O canalha explícito e o bonzinho vacilão
11/05/12 11:21Papo de sexta-feira é assim:
-Pois saibam todos vocês: prefiro um bom canalha a um homem bonzinho e frouxo!
A sentença de Carol, sem deixar um farelo de dúvidas sobre a mesa do Sujinho, fez com que alguns de nós levássemos a mão ao queixo. Até a clássica bistecossaura do estabelecimento da Consolação (SP) mugiu irônica.
Como se todos virássemos, naquele instante, ingênuos pensadores de Rodin ou paralisadas estátuas de sal, como na Bíblia. Pense. Pense em um momento solene!
A frase nem era para tanto, mas saiu tão afirmativa, tão sem dúvida ou vacilo, que balançou até a plaqueta do “Fiado só amanhã” do boteco e derrubou a Bic azul atrás da orelha do nosso garçom predileto.
Qualquer coisa, na boca de uma mulher bonita, vira imediatamente certeza absoluta, artigo constitucional, frase de Clarice Lispector.
O dizer de Carol embutia algum saber de rotina, alguma experiência, coisa de quem viveu reiteradas vezes a situação, aquilo que chamamos vulgarmente de conhecimento de causa.
-Pois saibam todos vocês: prefiro um bom canalha a um homem certinho e frouxo.
O canalha, concluímos, sem que ela, a gostosa Carol interferisse, merece mais respeito porque é mais explícito, a mulher já entra na história sabendo, e ainda pode ter momentos líricos, passionais, bonitos, pois todo canalha é, no fundo, um devoto, ajoelha-se diante de uma fêmea como um romeiro diante do seu santo de fé.
O frouxo representa, sem nenhum distanciamento, a maioria dos machos contemporâneos e o chove-não-molha da hora. Tudo que era sólido se desmanchou em amor líquido. Ninguém pede mais sequer em namoro, repito.
O indeciso, o confuso, melhor, o “cafuso”, como dizia o velho Didi Mocó, nunca se apresenta para valer no jogo, titubeia, faz que vai e acaba não “fondo”, como dizia, no seu genial futebolês, o Dedeu, um desses tantos macunaímas da bola, cearense que brilhou no Clube Náutico Capibaribe.
Triste escolha essa: o canalha ou o bonzinho fraco. Mas vai ver, amiga, tem coisa melhor por ai dando sopa. Não caia nesse nossa tese tão esquemática.
Só sei que nada sei sobre esse assunto, como diria o grego complicado.
Melhor ainda, como diria Roberto Carlos das antigas: “Só agora eu sei, o que aconteceu/quem sabe menos das coisas/sabe muito mais que eu!”
Porque hoje é sexta, muitos confusos estão à solta por ai. Corra, Lola, corra!
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