Livros fundamentais para ser bom jornalista
05/06/12 08:22Bora ler, amigos(as), assim como eu fiz, não vamos cair nesse conto que a nova Clase C é importante por si mesma. Empregada(0) só aparece em novela ou no “Fantástico” com destaque por causa do consumo besta e imediato.
Se você veio de baixo, jamais acredite nesse truque da visibilidade sem leitura ou sem educação.
Só Odair José, ídolo, 40 anos antes, cantou a bola e a empregada. A TV agora, repito, agora só quer beliscar o novo possível consumo. CRÁPULAS correndo atrás do atraso histórico.
A leitura decidiu tudo em minha vida e na vida de todos que vieram das classes populares.
Repito aí uma listinha para quem pretende escrever ou ser um bom jornalista:
A alma encantadora das ruas – de João do Rio (disponível por diversas editoras)– O dândi carioca sabia tudo sobre a arte de flanar pela cidade e tirar dela, ainda em 1908, belas histórias.
Um Bom Par De Sapatos E Um Caderno De Anotaçoes – Como Fazer Uma Reportagem -de Anton Tchekhov (editora Martins Fontes).Toda a riqueza de observação e detalhes que usava nos seus contos e peças, a favor do jornalismo-literário em uma reportagem de viagem.
Balas de Estalo – reunião crônicas políticas e de costumes de Machado de Assis –publicado por várias editoras.
Dez dias que abalaram o mundo – John Reed (ed.Conrad)–De uma forma eletrizante, punk-rock mesmo, o autor narra os acontecimentos da revolução russa de 1917.
Paris é uma festa – E. Hemingway (ed.Bertrand Brasil) –As pereguinaçoes boêmias de um dos maiores narradores americanos e a sua convivência com grandes artistas franceses. Para aprender a escrever e observar o mundinho artístico.
Na pior em Paris e Londres – George Orwell (Companhia das Letras, coleção Jornalismo Literário) –A experiência de miserável do autor de “1984”.Aula de escrita e humanismo pelos subterrâneos das cidades.
O Segredo de Joe Gould,de Joseph Mitchell (Cia das Letras). Aula genial de como fazer um perfil de um puta personagem praticamente anônimo de NY, um desses vagabundos que vemos por e mal sabemos da sua genialidade.
Malagueta, perus e bacanaço (ed.Cosac & Nayfi-João Antônio- O universo marginal dos salões de sinuca, rodas de sambas e madrugadas nos bares. Narrativa coloquial e maldita.
Dicas úteis para uma vida fútil -um manual para a maldita raça humana – Mark Twain (ed.Relume Dumará). Um grande almanaque com dicas de etiqueta, moda, comportamento, costumes. Tudo da forma mais mordaz possível. Pra rir e aprender.
O perigo da hora – o século XX nas páginas do The Nation (ed.Scritta). Textos de gênios do jornalismo e da literatura como Kurt Vonnnegut, H.L. Mencken, Gore Vidal, John dos Passos entre outros bambas.
O livro dos insultos – H.L.Menken (Cia das Letras) –Influência importante para muita gente no Brasil, como Ruy Castro e Paulo Francis, por exemplo, com Menken você aprende a ser crítico, ácido e ter uma pena maldita.
Medo e delírio em Las Vegas– (ed.Conrad) A lista não poderia faltar pelo menos uma obra-prima do rei do jornalismo gonzo, a forma mais maluca e ousada de contar histórias. Foi adaptado para o cinema em 1998, pelo diretor Terry Gilliam.
Sim, não esqueçam, tudo do Nelson Rodrigues, óbvio ululante.
Mais sugestões, por favor, vamos enriquecer essa estante. Ja vi aqui que faltou Capote, ja vi aqui que faltou Lima Barreto… Só vocês salvam, amigos!
Caro Xico, faltou o mestre Fernando Morais. O cara é a minha referência literária. Posso citar: Olga, Chato o Rei do Brasil e A Ilha.
Xico, não pode faltar Shakespeare (MacBeth, Rei Lear, Tito Andrônico, Hamlet) e os gregos em geral (Homero, Heródoto, Tucídides, Plutarco), simplesmente porque TUDO está lá.
Cadê a Stephanie Meyer? hehehehe, brincadeirinha!!!!
Cabeças de Segunda-Feira, Ignácio de Loyola Brandão
“Como vencer um debate sem precisar ter razão”, Arthur Schopenhauer, Ed.Topbooks.
Depois q assisti isso : http://www.youtube.com/watch?v=zdil0_Gnkzk, um programa assustador, um festival de barbaridades burras e ou imbecis desde ataque a ciclistas ateh direitos dos animais, tudo na contramao do uso de razao. Xico foi decepcionante e revelador, me dah a impressao q sua lista eh tao somente uma lista, q vc pode ateh ter lido esses livros mas entendeu nada.
Faltou Italo Calvino, Gabriel Garcia Marques e autores latino-americanos, como Jorge Luis Borges. Na minha lista, também acrescentaria Goethe.
Sempre, sempre, além e pra qualquer classe e principalmente: Os Sertões, Euclides da Cunha. Abração.
Ah, já dizia Tom Zé: “H”istória em quadrinhos, pura. E leia assim, que é o canal!
Talvez A Arte de Escrever – de Arthur Schopenhauer. Por que a moçada anda escrevendo errado Xico!
Gay Talese se a onda é observar e descrever.
Truman Capote é indispensável com o seu A Sangue Frio, na minha opinião
Faltou Lúcio Flávio Pinto, o maior repórter do país.
Faltou Claudio Abramo e seu “A Regra do Jogo” (eu copiei o livro a mão. tem que ser louco, tem que ter paixão)
Faltou “PEQUENAS NOTÍCIAS – Um Patético Retrato da Natureza Humana Através das Pequenas Notícias dos Jornais”. Ed. L&pm, 1993. (Eu dei de presente este livro pro meu avô e depois roubei ele)
O livro de Orwell é magnífico, mas também recomendo o “O Caminho para Wigan Pier”.
“As Meninas da Noite” – Gilberto Dimenstein.
“Realidade Revista” – José Carlos Marão e José Hamilton Ribeiro.
Abraços!
Sexus Plexus Nexus. Henry Miller é meu Xico gringo :*
Dostoiesvski, muito Dostoievski
Caro Xico, acho que também não pode faltar na lista “O Velho e o Mar”, de Hemingway, além dos livros do Bukowsky. Augusto dos Anjos também é outro autor de primeira hora, tal qual Fernando Pessoa. O importante realmente é ler, porque… “são tantas emoções…”
Grande abraço e obrigado pelas excelentes dicas!
Xico, inclua o “Berlim” do Joseph Roth 🙂
Saudações Xico,
Faço parte da nova safra de escritores, e deixo minha indicação. O livro “Os Tolos Morrem Antes” – Mario Puzo.
Um grande abraço.
muito a dizer, mas lembrar A Bruxa (michelet), Confissões de um Comedor de Ópio (De Quincey), A Guerra do fim do Mundo (Vargas Llosa) e o próprio Sertões (do famigerado Cunha).
Tem ainda: “A Milésima Segunda Noite na Avenida Paulista” da víbora Joel Silveira.
Acho que faltou Machado…”Memórias Póstumas de Bras Cubas” critica social refinada, made in Brasil
O Abusado, Caco Barcelo. Eu gosto, e você?
Faltou Rubem Braga, um livro de crônicas que ele escreveu quando morava em Porto Alegre, o nome foge agora.
feliz ano novo?
Caro Xico,
O já citado A Sangue Frio do Capote é realmente uma experiência muito legal de jornalismo romanceado.
O Inferno é Aqui Mesmo, do Luiz Vilela
Notas de um Velho Safado (Bukowski) – Adoro como ele fala das desgraças próprias e da humanidade..
Xico San, tomei a libertinagem de publicar minha lista, somando-se à sua. http://www.bodega.blog.br/prateleira/livros-para-jornalistas/
Fama e Anonimato, do Talese. Fundamental, do começo ao fim. O Reino e o Poder, dele tb. E Todos os Homens do Presidente, da dupla do Watergate.
Recomendo Hiroshima, de John Hersey. Um livro reportagem que mostra como os “detalhes”são importantes na construção de uma narrativa.
Beijo, Xico!
O “Segredo de Joe Gould” é maravilhoso, antológico. Tou lendo, no momento, “A Luta”, do Norman Mailler, outro craque. Quem, como ele, escreveria um romance épico sobre uma luta de boxe? Ficou faltando na tua lista um livro de futebol. Eu citaria “O Negro no Futebol Brasileiro”, do Mário Filho, obrigatório. Dos mais recentes, “Futebol – O Brasil em Campo”, do inglês Alex Bellos, que dá uma aula de reportagem e sensibilidade ao viajar o Brasil em busca de histórias miraculosas sobre o bom e velho futiba.
A Sangue Frio, Trumann Capote, não dá pra deixar de ler
Um livro que contém uma narrativa leve e interessante é “Memória de minhas putas tristes” de Garcia Marquez.
Salve Xico!
Degaldina, ah Degaldina…
Bom livro Xamex.