Dez ´vadias´ históricas do Brasil
26/05/12 18:39Circulando agora na Marcha das Vadias, versão Pauliceia, me ocorreu uma lista de grandes mulheres que vadiaram lindamente no Brasil.
Para ser mais educado, mulheres que botaram para arrombar, como se diz na lira nordestina. Dispostas vaqueiras a sempre aboiar um xô falsa moral, xô tabus.
– Marietta Baderna – Tão linda e disposta que o eu sobrenome deu origem à palavra baderna e virou sinônimo de agitação e vadiagem. Era uma bailarina italiana que reinou no Rio por volta de 1850.
– Bárbara de Alencar – Primeira presa política do Brasil. A revolucionária do Crato se engajou, com os filhos, que estudavam no Recife, na Revolução pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador.
-Patrícia Galvão, Pagu – Já aos 15 anos, nos anos 20, a jornalista e escritora paulista mostrou ao que veio. Escrevia textos comuno-anarquistas e andava na contramão das modinhas de fêmea.
– Dadá – A entrada de mulheres no bando de Lampião já foi uma quebradeira geral nos tabus. A macharada temia que o grupo ficasse fraco e vulnerável. Muito pelo contrário. Sérgia, vulgo Dadá, mulher de Corisco, foi a única que pegou em armas e revelou-se mais corajosa que a maioria dos homens.
– Luz Del Fuego– Linda como todas as mulheres da terra de Roberto Carlos e Sergio Sampaio, a artista Dora Vivacqua honrou o pseudônimo. Ergueu a bandeira do naturismo –todo mundo nu!, bradava em todos os lugares- e zelou pela causa das vadias até a morte, em 1967.
– Leila Diniz – Bagunçar o coreto era com ela. O Rio dos 60 e 70 que nos diga. Toda mulher é assim meio Leila Diniz, como canta a Rita Lee? –outra que já sacudiu os costumes.
– Clarice Lispector – Carece falar dessa ucraniana? Melhor a gente abrir os seus livros mais uma vez e pronto. As suas entrevistas também são aulas. Como esta aqui, repare.
– Rê Bordosa – A imortal personagem de Angeli que saiu das páginas da “Chiclete com Banana”, na SP dos anos 1980,para entrar na história.
– As Mercenárias – Lista que é lista tem que ter barulho de rock´n´roll. Sempre. Play again para o conjunto que nasceu na geração Rê Bordosa e está vivo até hoje.
– Caroline Pivetta – A moça que desafiou a arte estabelecida com uma pichação na Bienal de SP 2008. Entra aqui em nome dos coletivos de artistas desobedientes.
E aí, sentiu falta de muita gente, não é? Cadê a Dercy Gonçalves? É hora de fazer justiça ai nos comentários. Beijos para todas as vadias deste Patropizza.
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A curitibana Maria Bueno, a “mulher de vida fácil” que virou santa
Dandara de Palmares.
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Geni!
Que tal a cortesã de Araxá: Dona Beija ???
Dá para inserir no contexto ???
oi,
a Clarice Lispector está sem “link” para ler a entrevista
…
E a queridissíma Chiquinha Gonzaga? ^^
Chica da Silva, a negra!! abalou as estribeiras de diamantina, invertendo as regras sociais da época! 😉
Caro Xico,
Numa lista de vinte,porque são tantos nomes que vão aparecendo,que tal Darlene Gloria?
A Rê Bordosa é a mais vadia das vadias! E vc é o mais querido dos queridos!
Ah, e a Elzinha Soares!
Ei, Xico!
Maria Quitéria (heroína na guerra da Independência), Lygia Fagundes Telles, Olga Benário (Ixe, temos um Olimpo de ‘vadias’… Vamos dar conta não!)
Xico, esse conceito de vadia não está amplo demais?
Sei lá… quando ouço esse termo numa expressão pejorativa eu o entendo significando simplesmente mulher fácil pra fazer sexo sem compromisso. Uma mulher que já descobriu o sexo e gostou. Tanto quanto um homem gosta. E ela não tem problema com isso. Faz sexo sempre que surge uma oportunidade. E também garimpa oportunidades. No entanto, é uma mulher reversível à condição de ter um parceiro fixo. Se ela encontrar um parceiro também reversível.
E como os homens não sabem em que gaveta colocar essa mulher reichiana, chamam-na Vadia.
Maisa, é preciso encarar isso com o bom humor do pessoal que deu início ao movimento. O termo “vadia” usado neste ensaio tem o mesmo sentido irônico usado na “marcha das vadias”. Tudo começou com um policial canadense que atribuiu a responsabilidade dos altos índices de estupro de uma universidade do Canadá às mulheres, dizendo que elas deveriam parar de se “vestir como vadias”, minimizando a culpa do estuprador e transferindo-a para as vítimas. A partir daí, uma série de protestos no mundo todo usou o termo vadias (sluts) ironizando a bobagem que o policial disse. O que se prega primeiramente nestas passeatas é que as mulheres tenha o direito de se vestir como quiserem sem serem consideradas provocadoras a estupradores e, por extensão, o combate a pensamentos e atitudes machistas que julgam moralmente uma mulher por motivos subjetivos ou limitam a sua atuação na sociedade.
Muita gente não sabe que “A marcha das vadias” se trata de um protesto de mulheres de bem contra o direito das mulheres poderem vestir-se com pouca roupa ou com roupas mais sensuais sem que isso possa ser razão para um tarado a atacar e estuprá-la… falta interpretação de texto ou a mente fraca, sei lá. bj filha. te amo.
Sem que isso possa ser razão ou sem que isso possa ser atribuído como motivo? Porque tarado, obviamente, não está nem aí para protesto algum, a tara é uma patologia e não vai deixar de existir por causa de mulheres nuas ou quase isso portanto cartazes; ao contrário, é capaz de atiçá-la.
eu poria umas recifenses anos 90, tipo duda risoflora, renata faccenda e outras minas que confundiram a cabeca da macharada pop de recife.
beijo, xico
Na educa merdaação, seu governo é u
Uma lista soberba. Ainda ontem, estava lembrando da Rê Bordosa.
Radical Chic, Xico!
Laerte.
Marquesa de Santos?
Toda mulher inteligente tem o seu lado vadia. É tão interessante ser vadia de vez em quando… e nos momentos e hora certa, os homens adoram…
Anita Garibaldi. Um bom nome para incluir nesta lista!!!
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faltou a Heleninha Roitman
O Rapaz será que nós mulheres negras somos tão invisiveis assim? bem sabemos! coloque aí a Xica da Silva pelo menos
Boa Maria Conceição!!!Xica da Silva já!!!
Faltou a Hilda Furacão!!!!
Ô, Xico Sá. Apagaram os pelos da minha conterrânea Luz del Fuego nessa foto aí. Verguenza!
eita,cida,vou trocar.ñ fui eu q ilustrei.perai.beijooo
Cida,vc acredita q em todo o google a foto aparece apagada.so encontrei essa ai como ela veio ao mundo.beijo e gracias pelo alerta
Pior que acredito. Essa pelofobia não respeita nem a história. Tá de lascar.
E eu, que tento fazer minha parte every single day.
linda! siga assim.beijo
Euzinha, que pari um homem pra ser homem, e não ‘macho’. Olha, a tarefa é difícil. Remo contra a maré, os braços doem, mas eu me recuso a ir junto da correnteza!
Faltou a Chiquinha Gonzaga,né?
Faltou mesmo,Carolina. falha nuestra.beijo.ainda bem q vc fez justiça