Não vá dizer meu nome sem querer
19/04/12 12:16No natalício de Roberto, 71, uma breve interpretação de um dos seus maiores sucessos.
Não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada.
Está ai, nesse verso de Roberto e Erasmo, um dos maiores orgulhos da raça humana.
O orgulho macho do Sr. Detalhes.
Mais importante do que o chifre em si, amigo de infortúnio, seria a simples pronuncia do seu abençoado batismo.
Realmente um cara que zela pelo seu próprio nome na praça!
A vaidade é tão grande que o nosso personagem, um dos melhores da canção romântica brasileira, parte do pressuposto que qualquer outro rapaz, que não ele, é apenas a pessoa errada, o cavaleiro da triste figura troncha, nada mais.
Nem do outro cabeludo, que poderia aparecer na sua rua, o ciúme orgulhoso era tanto. Reza a lenda do velho Pasquim, aliás, que o cabeleira em questão teria sido o Tarso de Castro, escriba e macho de Passo Fundo, por supuesto.
Zero em modéstia e altruísmo, o Outro, o urso, o dom Ricardão de las Pontas, não passa de um coitadinho capaz de fazer a pequena lembrar do sr. dos detalhes tão pequenos.
Que cara convencido: não adianta nem tentar me esquecer, durante muito tempo em sua vida eu vou viver.
Apenas em um capítulo do conhecimento humano, a criatura esquece o pecado da soberba e reconhece que não é o pai da matéria. Sim, no caso dos erros do português ruim, naquele madrugador 1971 pós-reforma ortográfica, quando o professor Pasquale ainda em calças curtas afinava a sua singela lira.
Mesmo assim, amigo, repare, a falha é motivo de orgulho –o cara duvida que a “pessoa errada” pise e maltrate mais a língua pátria do que ele.
Haja pabulagem, uma tonelada de amor próprio, caminhões e mais caminhões de auto-estima ladeira arriba.
Há quem diga que é a melhor música do Roberto. Certamente é uma das mais representativas. Eu prefiro “O divã”, aquela das recordações que me matam, espécie de biografia de nós todos, esses moços, pobres moços interioranos dos Cachoeiros dos Itapemerins, das Guaratinguetás, dos Cratos, das Araraquaras, das Uberabas.
É, relembro a casa com varanda, muitas flores na janela, minha mãe lá dentro dela, me dizia num sorriso, mas na lágrima um aviso, pra que eu tivesse cuidado, na partida pro futuro, eu ainda era puro, mas num beijo disse adeus.
Professor titular da disciplina Educação Sentimental do brasileiro, cada um tem o seu Roberto preferido. Qual o seu, por acaso?
Eu só sei que vou deixar de pensar em você para prestar atenção na estrada.
Xico… hauahua essa música detalhes é foda…
Mais é bom lembrar que tem detalhes que a gente esquece…. ainda bem!!!!! ahhahaha
A minha nesse momento seria A outra Vez…
♫Me esqueci!
De tentar te esquecer
Resolvi!
Te querer, por querer
Decidi te lembrar
Quantas vezes
Eu tenha vontade
Sem nada perder ♫
até ser um detalhe a ser esquecido 😉
Bjaum Xico seu lindo!!!
A verdade é que se espera que no calor da transa com a outra(a tal pessoa erada) o nosso nome seja sussurrado….. por que somos especiais, inesquecíveis…..
Minha música:”Amada Amante” brega e adolescente, dos anos 70.
LINDO, XICO! ROBERTO FOI MEU PRIMEIRO CONTATO COM O ROMANTISMO, AS GLORIAS DO AMOR E SEUS DESSABORES…ATRAVES DOS VINIS DE PAINHO. MEU ROBERTO PREFERIDO É O DE “O SHOW JA TERMINOU…”
VALEU POR ESSE TEXTO!
Adorei Xco !!! Em cima. Mas ainda fico com aquela frase que não é da dupla em questão:
“Ai, se eu fosse você eu voltava pra mim.”…
Vc me deve uma : onde anda o Silvio Cesar ?????
Bjs
Quando criança,adorava o Roberto,sou de 63,fiquei puto quando ele lançou um troço chamado “A montanha”…Eu prefiro as curvas…
Ne me quitte pas – Jacques Brel
Eu nao deixo, mon amour. Jamais. Je te le jure. Da sua sempre, B.
“Sentado à beira do Caminho” gravado pela banda “Ira!” de São Paulo. Excelente versão.
“Olha, você tem todas as coisas, que um dia eu sonhei prá mim, a cabeça cheia de problemas, não importa…”
ps. – já reparou a beleza que é “Na paz de seu sorriso”?
O Portão é a do momento. Mas há tantas preferidas… As curvas da estrada de Santos, Todos estão Surdos, Quero que vá tudo pro inferno… Abraço Xico, belo texto!
Oi, Xico, também eu faço aniversário hoje; no mesmo dia que o rei.
Um orgulho na infância e adolescência. Longe no tempo.
Há uma música singela e de melodia triste do Roberto que minha memória afetiva acabou de pescar. Salvo engano, o nome é Nossa Canção. Vou cantá-la pra você:
“Olha aqui, preste atenção, essa é a nossa canção
vou cantá-la seja aonde for
para nunca esquecer o nosso amor
nosso amor…
Veja bem, foi você
a razão e porquê
de nascer essa canção assim
pois você é o amor que existe em mim…”
VC NÃO SERVE PRA MIM!!!
Nego véio, Odair e Waldick forever. Abrazo.
Já tomei a liberdade de escrever baseado no Roberto. Entendo que há uma conversa entre “Detalhes” e “Outra Vez”.
Aqui segue o meu texto.
http://ocoelhoholandes.blogspot.com.br/2011/08/detalhes.html
Cavalgada é a melhor! Bem safadeenha.
Com certeza, ninguém conseguiu juntar tantos detalhes de um relacionamento em uma única canção, poesia… Acho Detalhes “a música” brasileira…
Ô louco essa última frase!!! Xicão tá xonado!
meu Roberto preferido é aquele de Cavalgada, a música que melhor descreve a “beleza desta hora”
Detalhes é fodástica e com esse destrinchamento do Mr. Sá, então, ficou danada de boa.
Preferidas do RC: O portão, Você não serve pra mim e todas aquelas com cara de bar pega bebo.
As curvas da estrada de santos… era menino e nunca tinha visto algo semelhante… é uma viagemmmmmmmmm
Do Robertão, todas dos anos 70. Haja dor de cotevelo…
O melhor de RC é de 69 (“As curvas da Estrada de Santos”) até 79 (“Costumes). Antes, na Jovem Guarda, é ingênuo demais, com muitas versões de musiquinhas americanas; e, depois, dos anos 80 para cá, muito popularesco.
Por incrivel que pareça é Detalhes a minha preferida, mas não pela letra, pq na época que tocava nas rádios eu não tinha idade para entender do que ele falava.
Minha amada avó adorava essa música e pedia para que eu cantasse para ela enquanto trabalhava. Tenho a lembrança dela lavando roupa e eu do lado cantando, como um papagaio, a música e ela se emocionava.
Só fui entender a letra quando a ouvi anos mais tarde, devia ter uns 18 anos, mas sempre me toca, ainda mais que faz pouco tempo que ela se foi…
O Roberto com certeza vai ficar na minha vida, mas por motivos diversos da música.
Excelente interpretação, Xico, como sempre arrasou.
Bjs
Cama e mesa, sem sombra de duvidas!
Excelente texto, pra variar. E esse disco de 71 é um dos melhores do rei, e também um dos melhores discos da música brasileira. Tem uns clássicos absurdos como essa, como dois e dois, todos estão surdos, debaixo dos caracóis. É freud mermão! E tem umas das músicas mais cafajestes do Robertão, Você não sabe o que vai perder, que é um R&B delicioso.
Só posso dizer que essa musica, assim como o Sr. Roberto Carlos, marcou época, marca presença, deixa lembranças e destroi corações, para sempre apaixonados.
Para você Xico, que capta tão bem os detalhes, deixo a pergunta; O que são detalhe (pequenos ou grandes) numa relação?
“Cama E Mesa”, aquela coisa sacana, ou “Amante A Moda Antiga”, aquele romantismo canalha.
Xico, muito massa pra variar…
Confesso ser um marciano nas profundezas de Roberto e sua trupe, mas pegando só o verso-foco do seu comentário, acho que poderia ser também uma ironia. Triste, ironia. Do peso de ter perdido e ainda raivoso por ter perdido. Torcendo pela futura frustração amorosa do no caso. É isso.
Tudo de bom aí e onde quer que esteja, pare de beber.
Grande Xico! Tenho várias preferidas… Cavalgada é um clássico! Como alguém pode traduzir em palavras tão românticas o ato em si? Tô na fase de “Nem às paredes confesso”, quer dor de corno maior? Grande Robertão! \o/
Já estava ficando preocupada com você, Xico! Gente o que aconteceu? Desde segunda-feira, ele não escreve nada! Eu aqui ansiosa por uma boa leitura. Valeu Xico, obrigada!
Mas nessa letra, o cara tá quase que jogando uma maldição em cima da mulher. Por mais que tente, ela não vai conseguir esquecer dele jamais. Nem mesmo na hora da transa, pois a mulher nem mais vai conseguir chegar até o fim! Haja praga!