Ambiente familiar: é proibido beijar na boca
08/05/12 08:53Você é do tipo que aprecia um beijo em público e segredos de liquidificador?
Não trato de qualquer beijo de rotina. Digo aqueles beijos de novela. Arte explícita dos casais apaixonados, óbvio.
Beijo na boca, o verdadeiro defloramento, como queria o tio Nelson Rodrigues.
Ou você é do tipo que acha ridículo a pegação pública e deixa tudo para a alcova?
Toda essa reflexão, em uma manhã gelada de terça-feira, nos leva a Campinas (SP), onde um bar, o Empório do Nono, adotou cartões para advertir os beijoqueiros. Outras casas da cidade já adotavam vetos aos pombinhos.
É proibido beijar na boca.
Leia aqui a reportagem de Natália Cancian, na versão impressa da Folha de hoje.
Não devemos debitar apenas na conta do Politicamente Correto ou do Sr. Kassab, esse Jânio Quadros sem álcool, que toma conta dos costumes.
A política de proteger o “ambiente familiar” vem de longe. O caso mais tradicional é o da Adega Flor de Coimbra, na Lapa carioca, com pelo menos 70 anos de proibição.
Lembro, certa noite em Uberlândia(MG), quando eu tentava, ainda na pele de um afoito e jovem repórter, umas saliências com uma moça de ilibada reputação, moça de família mesmo, e fui surpreendido pela advertência do bar do Zé:
“Cenas amorosas estão proibidas”.
No bar do Seu Louro, em Juazeiro do Norte, bairro dos Franciscanos, a mesma história. A explicação dele até que fazia sentido: o estabelecimento era vizinho do cabarés da linha do Trem. Não queria que a sua casa fosse confundida com “a pouca vergonha” dos bregas.
E você, amigo(a), já foi interrompido(a) de atos do gênero? O confessionário do tio está aberto, se joguem sob o manto do anonimato ou com o destemor de sempre.
Este folgado cronista ainda pede mais: alguma boa história de uma bar aí da sua cidade?
Tenho vergonha de morar em Campinas.
3 prefeitos nos últimos doze meses, em função da generalizada corrupção, e os vereadores discutindo “beijos em bares”.
O pior de tudo isso é que as perpectivas de mudanças são “ZERO”
Campineiros, meus pêzames
Beijo, por mais cinematográfico que seja, continua sendo beijo. Não é sexo explícito!
Viva a liberdade de “beijação”!!!!
Se eu fosse surpreendida numa situação de proibição como essa, em que o dono do bar dissesse: Se está escrito aqui que é proibido beijar, então, por que vocês estão se beijando?
Eu naturalmente diria.. ah, meu caro… “fi-lo porque qui-lo” rsrs
JQ está fora de moda.. deixemos as proibições excêntricas de lado e preocupemo-nos em amar.. amar… amar!
Eu acho lindo ver gente se beijando, seja onde for.
Essa mundo tá ficando careta demais.
Imagem que me embrulha o estômago, é ver político com dinheiro na cueca.
“ajude empolgando-se com moderação para que os clientes mais conservadores não fiquem constrangidos”. Não sei o que é mais estúpido, “empolgando-se com moderação”, seja lá o que isso quer dizer, ou livrar do constrangimento os conservadores mas não os casais.
O que me intriga mais, são os machos, que nao aceitam os gays homens se beijarem em publico. Ja estive em um local alterntivo, e via as risadinhas, escrotices perto da gente. Mulher com mulher, homem aceita de boa…engraçado isso!
sim,nesse caso a rperessao é pior ainda. e pior:no mundo inteiro.ontem li dum caso d bar em copenhague q deu confusion. bjo
Chico, sou totalmente contra beijos novelisticos em público, mas como trabalho na Av. Paulista, observo a anos os adolecentes , jovens em geral, principalmente em frente a Gazeta, se beijando loucamente, no começo me irritava, mas depois percebi que eles acham “chic” , não é simplesmente um beijo é um beijo em plena Av. Paulista, isso é “glamour” para eles, então hoje até me divirto, com isso eles querem ser vistos beijando na Paulista. Beijo da Paulista pra você.
Essa notícia me lembrou um poema do Chacal:
É proibido pisar na grama
O jeito é deitar e rolar.
é,tb lembrei d outro poeta da geração poesia marginal: o cacaso,q tem um livro fueda chamado “beijo na boca”.abs
Verãozão de 2002, 2003, eu morava em Florianópolis e fui pra Porto Alegre com meu namorado passar uns dias com ele, eu usava mini-saia, mini-blusa,(um calor dos infernos) tinha 20 poucos anos e estava muito muito apaixonada, dei uns beijos nele e o garçom me deu uma olhada tão repressora , mas tão repressora , me senti tão mal … em plena Lancheria do Parque! hoje em dia acho que eu pediria um sorvete! paunocudosurdo como dizem na minha terra.
E em pátio escolar, em plena efervescência dos hormônios adolescentes? “Aqui não é lugar de namorar”. Maldito coordenador.
Acabei de retornar de lua de mel em Cancún e me identifiquei bastante com o tema, pois, assim como o que é esperado de um casal em lua de mel, eu me minha nobre senhora trocamos carícias discretas na piscina do hotel. Mesmo discretos, quando trocávamos alguns beijos, havia pelo menos três americanas esquisitas nos assistindo, pois absolutamente ninguém se beijava no hotel. O fato é que me senti o José Mayer. Em uma dessas vezes, pude até ler os lábios de uma delas pronunciando um sonoro “uh La La”. rsrsrsrsrs
So por isso ja valeu a viagem,né, Felipe: ser o José Mayer por algumas horas é genial.abrazo
“Beijo na boca, o verdadeiro defloramento, como queria o tio Nelson Rodrigues.”
Nelson Rodrigues sabia das coisas
Ele conhecia ‘os subterrâneos’ da alma.
Sim, no shopping. O seguranças odeiam casais beijoqueiros. Meu marido por sua vez teve que deixar uma sala de cinema…Bendito lanterninha!!!!
sim, a cruzada é geral.nao é so em bar nao.beijo
Aqui na minha cidade (Macapá) existia o Bar do “Maguila”, de saudosa memória, infelizmente fechado após o obscuro falecimento do seu proprietário. Ali eram proibidos beijuos e abraços, conforme advertia uma placa afixada em local bem visível. O bar foi tema de reportagem de Maurício Kubrusly no Fantástico.
rapaz, ate abraço? q maguila exagerado.abs
Ora, ora caros amigos! Usem da mesma desculpa q todos os atores usam: “- É só um beijo técnico! É só laboratório!! Estamos ensaiando prá próxima novela das seis!” rsrsrsrssr…
o xico tu e conterraneo falo aqui de uberlandia abraços.eu e minha namorada fomos a um pesque e pague aqui da cidade e tinha uma frase interessante logo na entrada. EU E MINHA FAMILIA TRABALHAMOS AQUI, NAO PERMITIMOS CENAS AMOROSAS, mas inusitado impossivel.
rapaz,ate nos pesque-pagues da vida? sensacional. Luiz, so visitei muito uberlandia,alias todo o triagulo,mas a trabalho.abs
Tenho um sonho….todo mundo livre, nú e se amando onde bem entender…..aiai…ia ser tão bom
O Bar do Maguila em Macapá também proibia, por causa de um crime que havia acontecido dentro do bar (acho que a esposa matou o marido após vê-lo aos beijos com outra). Daí o dono do bar, o Maguila, radicalizou e proibiu beijos e abraços lá dentro, mas o pessoal ia assim mesmo e tentava beijar e abraçar escondido dele, só por sacanagem.
Caro Xico,
Tenho pela proibição de qualquer coisa o maior dos medos possiveis.Porém,vejo que em alguns ambientes o ideal seria moderar.Acho que a presença de crianças é sem duvida um bom motivo para moderação.
Aqui Recife, Mercado da Boa Vista, um casal foi escorraçado porque estava trocando carícias, detalhe eram duas meninas, na mesma noite as duas foram vistas no maior amasso num Bar chamado Central, sem serem incomodadas, só invejadas. Tem uma bar , que eu esqueci o nome( bebida lógico) que não se pode beijar , mas carícias explícitas e invasivas embaixo da mesa são toleradas. Recifee
“Sr. Kassab, esse Jânio Quadros sem álcool, que toma conta dos costumes.”
Isso pra mim já valeu o texto!
Ôh! No Bar do Alemão da Granja Viana. Primeiro mandaram o garçom gongar a gente, depois veio o gerente. Já viu? Um povo que no carnaval sai seminu e geral se joga na esbórnia, tem uma TV aberta cheia de cenas picantes e mulheres seminuas em quase todos os horários, e não se pode dar um beijo bem namorado em público???? Preconceito, racismo e moralismo bombam dentro do nosso ”armário cultural”!
oxi, com certeza. de maneira tanto mais sútil, mas nunca na vida ví um garçon tão atencioso…
Eu tinha uma namorada que tinha alguma fixação em beijar e agarrar em público, mas daqueles beijos que parece que falta espaço na boca pra tanta língua. Época de faculdade, hormônios concentrados, e a moça era dessas bonitas e altas que param um lugar quando entram. O que eu continha era minha timidez. Eis que almoçávamos num restaurante vegetariano administrado por adventistas, nós frente a frente numa mesinha apertada, e da-le a moça a jogar aquele corpanzil por cima da mesa e me tascar repetidos beijões entre garfadas. Lá pela quinta investida o dono do restaurante, polidamente, pediu-nos para nos abster das demonstrações públicas de carinho. Isto na Curitiba de noventa e poucos.
Viver em sociedade… outro dia no self service em que almoço diariamente, público variado de pessoas de trabalham ou moram na região, entram duas moças se sentam sem pegar fila e começam uma pegação. Sei lá. Sou a favor de que cada um faça o que quer onde bem entender, mas qual o limite? Daí vou eu entrar num lugar ouvindo meu amado black metal no amado último volume onde toca música ambiente? Viver em sociedade…
Tá, né. Mas não tem muita comparação a agressividade de um blackmetal com a delicada demonstração de carinho entre duas pombinhas.
Ótica, meu caro.
Tá aí por que acho que é melhor guardar pra casa certas carícias… Às vezes, certas cenas acontecem ao nosso acalento sem que pudéssemos imaginar a mesma coisa numa outra questão de gênero, número ou grau.
Saudoso Xico, venho aqui comentar este tópico citando o recém citado guanabara do Seu nenen aqui no Crato. Pois o lugar ao contrário do celibatarismo proposto pelos locais citados, na verdade se torna convidativo à saliência dos casais posto que o restaurante do querido boêmio possui um esquina escura e um beco das bolinações dentro do próprio estabelecimento! Ai se a parte de baixo dos tampos daquelas mesas falassem!! hehe
rsrs, interrompida já fui sim, mas não exatamente em um bar!
Você me levou lá na adolescência, êita!
Sou totalmente a favor do beijo cinematográfico. Seja o lugar que for.
O recém-finado Bar Léo no centro de São Paulo também proibia os beijos.Fui repreendido algumas vezes lá.
Nossa, o universo conspira muito. Há 4 dias na minha cidade, Aracaju, aconteceu um ato politico chamado de Beijaço (eu fazia parte da organização). Ele foi impulsionado justamente por um casal de amigos meu (homossexuais) serem repreendido por causa de um beijo. Isso num bar tachado como “alternativo”.
E quem pensou que a ditadura acabou..
Tem q reagir assim mesmo com protesto,Karla.Como fizeram.beijos livres
E se não se pode mais beijar naquele que é o antro de todas as conquistas, onde Afrodite reside em cada porção de ovos de codorna… então realmente perdemos a luta!!! Seria um lobby dos proprietários de Drive In?
tai,ha algo como o resgate do drive in na parada.abrazo
Oi Xico! Há alguns anos atrás, quando não era tão comum ver moços com moços e vice versa, duas meninas foram advertidas num bar que eu estava em São Caetano do Sul. Foi constrangedor ver o segurança se aproximar, tocar o ombro de uma delas e dizer: “Aqui não, né?”. Abraço!
ih,rapaz,se for casal gay ai o mundo vem abaixo.abrazo