12 músicas de protesto para lembrar o golpe
31/03/12 20:44Em memória do assombrado dia do golpe militar de 1964, ainda hoje definido pelos coronéis de pijama como Revolução, a Redentora, fizemos um long-play com 12 faixas de músicas de protesto dos anos 60 até agora.
1) “Carcará” – João do Vale. Talvez a mais forte de todos os tempos. Pega, mata e come! Veja aqui o vídeo.
2) “Cálice” – Chico Buarque. Recentemente o rapper Criolo fez uma versão que atualiza a letra para o drama social das periferias.
3) “Pra não dizer que não felei das flores” – Geraldo Vandré.
4) “É proibido proibir” – Caetano Veloso. Feita no período da Ditadura, cairia muito bem agora na gestão do Kassab em SP.
5) “Aquele abraço” – Gilberto Gil. Chacrinha continua balançando a pança…
6) “Vozes da Seca” – Luiz Gonzaga. Uma esmola para um homem que é são ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
7) “O pequeno burguês” – Martinho da Vila. Vestibular, passei no vestibular…
8) “Todos os olhos” – Tom Zé. Esse poderia emplacar o LP inteiro.
9) “Deixe esse vergonha de lado” –Odair José. Um hino da luta de classes em louvor das empregadas domésticas.
10) “A cidade” – Chico Science & Nação Zumbi. “O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas/Que cresceram com a força de pedreiros suicidas. Perfeita para o debate sobre a especulação imobiliária que ataca o Recife.
11) “Diario de um detento” – Racionais MC´s. O grupo firmou a nova música de protesto nos anos 90. Histórico.
12) “Pânico em SP”, -Inocentes. O punk-rock paulista poderia emplacar também umas dez do Cólera. “Passeata” seria uma delas.
Óbvio que cometeremos algumas injustiças com alguns grupos, cantores e compositores. Agora que ouvi, por exemplo, “Dedo na ferida”, do Emicida, que atualiza nossas tragédias até o episódio de Pinheirinho.
Você está aí para reparar as nossas falhas e omissões, como sempre neste blog. Quem você acha que não deveria ficar de fora?
Polícia, Titães.
Xico, vc começou com a melhor de todas, Carcará. Mas tenho uma particularmente importante. Já no governo do filho da ditadura Sarney, fui a Brasília de trem pra um congresso. Na chegada fomos recebidos por uma penca de milicos na estação rodoferroviária. E o trem cantou em coro Polícia, dos Titãs. Foi um caladão só dos milicos!!!!
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos…
A primeira música que me veio na cabeça depois de Para não dizer..foi “A Banda” do Chico Buarque. Fica aí registrado!
Caro Xico, Ouro de tolo do Raul (apesar dele não gostar de mus de protesto), Opinião na voz de Nara, Inútil do Ultraje a Rigor, Me deixe Mudo do Walter Franco,Divino Maravihoso do Caetano, e tantas mais que não nos deixam esquecer o período mais negro da História do Brasil.
Poderia colocar Divórcio, de Luiz Ayrão.
Tropicália, Caetano/ Os Novos Baianos
Tem também “Somos Todos Iguais Nesta Noite” do grande Ivan Lins. Aliás, esse album inteiro tem várias diretas e indiretas contra a ditadura dos porcos.
Meu Caro Amigo, Chico Buarque
Panis et Circensis, Os Mutantes
Sinal Fechado, Chico Buarque
Apesar de você, Chico Buarque
Bye, bye, Brasil, Chico Buarque
O Que Foi Feito Devera, Gonzaguinha
Amanhã ou Depois, Gonzaguinha
Saudosa maloca, maloca querida, Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas. Saudosa maloca,maloca querida, Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas
“Comportamento Geral”, uma das mais importantes de Gonzaguinha, de 1972. “Acorda Amor”, de 1974, de Julinho da Adelaide (“Chame O Ladrão”)
Indígna-nação do Skank,Samuel Rosa e Chico Amaral.
Apesar de você
Sabiá
Pra não dizer que não falei de flores
Cálice
cálice tá na lista. Escolhi so uma do Chico,senao o cara dominava a lista toda.abraço
Mordaça de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro (1974?), gravado pelo MPB4…o importante é que a nossa emoção sobreviva…
grande dica!beijo
O primeiro álbum é de 1975, e o segundo de 1976.
Duas obras primas da música brasileira naquela década, pelo valor musical e também histórico que adquiriram nos dias de hoje.
Roda Viva e Disparada? Mas entre as que voce lembrou acho que melhor representa aqueles anos é a música de Geraldo Vendré: Para não dizer que nao falei de flores.
Hoje vc é quem manda, falou ta falado ñ tem discussão ñ…
Viola Enluarada..Marcos Valle..além de tudo, é belíssima!
Sem dúvida! Esta é item obrigatório na lista.
Debaixo dos caracóis de seus cabelos.
Estava pensando nessa, Viola Enluarada não pode faltar num álbum desses.
APESAR DE VOCÊ – Como é q ñ esta nesta lista????!!!!!!
tive q escolher so uma do chico:ai fui de Cálice.abraço
Pô, Angélica, do Chico Buarque! Essa música é o verdadeiro hino das mães que perderam os seus filhos durante a ditadura.
Pros dias de hoje “Vossa Excelência” dos Titãs é perfeita. E devo dizer que “Até Quando” do Gabriel O Pensador entra como um protesto contra a inércia do povo nos dias de hoje e outra do Gabriel é bem realista “Nunca Serão” —> http://www.youtube.com/watch?v=vYDzvxnqESQ
faltou racionais, campeão. pode ser “homem na estrada”.
Faltou nao.Tá lá,diario de um detento.cheguei a pensar antes em homem na estrada.valeu.abs
A melhor versão de Carcará é na voz de Pedro Ponde. Me desculpem!
Geni – Chico Buarque
Apesar de você.
O bêbado e a equilibrista.
Baby.
Alegria alegria.
Sabiá…
poderiam ter entrado todas.classicos.bjos
Eu já estava com os dedinhos coçando aqui para citar o Cólera,a minha banda de coração de rock nacional, mas você já fez a justiça nos 45 do segundo tempo citando eles. =)
pois é,nao poderia faltar.bjo
Bichos Escrotos, a do Vandré já deu!
Bichos Escrotos dos Titãs.
a versão de carcará definitiva é com a maria bethânia.
é sim.so quis homenagear o João do Vale no video.abs