Receita para fugir do arrastão
18/06/12 14:41Que Le Cordon Bleu que nada. Chega de molhinhos picaretas aos olhos da cara.
Em tempos de arrastões na capital gastronômica do país, este blog, sempre preocupado com os pratos de resistência do macho-jurubeba, compartilha uma receita para você fazer em casa e chamar os amigos.
Chega de frequentar jantares à luz de velas e ser incomodado com um cano fumegante da arma do bandido.
Os altos preços de SP também não são nada animadores. Em muitas ocasiões, você até torce para que o ladrão chegue antes da conta.
Sinta-se à vontade, mestre Alex Atala, para seguir a fabulosa receita enviada por dona Maria do Socorro, minha santa madrecita.
O prato é aquele mesmo que FHC, o príncipe, disse ter comido muitas vezes na sua temporada parisiense. Referia-se, obviamente, a “tripa a moda de Cayena”.
Como diria o mesmo ex-presidente, à “buchadá de bodê”, s´il vous plaît:
1) Limpa-se o fato do carneiro, do bode ou do cabrito. Bem limpo, utilizando-se água e limão.
2) Leva-se ao fogo até aferventar bastante; até perder o cheiro ruim, diríamos.
3) Escorre-se a água e lava-se novamente com água, limão e sal, que é para perder realmente o cheiro.
4) Cortam-se bem miúdas as tripas, o fígado e o sangue coalhado. Deixa-se inteiro o bucho propriamente dito.
5) Faz-se o tempero dos miúdos com hortelã, bastante pimenta-do-reino, alho, sal, salva ou coentro, cebola roxa. Tudo bem ralado e com um pouco de vinagre.
6) Misturam-se bem esses temperos aos miúdos.
7) Coloca-se tudo no bucho, depois deste aberto estendido sobre a mesa, e junta-se a cabeça do carneiro, do bode ou do cabrito (que haviam sido cozidos à parte e com os mesmos temperos) e mais um pouquinho de arroz.
8) Costura-se o bucho como se fosse uma trouxa, contendo todos os ingredientes citados acima, ensacando tudo.
9) A panela tem que ferver por um mínimo de cinco horas; lembre-se: você não está sob a melancolia dos fast-foods.
10) À parte, faz-se um bom pirão e mais arroz, com o qual a buchada será servida.
11) Para o acompanhamento, genebra ou aguardente.
E você ai, amigo, qual a sua comidas sem frescuras predileta?
Bom apetite.
Quem come isto até pode fazer um 96 ao contrário, pois terá coragem pra tudo.
Só em ler esta receita perdi a vontade de almoçar. Com tantas coisas boas no mundo não vou perder meu tempo com comidas no mínimo “nojentas”
Na verdade fico numa dúvida enorme sobre qual seria meu prato predileto! Um bom cozido de músculo, com direito a maxixe, jerimum, batata doce entre outros legumes e tubérculos (sem falar no pirão!) ou uma maniçoba saborosa a moda do recôncavo baiano! Hummm!!
O famoso Mininico esse prato ai, Xico
Muiiito bom a buchada! -Dois pratos fantásticos pra acompanhar a cerveja nossa de cada dia: miolo de boi empanado (facilimo de fazer),e içá (bunda de formiga torrada) um manjar dos deuses (também fácil de fazer) o dificíl é achar as formigas; elas só saem uma vez por ano, entre outubro e novembro, após a primeira tempestade de verão!
Que tal uma costela bovina, batata, cenoura bacon, linguiça calabresa, cebola, alho, pimenta, cominho e sal a gosto…
Frite o bacon e resve, aproveite a banha do bacon e frite a calabresa e reserve, no óleo que restou frite a cebola alho acrescente a costela já temperada com sal pimenta e cominho e o restante dos ingredientes e deixe por 30 minutos na pressão… aproveite depois e faça um pirão… fantástico!
Depois dessa, ó: brochei por completo!
Nem acho mto estranho, mas tem quem não aprecie o meu prato favorito: Frango ao Molho Pardo – o bichinho cozido no sangue, que faz o melhor molho do mundo pro arroz e pro quiabo. Mas fui criada na casa do avó, tomando cerveja preta de noite (n sei p q ele dava), comendo torresmo cascudo, fígado como regra e língua nos dias especiais. Hj ando mais civilizada, até pq a maioria dos rapazes encaram, no máximo, um japa.
grande prato! infelizmente tentaram tirar d circulação em sp,em nome da vigilancia sanitária. O kassabismo impera!
vem pra minas! aqui até o vigilante sanitário se lambuza!
Mi, com o devido respeito, mas acho q vc deveria parar de andar com “rapazes” (provavelmente bem alegres) e começar a andar com homens.
Eu curto um japa também, mas coloca uma rabada, uma dobradinho, um mocotó ou (q saudade!) frango ao molho pardo na minha frente e veja se não me farto (a mulherada aqui faz cara de nojo para essas delícias). Fígado? Se desse, comia todo dia!
E como disse o Xico, aqui em Sampa, já não se encontra mais uma série de coisas, bem como alguns lugares “especiais” (lembra do “antigo” Sujinho?), por conta da Vigilância Sanitária cuidando da saúde delicada dos “rapazes”…
vixe, acertou. só resta aceitar esse puxão de orelha. penduro o cartaz: ‘há vagas’. seleção: acepipes mineiros sem cara de desgosto.
Essa buchada deve ficar boa mesmo Xico. Vi aí a galera falando de sururu de Maceió, terra do nosso ídolo Graciliano Ramos: reli Angústia, bom demais! Mas volvendo o foco para o rango – já que esou em Buenos Aires agora – meu pesado favorito é CHAMBARIL! Adoro, principalmente o do Bode Dourado (ou Cabeça Branca) do lado do Mercado da Encruzilhada no Recife…e o caldinho de Chambaril de entrada é tudo! Valeu!
Está na hora das autoridades começarem a se mexer. Cadê o sr. Kassab que ainda não emplacou uma Lei proibindo arrastões nos restaurantes paulistanos. É só pôr uma Lei dessa em vigor e começar a multar os restaurantes que permitissem esse tipo de má conduta em seu interior.
Adoro todas as comidas baianas “pesadas”, tipo sarapatel, caruru. Mas eu sou uma moça que nasceu no ABC… Então meu voto vai para o imbatível pão com ovo. De uns bacons em cima! Nhami!
Andu, pé e pescoço de frango ensopado. Beijo!
nossa,Marcia,Andu é bicho dificil de encontrar hj em dia.so consigo comer no Cariri.beijo
Em Santo André tinha o torresmo de boteco mais saboroso do mundo, no Bar do Bigode. Quanto a receita, o Bigode guardava a sete chaves. Surgiram algumas genéricas, depois que ele vendeu o bar e se mudou pro interior, mas não são iguais. Reza a lenda que o segredo era nas frituras multiplas, em temperatura de óleo diferentes e não uma fritura só como faz a maioria.
nao conheci, apenas ouvi a lenda de amigos da área. temos q descobrir o paradeiro do heroi bigode.abraço
Oi Xico, desculpe…mas essa receita me revirou o estomago…ECA!!!!
Não consigo nem imaginar alguém comendo algo assim. Beijo
mas é leve,viu,Rosana,talvez o preparo, totalmente sustentavel, dê essa impressão. os franceses têm coisas mais pesadas,como a tripa a moda de cayena etc.beijo.vou mandar uma receita mais leve depois.
Ei Xico, aprendi uma receita para a “dobradinha” não cheirar mal na hora do preparo: na primeira fervura, colocar uma colher de fubá com um limão capeta cortado em quatro. Deu certo, só que é dobradinha de boi diretamente do mercado central de BH. Abraços. Aqui ainda não tem arrastão. mas dobradinha com feijão branco tem.
é q dei a receita mais roots,mas hj tem varias manhas pra nao cheirar mal mesmo.essa sua é uma delas. beijo e gracias
Recomendo:
1) Sururu de capote (mas só presta o sururu retirado da lagoa mundaú, em Maceió). Minha mãe faz um delicioso, com pirão e arroz.
2) Fava com charque. Para comer com farinha e minha avó fazendo os “capitão”, com as mãos lindas dela.
Agora deu agua na boca. o sururu da lagoa do mundaú sempre foi uma das melhores iguarias do mundo. será q continua valendo ou destruiram,como quase tudo? fava com charque ou com bode é um dos melhores pratos do planeta. abraço
Ainda não conseguiram destruir o sururu, apesar do assoreamento do complexo lagunar (lagoas mundaú e manguaba), ainda existem algumas áreas preservadas. Mas esta cada vez mais complicado encontrar um bom sururu.
Mudando de pato pra ganso Xico ?
pouco sexy essa…rs pra mim !
Nada sexy.eh a realidade ,o cru e o cozido de levis strauss.bjo
Adoro caldo de mocoto!! posso passar a receita um dia. aprendi com meu pai, ele fazia o melhor de todos.
opa,passa sim,leticia.bjo
um bom sarapatel com farinha e uma cerveja gelada. nada melhor!
É preciso ter o ambiente, a coragem e o estoicismo sertanejo para realizar e/ou comer Buchada de Bode. Nada que paulistanos típicos possam apreciar. Não sendo paulistana, nem típica, não torço o nariz, simplesmente. Mas confesso falta de animo para experimentar. Surpreendentemente, amo Feijoada: prato quase tão exótico quanto. E gosto das típicas; com todas as partes do coitado do porco: orelha, rabinho… É a soma delas com as outras – mais nobres – que formam um bouquet final inigualável!
É,Maisa,é gastronomia para quem tem o paladar educado no Nordeste. Ou na Escocia, a provavel origem do prato. beijo
Como boa carioca, a feijoada é o meu preferido. Nada melhor que reunir a família, colocar a cerveja pra gelar e o feijão no fogo.
Caso não goste tanto de feijão, um churrasco também é sempre bem vindo. Com direito e pão com pasta de alho, farofa e maionese.
Depois disso, só sobram as risadas das boas conversar com os querido que estiverem a volta! 😉
feijoada é o grande prato nacional,creio.to dentro.beijo
A especialidade macho-jurubebense deste que vos posta, em matéria de iguaria, nada mais é que um suculento “cojones”. Inclusive já está encomendada a matéria prima, frente fria chegando e o estoque de Nega Fulô em dia está servido? A receita envio depois.
e se botar o nome do bofe dentro do bucho antes de costurar, o que acontece :)?
beijo, xico.
ai é mandiga certeira. ele volta correndo e se endireita,vira um bom homem.beijo
Basta ir no bar do biu e comer um belo baião de dois com mantega de garrafa…ali não tem vez pra bandido, se entrar a gnt deita hahaha
Biu é um dos meus preferidos.sempre to na área. la bandido nao folga nao. o sertão resiste. abrazo
churrasco: carne, sal grosso e fogo…nada más…
Essa daí eu nunca provei,deve ser bom!
Eu gosto mesmo é do velho picadinho com bastante legumes da minha avó,querida!
Beijo Xico.
Caro Xico, te conto o que foi o almoço de DOMINGO…Receita simples:
Um poko de arroz
Sarapatéu em grande quantidade(l), pimenta da boa, feijão de corda e aquela grande maionese de paraibano a farinha…. Boa semana à todos . . .
agora deu saudade d um bom feijao d corda.valeu.abrazo
TEM QUE SER MUITO MACHO PRA DEGUSTAR ESTA ALTA GASTRONOMIA JURUBEBAENSE. KKKKKK
fina gastronomia! alta classe.abra~ço
A minha comida sem frescura é das mais simples. Arroz e ovo. Isso de sangue e cabeça com bucho é demais pra mim. Jurubebice no último.
Tai a simplicidade q funciona. tb aprecio,mas o ovo tem q ser d galinha caipira ou d capoeira.bjo
Desculpa aí, Xico, mas para esse jantar vou declinar o convite…rs
pesado demais,Eli? pode ser no almoço.beijo