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Xico Sá

Modos de macho, modinhas de fêmea & outros chabadabadás

Perfil Xico Sá é escritor, jornalista e colunista da Folha

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Por que o brasileiro ama tanto o chefe?

Por xicosa
02/05/12 11:58

Lá se foi o feriadão e é hora de falar mal do chefe, este esporte nacional de nove entre cada 10 brasileiros.

Por isso fiquei bege, como se dizia na prosódia GLS, com o resultado da pesquisa publicada ontem na Folha.

Na hora de falar sério sobre o assunto, 88% dos empregados esquecem a língua ferina e dizem “eu te amo” aos superiores da firma.

Tratei do assunto em crônica para a versão impressa do jornal. Continuo encanado com o assunto e queria dividir o meu susto com o bravo e resistente leitorado deste blog de costumes, comportamento e real-politik.

Você também ama a sua chefia?

Pergunto mais:

O amor na firma é lindo, mas amar o próprio chefe, no grau revelado pela pesquisa, não seria se declarar ao carrasco com a corda no pescoço?

Tudo bem, sempre tive desejo pelas minhas superioras mais poderosas. Só a elas, nunca às chefias masculinas, obedeci com todos os sins e améns. Pura perversão. Talvez vontade de inverter o mando no campo amoroso.

O fundamental Karl Marx (1818 — 1883) talvez explique em algum compêndio sobre luta de classes –lembre-se que uma das suas empregadas domésticas, a jovem Helen, o amava e com o barbudo teve um filho.

O que explicaria tanto amor pelos superiores? Mais um traço da cordialidade? Submissão atávica? Canalhice trabalhística: diz que ama, por alguma pilantragem, mas no fundo detesta? Talvez um pouco disso tudo.

Uma canalhice que o amado chefe retribui na hora de demitir os seus fãs. “Você é ótimo, excelente profissional, um exemplo, mas, infelizmente, vai para a rua da amargura”, diria o perverso, olhando para a fotinha do teu crachá, imagem de quando ainda era um funcionário jovem e saudável.

Nada mais revelador do estrago que nos faz o emprego do que o 2×2 dos crachás. O trabalho danifica o homem, como diz o mantra de boteco.

Eita, me lembrei agora de uma bela fábula de Esopo. Um cordeirinho reclamando da revolta de um porco (vide ilustração aí acima) capturado pela chefia do pastoreio.

Enfim, chega de me repetir aqui nesta croniqueta reciclada. Só queria saber de vocês o que explicaria esse amor todo pelo(a) fofo(a) do(a) chefinho(a).

Quem explica?

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Comentários

  1. Tiago comentou em 02/05/12 at 17:42

    Eu odeio chefes, mas quem são eles??
    O novo Layoult das empresas (Principalmente as de telemarketing) colocaram os chefes (os responsável por todas nossas broncas) e colocou os gerentes no lugar. Estes são pessoas que ganham um pouquinho mais que a gente e que tem a falsa ilusão de poder e superioridade. Os que não tem o nariz em pé, por ter a origem próxima da nossa, se tornam amigos, dai não tem como odiá-los!!!

    • Tiago comentou em 02/05/12 at 17:43

      Eu quis dizer que colocaram os gerentes no lugar dos chefes, ou seja, um intermediário!!!

      • Tiago comentou em 02/05/12 at 17:44

        gerente, supervisor, responsável!!!

  2. Yara comentou em 02/05/12 at 17:39

    Aqui quem vos fala é um CHEFE. Ha , se todos fossem igual a mim, que maravilha viver … Meus subs me adoram porque eu os adoro também. Simples assim !

  3. Fernanda comentou em 02/05/12 at 17:31

    Meu chefe é super gostoso. Como não amar?

  4. sandra comentou em 02/05/12 at 17:02

    Existe chefe sim gente boa,compreensíveis e amigos. Esses são os mais inteligentes e profissionais.Não se escondem atrás de uma gravata ou de uma mesa aos berros para provar superioridade ou manter o respeito. Mas eu não amo minha chefa não….

  5. sandra comentou em 02/05/12 at 16:59

    Existem chefes sim gente boa , compreensíveis e amigos.Esses são os mais profissionais, que não se escondem atrás de uma gravata e de uma mesa aos gritos para poder demonstarr sua superioridade

  6. Paulo comentou em 02/05/12 at 16:56

    talvez tenha a ver com nosso passado de escravidão. A figura do senhor de engenho, chefe supremo da fazenda, hoje representado pelo chefe do que quer que seja, em empresas públicas, privadas etc e tal

  7. Psicóloga "Coaching" RH comentou em 02/05/12 at 16:42

    Na verdade, emocionalmente revivemos com os chefes nossas primeiras relações com as figuras de poder e autoridade em nossas vidas, com o pai e a mãe…. Por isso, podemos odiar sim, mas também amamos e admiramos,… queremos desafiá-los, mas também queremos ser admirados e queridos por eles!

  8. Rogério comentou em 02/05/12 at 16:37

    Devemos sim amar nossos chefes, eles estão sempre nos orientando no que é certo e melhor pra nós… e etc… por isso eu sempre peço a Deus… “Senhor, dai-me sabedoria pra entender meu chefe… pois se me der força, eu bato nele com certeza…”

  9. Padre comentou em 02/05/12 at 16:00

    Amar o chefe e não ser puxa-saco é impossível. Mas gente, ser puxa saco é um talento. Assim como tem o Neymar com a bola, o Toquinho com o violão, a Fernanda Montenegro com o teatro… Ser puxa-saco é muito mais difícil e exige muito mais talento que ser chefe!!!

  10. WAPP comentou em 02/05/12 at 15:33

    Amar o chefe, Puxar o saco do chefe, babar o ovo do chefe, as vezes ocorre em extensão familiar ou por hereditariedade. Posso explicar: Já ví de tudo nesse campo. Esposa que também ama e puxa-o-saco do chefe do marido, convidando, para jantar em casa, e ainda aproveita para bajular a mulher do chefe do marido.
    Assim como também tem aquele tipo de marido que ama e puxa o saco do chefe da mulher. Bom, em ambos os casos acaba mesmo em corneação quando o chefe começa à dar em cima da mulher do subordinado, e aí meu irmão é uma saia-justa du-caralho. Vou parar por aqui, do contrário vai acabar naqueles folhetins do Nelson Rodrigues.”Corneie primeiro antes de ser Corneado”

  11. Nathalia Martins comentou em 02/05/12 at 14:50

    Diria uma frase raulseixista
    “Detesta o patrão no emprego, sem ver que o patrão sempre esteve em você”
    É isso gente, a culpa não é dos patrões e sim nossa, de convivermos com quem odiamos e mesmo assim fingir amá-los. Está dentro da gente.

  12. janaína comentou em 02/05/12 at 14:26

    Se hoje em dia as pessoas dizem que amam um sapato, uma bolsa, um par de brincos e etc… nada me surpreende que possam amar o chefe também!

  13. Valéria comentou em 02/05/12 at 14:20

    Acreditar que todo Gestor é mau, é como acreditar que todo lobo come o Chapeuzinho Vermelho; Já tive bons e maus chefes.Pra isso existe toda uma vida de experimentações. Que azar o de quem não tem um gestor que lhe desenvolva e apoie!Pra isso existem as escolhas e buscas.Penso que quem não tá feliz, acene o chapéu e procure outra freguesia…E nem porque alguns odeiam, rotulo que sejam doentes.É uma questão de sorte ou azar.A vida é muito mais que um certo ou errado.

  14. Marcelo Testa comentou em 02/05/12 at 14:09

    Sei lá!! Acho que a mão que alisa, é a mesma que bate!! Pode ser mais uma sindrome de vira-lata mesmo!
    Mesmo sabendo que uma hora ou outra a rua será seu destino, é o mesmo fulano quem paga seu salário. Substituindo a cara dele, todos o fazem e isso que nos leva a gostar dele, os fins, nunca os meios!
    Mas existem pessoas que realmente veem seus chefes como líderes e exemplos a serem seguidos. Nesse caso, já ví o raio cair duas vezes no mesmo lugar….e pelo que percebi, doeu!! Viam os chefes como exemplos e mesmo assim fizeram uma join venture de sucesso: Um com o pé e o outro com a bunda!!

    Abraço…

  15. thiago samuel da silva alves comentou em 02/05/12 at 13:57

    Xico, na minha terra “amor pelo chefe” tem outro nome…”PUXA SAQUISMO”.

  16. Cris Mingardi comentou em 02/05/12 at 13:26

    É verdade…Monica amava muito Bill.

  17. Zazá de Souza comentou em 02/05/12 at 13:15

    Amar o chefe? Isso é pelegagem crônica, resta saber se a doença tem cura, acredito que seja uma mutação do mesmo vírus que provoca amor incondicional a pessoas ricas, independente da origem de sua grana… é ruim !

  18. Jaime Junior comentou em 02/05/12 at 13:10

    Caro Xico,

    O chefe tambem é empregado.Então muitas vezes ele é apenas a voz do patrão.

    • xicosa comentou em 02/05/12 at 13:28

      Boa,Jaime,foi o q acho q faltou na minha reflexão. botei na conta do chefe o q é coisa mais de classe.abrazo e volte sempre

  19. tuxedo comentou em 02/05/12 at 13:05

    A mesma pesquisa, trocando “chefe” por “sogra”, deve dar o mesmo resultado. A mesma pesquisa, repetida duas, três, mil vezes, deve dar o mesmo resultado. A mesma pessoa, respondendo a mesma pesquisa várias vezes, deve dar respostas diferentes a cada vez. Não é questão de opinião, é questão de momento e de contexto. No serviço o chefe é um, no boteco, outro. Quando o alomoço de domingo é na casa da sogra ela é uma, quando é na minha casa, ela é outra….

    • xicosa comentou em 02/05/12 at 13:28

      hahahha.Love minha sogra.abraço

  20. Dúvida comentou em 02/05/12 at 13:02

    Xico, é bom conselheiro, me ajude Xico: a farra ou a mulher? A noite, o sereno, a vida, as outras 5.999.999.999 de pessoas ou ela, o carinho, o conforto, o contato com o sublime? Sinto que a decisão será infeliz de qualquer jeito, e no fim das contas, na prática, sobriviverei com qualquer uma delas. Mas sem tudo que tenho hoje. Preciso decidir Xico: a mulher ou a farra?

  21. B. comentou em 02/05/12 at 12:48

    Eu, desconfiada por natureza, e curiosíssima rsrsrs quero logo saber, aonde o amigo quer chegar com essa conversa? rsrsrsrs Vc. jamais deu ponto sem nó, Xicosa. Lov ya 😉

  22. Marcelo comentou em 02/05/12 at 12:38

    Eu sou diferente. Não amo nem digo que amo. Eu desafio meu chefe, as vezes até passo um pouco dos limites. Devo ser um rebelde…Mas vejo que todo mundo tem um medo horrível de desafiar o “superior”. Eu pelo menos durmo tranquilo.

    Não duvido que muita gente realmente goste do chefe, isso depende do cargo, da área de atuação e da cultura da empresa.

    Mas eu ainda acho que hoje, é mais fácil dizer que ama, e viver com o ódio consumindo por dentro.

  23. ELIENE CLEUSE S. OLIVEIRA comentou em 02/05/12 at 12:31

    Deve ser a síndrome de Estocolmo.

  24. Ana Laura comentou em 02/05/12 at 12:17

    Síndrome de estolcomo, certamente. Identificação total pelo opressor.

  25. Flávia Ramos comentou em 02/05/12 at 12:15

    rsrsrsss … concordo Ana!

  26. Clau comentou em 02/05/12 at 12:14

    Eu faço parte dos 12%. Odeio minha chefe com todas as minhas forças. Insegura, péssima profissional, péssima líder, uma verdadeira porta.

  27. André comentou em 02/05/12 at 12:13

    Essa é fácil, Xico: Síndrome de Estocolmo.
    http://pessoas.hsw.uol.com.br/sindrome-de-estocolmo.htm

    “As pessoas que sofrem de síndrome de Estocolmo terminam por se identificar e até mesmo por gostar daqueles que os seqüestram, em um gesto desesperado e em geral inconsciente de preservação pessoal. O problema costuma surgir na maioria das situações psicologicamente traumáticas, como casos que envolvem seqüestro ou tomada de reféns, e em geral esses efeitos não se encerram com o final da crise. Na maioria dos casos clássicos, as vítimas continuam a defender e a gostar de seus raptores mesmo depois de escapar do cativeiro. Sintomas da síndrome de Estocolmo também foram identificados no relacionamento entre senhor e escravo, em casos de cônjuges agredidos e em membros de cultos destrutivos.”

  28. Valéria comentou em 02/05/12 at 12:12

    Admiração pura e visceralmente! Admirar é o subsídio mais basilar para o amor; seja entre chefia e proletariado ou entre homem e mulher! Ponto! I love you ,I Love My Boss!

  29. DAVID COSTA comentou em 02/05/12 at 12:12

    não tenho esses amores pelo meu chefe.
    Pelo contrário.

  30. Ana comentou em 02/05/12 at 12:09

    Acho que essa pesquisa comprovou mais uma vez que as pessoas mentem muito nas pesquisas.

    • Araújo comentou em 02/05/12 at 16:50

      Concordo, falou tudo!

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