A galinhada do Kassab e a comida de grife
06/05/12 23:28A comida de marca é mesmo um novo grande fetiche.
E não só da chamada nova classe C, em nome de quem se faz tudo que se presta e que não presta hoje em dia no Brasil.
Falo da galinhada do Alex Atala, o famoso chef dono do restaurante classificado, em um torneio do gênero, como o 4º melhor do mundo, o D.O.M., de SP.
Atala é um cara legal, um cara patente ZL (zona leste de SP), que manja e não fica arrotando por ai a superioridade da chamada “alta gastronomia”.
Cabia a Atala fazer uma galinhada da Virada Cultural, em pleno Minhocão. Foi gente demais. Faltou penosa na encruzilhada de Santa Cecília. Correria e confusão até umas horas.
O secretário de Cultura de SP, Carlos Augusto Calil, deu a nota: “Alta gastronomia em um evento de massa é incontrolável… A gente aprendeu”.
Realmente o populacho não sabe se comportar diante de comida de grife. Não foi isso que o Calil falou, mas vai aqui como minha possível e maliciosa tradução. Já que não tem galinhada, que coma brioche.
É irônico que em uma SP que proíbe a comida de rua, na contramão da história e da urbanidade em todo o mundo, apenas o rango de marca seja liberado. Só poderia dar nesse sururu todo que vimos.
Não sabia que a cidade amava tanto assim uma galinhada. Ora, conheça o Dema, vá no Bahia, ambos no bairro paulistano do Canindé.
Melhor: vá a Goiás, vá a Minas,visite a Serra do Rola-Moça, nos arredores de BH.
Eu prefiro sempre com pequi, por causa da minha origem na chapada do Araripe, óbvio.
Com todo perdão do Atala, minha mãe, dona Maria do Socorro, faz bem melhor.
Já comeu seu rango de grife hoje, meu amigo, minha amiga? O bom é que costuma ser bem baratim.
Entre as coisas que ainda não tenho o domínio, está o envio de mensagens pelo computador.Na realidade foi a minha primeira vez, e quantos equívocos cometemos da primeira vez, não é? Peço desculpas aos leitores e a você Chico, por ser repetitivo. Obrigado.
O caos não teve nada a ver com alta gastronomia como o secretario falou: se fosse uma buchada de bode da dona Maria a bagunça seria a mesma. Desconta-se aí uma pequena parcela que desejava experimentar uma comida de grife e desprezaria o tempero da dona Maria. Faltou organização.
Xico, falando em frango, tirar o goleiro que está falhando do time, colocar outro e dizer que é pra preservar, não é o mesmo que se o cara brochar colocar outro com a patroa dele em casa?
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Ah, Xico: Pobre (eu) também merece conhecer o tempero de Rico! Fui, Vi e Comi!Só faltou organização….
… e se acabar a pimenta, pega o spray do “puliça”.
… E se acabar a pimenta, usa o spray do “puliça”.
O que houve mesmo foi uma organização deficitária,acordemos Brasil,daqui a pouco sediaremos a copa e as olimpíadas…
Falando nas proibicionices do Sr. GK (JK com erro ortográfico), outro dia assisti o “Diabo a Quatro” dos Irmãos Marx. Filminho meio pastelão, mas o “lider” do país chamado “Freedonia” cantando o “choque de gestão” que ele promete, é o Sr. GK esculpido em carrara !
… E se acabar a pimenta, usa o spray do “poliça”.
…Se acabar a pimenta, usa o spray do “poliça”.
é a eterna luta de classes.. rico passando a perna em pobre até em galinhada na rua… Habemus chester!!
Como ilustra a foto desse post, deveríamos parar de comer galinha, isso sim.
concordo!
” O secretário de Cultura de SP, Carlos Augusto Calil, deu a nota: “Alta gastronomia em um evento de massa é incontrolável… A gente aprendeu”.
Pois é… não precisava nem usar os 10% da cabeça animal para saber que isso iria acontecer. Só fico chateada, por que a chamada classe A, que de classe não tem nada, vomita aos quatro cantos que o povo pobre não tem educação, sendo que quem não teve educação e não foi nem um pouco inteligente foi o Calil. Pow, fala sério!!
Coloca o Atala pra vender essa galinhada no minhocao a 15 conto todo domingo que ele vira o Neymar da gastronomia mundial. Aproveita e institui virada cultural todo fds, com metro 24h e tudo e quem sabe até o Kassab chega lá. Só que não, esse povo insiste em só cozinhar, em só cantar, em só governar pros paulistano de marca. Dai qd eles dao essa OPORTUNIDADE pra geral, ai vira A oportunidade da vida. Beijo, Xico (seria legal vc ir gritar sua coluna no viaduto do chá, pq seu latim tb é de marca)
Ilustre Xico.. tenho certeza que a minha sogra cozinha melhor que o Alex… Mas gostei da breve entrevista dele na folha falando sobre o ocorrido.. achei-o sensato…. enfim… se for repetir o evento precisa estruturar melhor o atendimento com apoio da polícia e etc.. abraços
Rapaz aqui o nome desse prato é Arroz de Puta.
Me deu saudades do pernil de porta de estádio, onde debaixo daquela lona cor de laranja, jogadores e técnicos foram amados e odiados…
Caro Xico, pelo que li, teve gente metida a besta passando a perna nos incautos que haviam retirado, civilizadamente e com antecedência, as senhas para a galinhada do Atala. Gente de grife que deu pernada e abocanhou o rango na marra. No Brasil, na hora em que a coisa aperta, granfino de pedigree também desce dos tamancos e participa do barraco. E no maior estilo “Lei de Gerson”, ainda conseguiram levar vantagem usando o famigerado jeitinho brasileiro.
Abraço!
Xico, tenho certeza que a “minha galinhada” dá de dez na do Atala. Assim
como de muitas outras pessoas. Mas, pobre gosta de luxo né, então, sofre prá
dar prestígio pro rico… Abram os olhos
minha gente. Essa globalização está me
tirando do sério. bjo.
Lamentável é mais uma vez ver a desorganização da Prefeitura de SP, simplesmente terrivel! Educação, horas o povão não foi o único a mostrar sua falta, Atala, opa onde esteve durante sua tão famosa galinahda? Talvez no seu super restaurante carrissimo…… Uma pena, mais uma vez o povão passa por bobo, por sem educação numa situação onde nem mesmo aqueles que aguardaram numa kilometrica fila por uma senha que não havia e por uma galinhada quem nem mesmo oAtala sabe onde esteve…..
O que imperou neste caso, foi a falta de organização, bem como a falta de educação.
Lamentável…
se galinha, boca de fogão, se sobrou boca de gente, não sei.
pro povo lá do Crato, do Araripe e do Chuí faltou Luiz Gonzaga.
“uma finesse” só essa virada !
Xico, acho legal não misturar alhos com bugalhos. Pelo teu texto parece que o paulistano é tudo deslumbrado, que os cozinheiros são todos carérrimos e que comida cara é sempre ruim. O paulistano é carente de opções culturais e entretenimento, e da mesma forma que lota todo o espaço disponivel na Virada, lotou o da comida. Infeliz foi a declaração do Sr. Calil, de que alta gastronomia não é coisa pra pobre. Infelizmente posso fazer uma tradução do teu texto também: comida não é cultura, e sim frescura.
oPA, Mayra, vc deve ter confundido meu texto com alguns comentários.Hora nenhuma falo isso no texto, não é verdade?. Jamais cometeria essa tolice, ate pq posso reivindicar meu diploma de paulistano,pois aqui estou nessa generosa cidade ha 20 anos. Kassab e as frescuras gastronômicas sao uma coisa,a grande maioria dos paulistanos,incluindo a parte mais jovem da minha família ,sao outra bem diferente.beijos
Querido Xico (querido de verdade, sem ironia, pois sou sua fã de carteirinha), seu texto passa sim a impressão de que a classe C só deveria comer galinhada no Canindé e mais não sei aonde. Que comida de grife não combina com povão. Concordo – em termos- pois houve sim muita falta de educação. Mas com certeza havia também muita gente legal e educada, independente de ser A – B – C – D… etc (detesto essas classificações elitistas e separatistas) loucas para terem a chance de experimentar uma comida de grife a bom preço. Atala abriu o evento, foi o primeiro, com isso, além de ser a novidade (e o povo merece, afinal são poucos que podem pagar um DOM), também enfrentou a desorganização de não haver água e gás ainda no local, o que provocou um grande atraso e o maior tumultuo, pecado imperdoável para quem abrigava um grande chef do gabarito dele. Tenho certeza de que a galinhada dele seria ótima, se tivesse tido condições de servi-la quentinha como o povo merecia, mas dependia das coisas que faltaram para que isso acontecesse. Perdeu o povo que enfrentou o empurra-empurra e a longa espera, pra muitos frustrantes, perdeu o grande Atala que não imaginou tamanha falta de organização, e perdeu a prefeitura que mais uma vez deu provas de sua incompetência.
Beatriz,
O pecado seria perdoável se o trabalhador da cozinha fosse alguém menos “gabaritado”? Aliás, quem o “gabaritou”? O povo?
Aliás, discordo veementemente de que o texto passa a impressão colocada aí acima.
Besteira de quem leu já tendo lido. Releiam de alma limpa, belezinhas.
otima reflexão,Daniel.valeu.abs
Fica uma pergunta: se o paulistano é carente de opções culturais e entretenimento, o que resta para as outras cidades brasileiras?
Coitados de nós, que vivemos em cidades interioranas, de onde acompanhamos, ao longe, tudo o que acontece nos grandes centros.
Cristiano, as opções existem e discordo parcialmente sobre a ~carência de opções culturais e entretenimento~. Nosso Centro Cultural, aquele bem grande, que dá pra ver de longe ali na Vergueiro, tem uma programação de dar gosto. O calendário da Música Erudita ainda, nem se fala. Os cinemas são todos muito bem equipados, seja Cinemark ou Espaço Unibanco. Jogos de futebol (querendo ou não, é entretenimento), os melhores shows, os melhores teatros. Opções não faltam, mas o acesso a elas é difícil. A quem interessa que coloque meu dedo em riste para os shows do Metallica e Guns n’Roses (infelizes bagatelas que passavam dos R$ 300,00) para ir em atrações gratuitas no CCSP? A informação não é divulgada, a imprensa é parcial, sempre parte para o lado da glamourização, e não é diferente na área das “comidinhas”.
Eu não disse que o paulistano é carente de opções. Minha pergunta foi baseada na colocação (que eu achei um tanto absurda) da sra. Mayra Lucas, que disse: “O paulistano é carente de opções culturais e entretenimento, e da mesma forma que lota todo o espaço disponivel na Virada, lotou o da comida.”
Considerando a fala dela é que eu questionei: se o paulistano é carente de opções culturais e entretenimento, o que resta para as outras cidades brasileiras (principalmente as do interior)?
O Nelson Rodrigues dizia que o brasileiro matava e morria por uma frase. Eu mataria e morreria por esta: “Já que não tem galinhada, que coma brioche.”
Paulistano adora uma fila. Não pode ver uma que já entra nela. Ainda mais que a veja sp, ou algum ranking nomeou tal lugar como um dos “10 melhores”. Imagina o 4 melhor do mundo…
Gosto de filas. As mulheres terminam. Mas as filas não terminam nunca.
Em Bh foi no tal do Maria das Tranças, expert em galinhas…
Simplies e barrato…
bom d+.simples simples e mui barato.abraxo
São Paulo é a Nova Iorque que proibe Madureira.
“Eu prefiro sempre com pequi, por causa da minha origem na chapada do Araripe, óbvio.” somos 2
Essa foto é triste demais… Nossa…!
E como foi o pole dance e as burlescas, Xico? 😉
escrevi para amanha na folha,amor.beijo
🙂