Nossa,será que até o Beatles conheciam
LuiaGonzaga?Se, sim,que ótimo!
E é por tudo isso que o Nordeste encanta a todos…
Todos de nossa geração viveram essa maravilha: de um lado, o rock, os cabeludos, de outro os idolos de nossos pais (no seu caso Bienvenido Granda), Luiz Gonzaga, João Gilberto, Nat King Cole, Dolores Duran, no meu caso! Tinhamos muito maior diversidade e consequentemente, opções!
Eita, Chico, agora você foi fundo!
Descreveu tudo o que também vivi lá em Patos, Sertão paraibano, na adolescência!
Que maravilha você manter essa fogueira acesa no seu coração!
“O comum era misturar a música universal de Gonzaga com a música regional inglesa ou a música regional americana, caso de Elvis e outros tantos, como os cabras do Mississipi etc.” hahahaha boa gostei da inversão.
:)!
“Escute essas coisas não, meu fio. Mas, que é verdade, é”
Gonzagão, um frasista sempre genial.
Pena que não virou música